O secretário-geral
do PCP disse hoje que Cavaco Silva, «julgando-se no papel de homem do leme»,
veio anunciar aos portugueses que até pelo menos 2035 vão ter de andar com uma
pulseira eletrónica sob domínio internacional.
“O Presidente da
República, Cavaco Silva, julgando-se outra vez no papel do homem do leme, veio
anunciar e proclamar que até pelo menos 2035, ou seja durante os próximos 20
anos, o país e os portugueses vão ter de se sujeitar a andar com a pulseira
eletrónica tendo como vigilantes os mercados e a ‘troika’ estrangeira”, disse o
comunista numa intervenção num almoço comemorativo do 93.º aniversário do PCP
realizado em Paio Pires, no concelho do Seixal.
Cavaco, advoga
Jerónimo de Sousa, atua como "guardião do templo desses deuses
omnipotentes e omnipresentes que são os mercados", que "não passam
dos mega bancos e dos grandes grupos financeiros".
"São estes
deuses que estas políticas de direita idolatram", declarou ainda o líder
dos comunistas.
Jerónimo realçou
contudo a forma como o chefe de Estado, embora com "sede de
afirmação", vincou junto de diversos agentes políticos, como o
vice-primeiro-ministro Paulo Portas, que o fim do programa de ajustamento
económico não devolverá Portugal à plena autonomia.
"[Cavaco
Silva] pôs no sítio os que como Paulo Portas andam a enganar os portugueses com
a conversa fiada e mentirola da libertação do país e do fim do
protetorado", sublinhou Jerónimo de Sousa.
Apesar de Cavaco
querer "datar no tempo a austeridade", quem vai ditar o fim da mesma
e das políticas de direita é o povo, sublinhou, nomeadamente "derrotando o
Governo e a sua política", disse o comunista.
O secretário-geral
do PCP falava no dia seguinte ao Presidente da República ter considerado
"uma ilusão" pensar que as exigências de rigor orçamental vão
desaparecer após a conclusão do programa de ajustamento e avisa que, pelo menos
até 2035, Portugal continuará sujeito a supervisão.
"É uma ilusão
pensar que as exigências de rigor orçamental colocadas a Portugal irão
desaparecer em meados de 2014, com o fim do atual programa de ajustamento
económico e financeiro. Qualquer que seja o governo em funções, o escrutínio
europeu reforçado das finanças públicas portuguesas, bem como a monitorização
da política económica, vai prolongar-se muito para além da conclusão do atual
programa de ajustamento", escreve o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva,
no prefácio do volume "Roteiros VIII".
Diário Digital/Lusa
"Não se deixem
enganar" por Governo que “esconde” medidas de austeridade, pede Jerónimo
O secretário-geral
do PCP, Jerónimo de Sousa, apelou aos portugueses para não se "deixarem
enganar" pelo Governo, que, diz o comunista, "esconde" medidas
de austeridade firmadas com a ‘troika' para as apresentar depois das eleições
europeias.
"Escondem
essas medidas para depois dos votos arrecadados apresentarem em junho a fatura
aos portugueses", advogou Jerónimo de Sousa numa intervenção num almoço
comemorativo do 93.º aniversário do PCP realizado em Paio Pires, no concelho do
Seixal.
O líder dos
comunistas realçou ainda que os "sinais para aqui e sinais para
acolá" que se vão ouvindo de melhorias na economia representam a procura
de "ganhos eleitorais" do Governo nas europeias marcadas para 25 de
maio.
PPF - Lusa
Jerónimo de Sousa
acusa Governo de “crime social, económico e financeiro”
O secretário-geral
do PCP acusou na sexta-feira o Governo de cometer um "crime social,
económico e financeiro", de seguir uma política fundada na “mentira” e
"mistificação" para enganar os portugueses e impor uma política de
empobrecimento do povo.
Em Guimarães, na
"capital" do calçado "mas também dos salários baixos",
durante um comício do PCO, Jerónimo de Sousa responsabilizou o Presidente da
República por colaborar com o Governo e alertou que "não há saída da crise
sem que a questão dos juros, prazos e quantitativos de resolva".
O líder comunista
realçou que se aproxima uma "batalha eleitoral importante", as
eleições europeias, em maio, numa altura em que a Europa está marcada pelo
"aprofundamento" do neoliberalista e federalismo, pelo que o voto da
CDU é um "decisiva opção" para "assegurar o direito a um
desenvolvimento soberano" de Portugal.
"Nós acusamos
este Governo, e responsabilizamos o Presidente da República, e todas as
instituições que com eles colaboram, por serem autores deste crime social,
económico e financeiro que se está a praticar", acusou Jerónimo de Sousa.
Segundo o líder
comunista, a maioria que sustenta o Governo está a levar a efeito uma
"campanha de ilusionismo politico", "uma campanha de propaganda
e mistificação da realidade que quer fazer crer que o pior já passou".
Mas para Jerónimo
de Sousa é "indisfarçável" a pretensão do Governo de
"transformar em definitivos todos os roubos perpetrados aos trabalhadores
e aos reformados", feitos de "forma premeditada" para
"impor a sua política de empobrecimento e rebaixamento do nível de vida do
povo".
Referindo-se à
chegada da data para a saída de Portugal do programa de ajuda financeira, o
líder comunista avisou que as saídas apontadas pelo Governo, saída à Irlandesa,
programa cautelar ou saída limpa, significam "continuação de medidas de
austeridade e de colonização do país pela Europa da oligarquia financeira e do
diretório das grandes potências".
Jerónimo de Sousa
considerou que a União Europeia está "marcada pelo aprofundamento dos pilares
neoliberal, federalista e militarista" com consequências para Portugal.
A campanha para as
eleições europeias em maio, definiu, será uma de esclarecimento e de
"denúncia da conivência das forças da política de direita nacional e do
atual Governo e da sua identificação com as orientações, objetivos e natureza
do processo de integração capitalista europeu".
Apelou, por isso,
ao voto na CDU "como a mais decisiva opção para assegurar o direito de
Portugal a um desenvolvimento soberano e um outro rumo para a Europa" e
como "a mais segura contribuição para a inadiável derrota do Governo e
para dar força à construção da alternativa".
O discurso do líder
comunista foi ainda marcado por criticas ao PS, que, segundo Jerónimo de Sousa,
apoiou medidas que serviram apenas para "engordar os grandes económicos e
empobrecer o país", assim como a reforma do IRC que, para o PCP "quer
transformar o país num paraíso para o capital".
O secretário-geral
do PCP questionou como é que o "país sai do atoleiro", com uma
"política de concentração de riqueza, de desendividamento dos banqueiros
que puseram a salvo os milhões dos negócios de agiotagem".
"Levaram daqui
a carne e deixaram só os ossos para o povo roer", finalizou.
JYCR // HB - Lusa
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