O
número de votos brancos registados nas eleições gerais de 15 de Outubro superou
o total alcançado por 27 partidos políticos que participaram do escrutínio,
incluindo o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que é a segunda maior
força da oposição nacional.
Das
contas feitas com base nos números do apuramento geral, constata-se que apenas
a Frelimo e a Renamo tiveram números maiores que os votos pelo “anónimo”. Os
números indicam que as urnas receberam um total de 749 105 votos em branco,
divididos entre a eleição presidencial e legislativas (sem incluir as
assembleias provinciais), enquanto os 27 partidos, incluindo o MDM, receberam
um total de 552 544, o que representa cerca de dois terços dos votos sem
preferência.
Se
aos votos em branco adicionarmos os nulos após o processo de requalificação, os
números simplesmente triplicam para 1 328 604, aproximando-se dos números
alcançados pela Renamo: 1 495 137. Estes números superam a soma dos eleitores
das províncias de Inhambane e Cabo Delgado juntas.
Os
votos em branco, que é o mesmo que não votar em nenhum dos candidatos
concorrentes, juntamente com os nulos, que são aqueles em que o eleitor deixou
uma marca que não exprime clareza em quem deposita o seu voto, figuram no
terceiro escalão de votos, depois dos números alcançados pela Renamo, e
distantes da votação para a Frelimo, que totalizou 2 575 995.
O
País (mz)
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