O Carnaval do Rio recebe quase um milhão de visitantes. É a folia num país de apartheid racial e apartheid social, algo cada vez mais comum por todo esse mundo. O lema do carnaval não é "pobres cada vez mais pobres, ricos cada vez mais ricos", mas podia ser, que nem por nada se esquivava à realidade.
Dizem os cariocas, com graça, que não existe nada mais lindo no carnaval que ver um bumbum mascarado. Também a realidade é mascarada nesta quadra de folia, no Brasil e em quase todo o mundo. Três dias para esquecer a luta quotidiana dos que nada têm para comer, nem casa, nada podem fazer pela sua saúde por não terem adequadamente a que recorrer, desempregados ou mal-pagos e explorados por sem-vergonhas de multinacionais ou seus próprios compatriotas que servem o cifrão como se de religião sagrada se trate.
Diz-se pelo mundo que carnaval é todo o ano. Verdade. Mascarados são os políticos que mentem com o maior dos descaramentos. Que se fazem de honestos quando na verdade são uns paridos da corrupção e dos conluios que roubam aos povos o que lhes pertence - porque foram eles que produziram as riquezas surripiadas por elites de colarinhos brancos e vestidos de alta costura.
É este o mundo em que vamos sobrevivendo. O mais possível confundidos e prejudicados por uns quantos jornalistas, juízes, polícias, advogados, empresários e demais cáfila que em subserviência e conluio se mascaram de honestos para roubar os direitos de seus concidadãos. De fato é mesmo carnaval todo o ano e por todo o mundo. Os principais e mais exuberantes mascarados ocupam os poderes que dominam a população mundial. Este é, então, o mais famoso e global carnaval, não o do Rio de Janeiro.
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