A
antiga diretora do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)
Cândida Almeida afirmou hoje que é "uma obrigação de cidadania"
lutar, esclarecer e formar o cidadão para o combate à corrupção.
Representando
a Organização Ponto Final, que hoje aderiu, no Porto, ao Projeto Gestão
Transparente.org -- Guia Prático de Gestão de Riscos de Corrupção nas
Organizações, Cândida Almeida considerou que uma sociedade de direito
democrático "é tanto mais forte, mais solidária e mais justa do ponto de
vista económico e social quanto mais for a transparência".
Segundo
Cândida Almeida, o compromisso assumido com a adesão ao projeto "é o de
não baixar os braços e estar sempre presente nesta luta, que é de todos".
"Juntos
somos uma força e uma força capaz de mudar o mundo", frisou, lembrando que
a organização Ponto Final tem por objetivo lutar contra a corrupção e crimes
afins ("um conceito que é sociológico e não apenas jurídico").
António
João Maia, do Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), entidade administrativa
independente que funciona junto do Tribunal de Contas, referiu que "a
ideia de acabar com a corrupção é uma utopia", mas que tal é possível
através de mecanismos.
Na
sua opinião, além da repressão, importa prevenir.
"Há
um conjunto maior ou menor de práticas que acontecem dia a dia que ficam sempre
na sombra e é também por essa razão que importa prevenir o problema",
concluiu.
A
cerimónia de adesão ao projeto decorreu na Câmara do Porto, autarquia que
também se juntou à causa.
O
projeto pretende desenvolver iniciativas de prevenção da corrupção e promoção
da transparência, bem como promover a partilha de valores de integridade,
responsabilidade e transparência.
Entre
outras entidades, projeto envolve o Conselho de Prevenção da Corrupção (CPC), o
Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a Universidade do
Minho (UM).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário