Lisboa,
2 jun (Lusa) - O presidente da Confederação Empresarial da Comunidade de Países
de Língua Portuguesa (CE-CPLP) defendeu hoje a livre circulação de pessoas,
bens e serviços nestes países, para além da livre transferência de capitais
para melhorar as economias nacionais.
"A
livre circulação de bens, pessoas e serviços, e a livre transferência de
capital entre os nossos países tornaria mais fácil gerar negócios e aumentar as
economias", disse Salimo Abdula, argumentando que, como "o
empresariado pede", bastaria haver "a vontade dos políticos para
haver um real desenvolvimento das economias de todos e que nos levariam a ser
uma das maiores forças a nível internacional".
Durante
o discurso na abertura do primeiro encontro de bancos, seguradoras e
instituições financeiras dos países da CE-CPLP, que decorre hoje em Lisboa,
Salimo Abdula retomou esta ideia, já defendida várias vezes durante o seu
mandato, para sublinhar que este será "um dos principais trabalhos" duma
nova comissão especializada.
No
âmbito da criação da união de bancos, seguradoras e instituições financeiras,
"vai ter como principal trabalho melhorar os procedimentos para facilitar
a criação de empresas e promover a melhoria do financiamento das economias do
nosso espaço lusófono".
Se
isto for conseguido, "não há razão para não abrir as fronteiras",
concluiu o representante dos empresários lusófonos.
Durante
o discurso, Salimo Abdula anunciou ainda que a Guiné Equatorial entrará,
enquanto associada, na CE-CPLP já na quarta-feira, nas cerimónias de
comemoração do décimo aniversário da entidade que reúne os empresários
lusófonos.
Outra
das novidades apresentadas por este responsável foi a da realização de um Fórum
Económico em Luanda, a 16 e 17 de julho, para "fortalecer e dinamizar
ainda mais o imprescindível e necessário desenvolvimento económico nos PALOP
(Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), incluindo a Guiné Equatorial
como recém associdada da CE-CPLP".
Os
objetivos oficiais do encontro são, de acordo com o programa oficial
distribuído, promover o financiamento às economias e ao desenvolvimento,
concretizar a livre circulação de pessoas, bens, serviços e transferências de
capitais, melhorar os procedimentos para a criação de empresas, criar mecanismos
de mediação de conflitos, implementar a diplomacia económica, criar a comissão
instaladora da União de Bancos, Seguradoras e Instituições Financeiras dos
Países da CPLP e criar a comissão especializada da CE-CPLP nesta área.
MBA
// APN - Lusa
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