domingo, 9 de março de 2014

Portugal: PR veio dizer que portugueses vão andar com pulseira eletrónica até 2035




O secretário-geral do PCP disse hoje que Cavaco Silva, «julgando-se no papel de homem do leme», veio anunciar aos portugueses que até pelo menos 2035 vão ter de andar com uma pulseira eletrónica sob domínio internacional.

“O Presidente da República, Cavaco Silva, julgando-se outra vez no papel do homem do leme, veio anunciar e proclamar que até pelo menos 2035, ou seja durante os próximos 20 anos, o país e os portugueses vão ter de se sujeitar a andar com a pulseira eletrónica tendo como vigilantes os mercados e a ‘troika’ estrangeira”, disse o comunista numa intervenção num almoço comemorativo do 93.º aniversário do PCP realizado em Paio Pires, no concelho do Seixal.

Cavaco, advoga Jerónimo de Sousa, atua como "guardião do templo desses deuses omnipotentes e omnipresentes que são os mercados", que "não passam dos mega bancos e dos grandes grupos financeiros".

"São estes deuses que estas políticas de direita idolatram", declarou ainda o líder dos comunistas.

Jerónimo realçou contudo a forma como o chefe de Estado, embora com "sede de afirmação", vincou junto de diversos agentes políticos, como o vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que o fim do programa de ajustamento económico não devolverá Portugal à plena autonomia.

"[Cavaco Silva] pôs no sítio os que como Paulo Portas andam a enganar os portugueses com a conversa fiada e mentirola da libertação do país e do fim do protetorado", sublinhou Jerónimo de Sousa.

Apesar de Cavaco querer "datar no tempo a austeridade", quem vai ditar o fim da mesma e das políticas de direita é o povo, sublinhou, nomeadamente "derrotando o Governo e a sua política", disse o comunista.

O secretário-geral do PCP falava no dia seguinte ao Presidente da República ter considerado "uma ilusão" pensar que as exigências de rigor orçamental vão desaparecer após a conclusão do programa de ajustamento e avisa que, pelo menos até 2035, Portugal continuará sujeito a supervisão.

"É uma ilusão pensar que as exigências de rigor orçamental colocadas a Portugal irão desaparecer em meados de 2014, com o fim do atual programa de ajustamento económico e financeiro. Qualquer que seja o governo em funções, o escrutínio europeu reforçado das finanças públicas portuguesas, bem como a monitorização da política económica, vai prolongar-se muito para além da conclusão do atual programa de ajustamento", escreve o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, no prefácio do volume "Roteiros VIII".

Diário Digital/Lusa

"Não se deixem enganar" por Governo que “esconde” medidas de austeridade, pede Jerónimo

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou aos portugueses para não se "deixarem enganar" pelo Governo, que, diz o comunista, "esconde" medidas de austeridade firmadas com a ‘troika' para as apresentar depois das eleições europeias.

"Escondem essas medidas para depois dos votos arrecadados apresentarem em junho a fatura aos portugueses", advogou Jerónimo de Sousa numa intervenção num almoço comemorativo do 93.º aniversário do PCP realizado em Paio Pires, no concelho do Seixal.
O líder dos comunistas realçou ainda que os "sinais para aqui e sinais para acolá" que se vão ouvindo de melhorias na economia representam a procura de "ganhos eleitorais" do Governo nas europeias marcadas para 25 de maio.

PPF - Lusa

Jerónimo de Sousa acusa Governo de “crime social, económico e financeiro”

O secretário-geral do PCP acusou na sexta-feira o Governo de cometer um "crime social, económico e financeiro", de seguir uma política fundada na “mentira” e "mistificação" para enganar os portugueses e impor uma política de empobrecimento do povo.

Em Guimarães, na "capital" do calçado "mas também dos salários baixos", durante um comício do PCO, Jerónimo de Sousa responsabilizou o Presidente da República por colaborar com o Governo e alertou que "não há saída da crise sem que a questão dos juros, prazos e quantitativos de resolva".

O líder comunista realçou que se aproxima uma "batalha eleitoral importante", as eleições europeias, em maio, numa altura em que a Europa está marcada pelo "aprofundamento" do neoliberalista e federalismo, pelo que o voto da CDU é um "decisiva opção" para "assegurar o direito a um desenvolvimento soberano" de Portugal.

"Nós acusamos este Governo, e responsabilizamos o Presidente da República, e todas as instituições que com eles colaboram, por serem autores deste crime social, económico e financeiro que se está a praticar", acusou Jerónimo de Sousa.

Segundo o líder comunista, a maioria que sustenta o Governo está a levar a efeito uma "campanha de ilusionismo politico", "uma campanha de propaganda e mistificação da realidade que quer fazer crer que o pior já passou".

Mas para Jerónimo de Sousa é "indisfarçável" a pretensão do Governo de "transformar em definitivos todos os roubos perpetrados aos trabalhadores e aos reformados", feitos de "forma premeditada" para "impor a sua política de empobrecimento e rebaixamento do nível de vida do povo".

Referindo-se à chegada da data para a saída de Portugal do programa de ajuda financeira, o líder comunista avisou que as saídas apontadas pelo Governo, saída à Irlandesa, programa cautelar ou saída limpa, significam "continuação de medidas de austeridade e de colonização do país pela Europa da oligarquia financeira e do diretório das grandes potências".

Jerónimo de Sousa considerou que a União Europeia está "marcada pelo aprofundamento dos pilares neoliberal, federalista e militarista" com consequências para Portugal.

A campanha para as eleições europeias em maio, definiu, será uma de esclarecimento e de "denúncia da conivência das forças da política de direita nacional e do atual Governo e da sua identificação com as orientações, objetivos e natureza do processo de integração capitalista europeu".

Apelou, por isso, ao voto na CDU "como a mais decisiva opção para assegurar o direito de Portugal a um desenvolvimento soberano e um outro rumo para a Europa" e como "a mais segura contribuição para a inadiável derrota do Governo e para dar força à construção da alternativa".

O discurso do líder comunista foi ainda marcado por criticas ao PS, que, segundo Jerónimo de Sousa, apoiou medidas que serviram apenas para "engordar os grandes económicos e empobrecer o país", assim como a reforma do IRC que, para o PCP "quer transformar o país num paraíso para o capital".

O secretário-geral do PCP questionou como é que o "país sai do atoleiro", com uma "política de concentração de riqueza, de desendividamento dos banqueiros que puseram a salvo os milhões dos negócios de agiotagem".

"Levaram daqui a carne e deixaram só os ossos para o povo roer", finalizou.

JYCR // HB - Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana