Banguecoque, 24 mai
(Lusa) -- A junta militar que tomou o poder na Tailândia convocou hoje 35
políticos e intelectuais pró-democracia para comparecerem perante a nova
autoridade do país, um dia depois de ter convocado mais de 100 personalidades
do país, incluindo a antiga primeira-ministra.
Entre as novas
convocatórias hoje anunciadas estão os professores da Universidade de
Thammasat, Somsak Jeamteerasakul, Worachet Pakeerut e Sawatri Suksri, os dois
últimos também membros do grupo "Nitirat", que defende uma reforma da
lei de lesa majestade.
Outros intelectuais
convocados são Suda Rangupan, antigo professor da Universidad Chulalongkorn, e
Pavin Chachavalpongpun, docente da Universidad de Kyoto, informou o diário
"Bangkok Post".
A junta militar fez
esta convocatória um dia depois de convocar outras 150 personalidades políticas
e ativistas, incluindo a antiga primeira-ministra Yingluck Shinawatra, e 22
membros da sua família e aliados políticos.
Na sequência da
convocatória de sexta-feira, várias pessoas ficaram detidas incluindo a antiga
primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, e, segundo disse hoje o
exército, poderão ficar detidas "até uma semana", dependendo do grau
de envolvimento na crise política que levou ao golpe de Estado. na quinta-feira.
O exército também
deteve 21 ativistas dos chamados "Camisas Vermelhas", grupo que apoia
a corrente política dos Shinawatra, depois de várias operações em localidades
no nordeste do país, segundo o diário "The Nation".
Menos de 24 horas
depois do golpe de Estado, o 12.º da Tailândia democrática, os acampamentos dos
manifestantes antigovernamentais e pró-governamentais em Banguecoque foram
desmantelados e os seus ocupantes regressaram a casa.
A Constituição foi
suspensa, salvo as disposições referentes ao rei, decretou-se um recolher
obrigatório das 22:00 às 05:00, proibiram-se as reuniões públicas de mais de
cinco pessoas e acabou-se com a liberdade de imprensa, com o encerramento de
estações de rádio e televisão e a ameaça de encerrar qualquer meio de comunicação
que provoque agitação.
FV (ANC) // FV -
Lusa
Líderes políticos
podem ficar detidos "até uma semana" -- exército
Banguecoque, 24 mai
(Lusa) -- Os militares que na quinta-feira tomaram o poder na Tailândia
anunciaram hoje que poderiam manter detidos "até uma semana" os responsáveis
políticos convocados para comparecerem perante a junta militar na sexta-feira.
"Eles poderão
ficar detidos até uma semana, em função do seu nível de implicação" na
crise política que conduziu ao golpe de Estado, declarou o coronel Winthai
Suvaree, porta-voz do exército.
A antiga
primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, obrigada a demitir-se há
duas semanas pelo Tribunal Constitucional, que a considerou culpada do crimes
de abuso de poder, é uma das detidas, entre as mais de 100 personalidades que a
nova junta militar tailandesa convocou para comparecerem na sexta-feira no
Clube do Exército, na capital, sob ordem de prisão caso não cumprissem.
A Amnistia
Internacional condenou hoje as detenções e pediu aos militares para
clarificarem a situação legal dos detidos.
FV // FV - Lusa
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