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Mundi - São Paulo
Enquete
foi feita após Senado divulgar que CIA fez uso de série de técnicas desumanas
para obter informações de detentos e potenciais terroristas
A
prática de tortura em interrogatórios com o intuito de impedir atentados é
aprovada por 51% dos norte-americanos, ao passo que 56% avaliam que a tortura da CIA possibilitou acesso a informações que
evitaram ataques terroristas, revela uma pesquisa divulgada nesta semana pelaAgence
France-Presse.
A
enquete vem exatamente uma semana após a divulgação feita pelo Senado de um
relatório sobre as práticas de torturas empregadas pela agência de inteligência
norte-americana.
Realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro de2014, a consulta aponta que
apenas 29% dos cidadãos dos EUA rejeitam os métodos utilizados pela CIA. Já
para 43%, a decisão do Senado de publicar o relatório vai contra os interesses
do país.
De acordo com o documento, a agência fez uso de técnicas como privação de sono, simulação de afogamento, além de espancar, ameaçar e amarrar os detentos por dias no escuro.
No entanto, a Comissão de Inteligência do Senado questiona a eficácia dessas práticas para se obter informações.
O grupo avalia que a agência de inteligência submeteu dezenas de detentos vinculados à Al Qaeda a torturas brutais e ineficazes após o 11 de Setembro.
No domingo (14/12), o ex-vice-presidente dos EUA Dick Cheney defendeu o programa de torturas da CIA durante a gestão do republicano George W. Bush (2001-2009), classificando os agentes como “heróis”, não como “torturadores”. “Eles deveriam ser felicitados, deveriam ser condecorados", disse à emissora norte-americana NBC.
Realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro de
De acordo com o documento, a agência fez uso de técnicas como privação de sono, simulação de afogamento, além de espancar, ameaçar e amarrar os detentos por dias no escuro.
No entanto, a Comissão de Inteligência do Senado questiona a eficácia dessas práticas para se obter informações.
O grupo avalia que a agência de inteligência submeteu dezenas de detentos vinculados à Al Qaeda a torturas brutais e ineficazes após o 11 de Setembro.
No domingo (14/12), o ex-vice-presidente dos EUA Dick Cheney defendeu o programa de torturas da CIA durante a gestão do republicano George W. Bush (2001-2009), classificando os agentes como “heróis”, não como “torturadores”. “Eles deveriam ser felicitados, deveriam ser condecorados", disse à emissora norte-americana NBC.
Desde
que a operação que matou bin Laden foi deflagrada, a CIA já
vinha se preparando para enfrentar pressão da opinião pública para explicar se
a tortura teve ou não teve papel essencial na caçada. A CIA sempre sustentou
que as práticas foram essenciais no processo.
Com a divulgação do aguardado relatório pelo Senado, após três anos analisando os papéis da própria CIA, esta ideia caiu por terra. Torturas foram, sim, praticadas ao longo da busca pelo líder da Al Qaeda, mas seus efeitos foram poucos: os Seals teriam conseguido localizar bin Laden do mesmo jeito, sem torturar suspeitos pelo caminho, sustenta o documento.
O programa de interrogatório terminou “efetivamente” em 2006, por ser “insustentável” e após vazamentos para a imprensa e a diminuição da cooperação de nações aliadas. Nos primeiros dias no cargo, em 2009, o presidente Barack Obama eliminou o programa.
O documento é um resumo-executivo de cerca de 500 páginas do relatório, que tem mais de 6.000. Leia em inglês:
Com a divulgação do aguardado relatório pelo Senado, após três anos analisando os papéis da própria CIA, esta ideia caiu por terra. Torturas foram, sim, praticadas ao longo da busca pelo líder da Al Qaeda, mas seus efeitos foram poucos: os Seals teriam conseguido localizar bin Laden do mesmo jeito, sem torturar suspeitos pelo caminho, sustenta o documento.
O programa de interrogatório terminou “efetivamente” em 2006, por ser “insustentável” e após vazamentos para a imprensa e a diminuição da cooperação de nações aliadas. Nos primeiros dias no cargo, em 2009, o presidente Barack Obama eliminou o programa.
O documento é um resumo-executivo de cerca de 500 páginas do relatório, que tem mais de 6.000. Leia em inglês:
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