quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Presidente da Região timorense de Oecussi pede à população trabalho e participação




Pante Macassar, Timor-Leste 20 ago (Lusa) - O presidente da Região Administrativa Especial de Oecussi (Timor-Leste), Mari Alkatiri, pediu hoje à população do enclave para trabalhar e participar no processo de desenvolvimento, que arranca ainda este mês com o início de várias obras.

"Nenhum milagre vai acontecer. Ou há trabalho, participação e compreensão ou dificilmente as coisas poderão ser feitas", afirmou Mari Alkatiri, antigo primeiro-ministro do país e secretário-geral da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).

Mari Alkatiri falava em Pante Macassar, capital de distrito do enclave, onde hoje liderou pela primeira vez uma cerimónia do Estado timorense como presidente da Região Administrativa de Oecussi, para assinalar o 39º aniversário da criação das Falintil, transformadas em força regular depois da independência do país.

"Oecussi é um projeto-piloto. A escolha de Oecussi é um pouco voltar a história. Assim como Timor-Leste começou em Oecussi, o desenvolvimento de Timor-Leste vai começar em Oecussi, mas para se estender para todo o país", salientou Mari Alkatiri.

Oecussi é conhecido como o berço de Timor-Leste por ter sido o primeiro ponto da ilha onde os portugueses se estabeleceram.

O presidente da Região Administrativa disse também ao veteranos que "continuam a ter obrigações", apesar dos direitos já adquiridos.

"Os direitos são uma forma de reforçar e dar mais energia aos veteranos para cumprirem os seus deveres. Não é beneficiar dos direitos e pensar que a participação deles terminou", sublinhou.

Mari Alkatiri tomou posse no início de agosto como presidente da Região Administrativa de Oecussi, onde vai ser implementado o projeto da Zona Especial de Economia Social de Mercado.

A Zona Especial de Economia Social de Mercado pretende incentivar o desenvolvimento regional integrado através da criação de zonas estratégicas nacionais atrativas para investidores nacionais e estrangeiros.

O objetivo é retirar a Oecussi o estatuto de enclave e conferir-lhe o estatuto de polo de desenvolvimento nacional, sub-regional e regional, ficando Ataúro, no âmbito deste polo, direcionado para o turismo integrado.

MSE // PMC - Lusa

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