Até
às 12:00 tinham votado 12,14% de eleitores em Portugal, segundo os primeiros
dados relativos à afluência às urnas divulgados pela Comissão Nacional de
Eleições (CNE).
Quanto
aos eleitores comunitários não nacionais, à mesma hora a afluência tinha sido
de 2,55%.
Nas
anteriores eleições para o Parlamento Europeu, realizadas a 07 de junho de
2009, à mesma hora registava-se uma afluência de 11,8%.
Nessas
eleições a abstenção foi de 63,22% (mesmo assim abaixo do valor recorde
registado em 1994, 64,46%) e a taxa de abstenção dos emigrantes foi de 97,5%.
A
divulgação dos resultados provisórios será conhecida a partir das 22:00, depois
da hora de fecho das urnas em Itália, uma vez que a abertura do escrutínio
decorre simultaneamente em todos os países de eleições da UE.
Perto
de 9,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados
portugueses no Parlamento Europeu, menos um do que há cinco anos.
No
total, concorrem 16 listas, mais três do que nas europeias de 2009.
Nas
eleições realizadas há cinco anos, o PSD, que agora concorre coligado com o
CDS-PP, elegeu oito eurodeputados, enquanto o PS conseguiu conquistar sete
lugares no Parlamento Europeu.
O
BE foi a terceira força política mais votada, elegendo três eurodeputados, e o
CDS-PP elegeu dois, tal como a CDU.
No
total, serão eleitos 751 eurodeputados pelos 28 Estados-membros da União
Europeia, que representarão cerca de 500 milhões de cidadãos da UE nos próximos
cinco anos.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Europeias: Descontentamento
é sentimento comum e justifica falta às urnas
O
descontentamento era o sentimento mais comum entre os que passeavam hoje em
Lisboa, junto ao rio Tejo, e a razão pela qual muitos optam por não votar nas
europeias, apesar de para outros o voto ser quase sagrado.
A
meio da manhã, como habitualmente aos domingos, José Jorge dava toques numa
bola no jardim junto à Torre de Belém.
"Durante
duas horas estou aqui, é bom para descontrair do dia-a-dia, é uma
terapia", afirmou à Lusa o lisboeta de 62 anos, que àquela hora ainda não
tinha ido votar e não sabia se haveria de ir.
"Voto
sempre, mas este ano o descontentamento é muito e acho que não vou", disse
à Lusa.
Questionado
sobre se não o preocupava estar a dar a outros a oportunidade de decidir por
si, José Jorge concordou, mas reforçou que "o descontentamento é tanto que
não merece a pena".
Também
para Carlos Salvador, de 56 anos, que garante ter participado em todas as
eleições, não ir votar desta vez é "uma forma de protestar".
"O
risco é continuarmos a votar sem termos a nossa própria opção. Não há nada que
garanta a minha própria opção a não ser o voto nulo e para isso não vou",
afirmou, antes de continuar o passeio de bicicleta junto ao rio.
Ainda
na mesma geração, também Fátima Lopes, de 57 anos, vai ignorar o apelo do
Presidente da República, Cavaco Silva, para que os portugueses exerçam o seu
direito de voto.
"Ainda
não fui votar e penso que não vou. Acho que não compensa, não acredito em
ninguém que lá está, não tenho ilusões, só pensam neles e não pensam nos pobres
e nos trabalhadores", justificou, acrescentando que para votar em branco
prefere não ir.
Já
para Inês Amaral, de 23 anos, e Adolfo Lopo, de 62 anos, o voto é quase sagrado
e a 'cruz' será feita no boletim de voto à tarde.
"Há
muita gente descontente da forma que isto está, cada vez pior, mas eu vou
sempre votar. Vou votar a seguir ao almoço", contou à Lusa o pescador que
hoje ainda não tinha apanhado nada do Tejo, que normalmente lhe dá
"algorazes, robalos, ou linguados, que ficam bons tanto cozidos como
grelhados".
Também
a escuteira Inês Amaral, que vendia porta-chaves aos turistas para angariar
dinheiro para um acampamento internacional, tinha a intenção de votar, tal como
faz sempre desde que completou 18 anos.
"Absterem-se
não leva a lado nenhum. Que votem em branco se estão descontentes e não confiam
em nenhum" partido, sugeriu.
Os
portugueses elegem hoje os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, para
o mandato de cinco anos, numas eleições a que concorrem 16 listas.
São
perto de 9,7 milhões de euros os eleitores aptos a votar, mas há indicações de
que mais uma vez a abstenção deverá ser elevada.
Nas
últimas eleições, realizadas a 07 de junho de 2009, a abstenção foi de
63,22%, mesmo assim abaixo do valor recorde registado em 1994, de 64,46%.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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