Brisbane,
Austrália, 15 nov (Lusa) -- Os dirigentes dos países mais ricos do mundo
prometeram hoje fazer o possível para "erradicar" a epidemia de
Ébola, durante uma reunião do G20, na Austrália.
"Os
membros do G20 comprometem-se a fazer tudo o que puderem para que os esforços
internacionais levem à erradicação da epidemia e a cobrir as suas consequências
económicas e humanitárias a médio prazo", indicou o G20, num comunicado
divulgado no primeiro dia da cimeira, que termina no domingo.
O
surto de Ébola já matou mais de cinco mil pessoas, a maioria na Libéria, na
Serra Leoa e na Guiné Conacri, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
"Vamos
trabalhar através de cooperações bilaterais, regionais e multilaterais e em
colaboração com atores não-governamentais", acrescenta o comunicado, sem
avançar nenhum compromisso financeiro.
Os
chefes de Estado e de Governo apelaram, por seu lado, ao Banco Mundial (BM) e
ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para "continuarem o seu forte apoio
aos países afetados", encorajando-os a "explorar novos mecanismos
flexíveis para fazer face às expectáveis repercussões económicas".
O
BM aproveitou a cimeira para defender o seu projeto de criação de um
"Fundo de Emergência" destinado a melhorar a resposta às próximas
pandemias, para evitar que se repita a reação lenta, tardia e muito fragmentada
como aconteceu com o vírus do Ébola.
A
instituição estima que a propagação da epidemia atual possa custar à África
Ocidental mais de 32 mil milhões de dólares até ao final de 2015.
Por
seu lado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, apelou aos países do G20 para
que "intensifiquem a resposta internacional" para trava a propagação
do Ébola.
A
ONG Oxfam estimou na quinta-feira que "quase metade" dos membros do
G20 (que inclui as maiores economias do mundo e os países emergentes) não
contribuíram com a "sua parte" em termos de participação financeira
na luta contra o Ébola.
Numa
petição conjunta, ONG como a Oxfam e a Save apelaram aos países do G20 - que
representam 85% da riqueza mundial - para unirem esforços, uma vez que os
financiamentos, os meios pessoais e os equipamentos de saúde no terreno estão a
tornar-se gravemente insuficientes.
AL
// VM
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