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O
presidente da Câmara de Lisboa António Costa anuncia que está disponível para
ser candidato a líder do PS
António
Costa afirmou, na cerimónia de inauguração de um monumento de homenagem a Maria
José Nogueira Pinto, que seria «imperdoável» que não se mostrasse disponível
para liderar a mudança no país e constituir um «Governo sólido em Portugal».
O
autarca afirmou também que não quer alimentar qualquer tabu e que sentiu um
«dever patriótico» de avançar.
Em
declarações aos jornalistas no final de uma cerimónia na Ribeira das Naus, em
Lisboa, o atual presidente da câmara lisboeta defendeu que «Portugal precisa de
uma solução de governo forte que garanta a mudança».
«Sinto
que é meu dever corresponder aquilo que eu lancei e que eu sinto ser aquilo que
os socialistas e de muitos cidadãos que não sendo socialistas acham que eu
posso e tenho o dever de dar o contributo ao país», afirmou.
António
Costa não esclareceu se vai abandonar a Câmara de Lisboa.
O
cabeça de lista do PS às eleições europeias Francisco Assis afirmou à TSF que
respeita a decisão de António Costa, mas não vê «razões» para os socialistas
avançarem com a «substituição da liderança» do partido.
Francisco
Assis salienta a «vitória clara» do PS nas eleições europeias, sublinhando que
venceu «contra dois partidos de direita coligados».
Para
o socialista Manuel Alegre, ouvido pela TSF, o resultado do PS nas eleições
europeias «foi bom», mas não coloca o partido numa «posição confortável para as
legislativas».
Por
isso o contributo de António Costa poderá ser «muito importante para o fortalecimento
do PS», afirma Manuel Alegre, lembrando que também considera o mérito de
António José Seguro e que é «amigo dos dois».
Manuel
Alegre salienta ainda que esta decisão de António Costa é «corajosa» e que deve
ser encarada com «naturalidade».
Já
Álvaro Beleza, do secretariado nacional do PS, diz que depois de uma vitória
nas eleições europeias «pôr em causa a liderança não é muito inteligente»,
defendo que o mais importante seria «unir as várias esquerdas à volta do PS
para um Governo de futuro».
Álvaro
Beleza refere que António Costa concordou com a campanha e a lista de
candidatos por isso mostra-se surpreendido que o presidente da Câmara de Lisboa
tenha mostrado disponibilidade para ser candidato à liderança do PS.
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