sábado, 20 de dezembro de 2014

MILHÕES DO NEGÓCIO DOS SUBMARINOS TAMBÉM DEU PARA COMPRAR A JUSTIÇA?




O que deve um cidadão pensar de uma justiça que apesar de ter vários indicadores que mostram ilegalidades arquiva um processo? Pode pensar que a justiça é incompetente ou que foi comprada. No caso dos submarinos é o que a populaça diz à boca cheia. Vamos às redes sociais e encontramos manifestos que nos deixam a pensar que Portugal é uma coutada de alguns que tomaram o país a saque e fazem dos seus cidadãos reféns de uma súcia de malfeitores que subverteram a democracia, a justiça e os direitos humanos. Considerando o que se entende do propalado sobre o negócio dos submarinos. Porque não se entende a razão da morosidade do processo nem do recente arquivamento é legitimo que se ponha a questão da perversidade e ilegalidade na distribuição de tantos milhões também ter ido calhar a contas de alguém que tenha fortes influências no setor da justiça. Popularmente chama-se a isso justiça comprada… E isso é crime, não é? Chegámos ao desconforto de desconfiar de tudo e de todos nos poderes. Já nem na Justiça se pode confiar. Veja-se o constante em baixo retirado do Facebook (Lia Almeida). Ai Portugal. (Redação PG)

ESTADO PORTUGUÊS BURLADO EM 34 MILHÕES 

No processo dos submarinos que envolve alemães, gregos e portugueses teve o seguinte desfecho: Na Alemanha uma pena de prisão para 3 corruptores; Na Grécia uma pena de prisão para 1 corrompido.

Em Portugal o Ministério Público decidiu arquivar o processo dos submarinos, apesar de ter apurado que 27 milhões vieram do consórcio alemão para a conta da ESCOM e que daqui os milhões caíram nas contas dos Batalhas Hortas, Netos e companhia, bem como apurou que houve prevaricação de cargo político mas que foi difícl detectar de quem... e pior tem conhecimento das gravações do Conselho Superior do BES onde tudo se diz (veja-se link http://www.publico.pt/multimedia/video/as-gravacoes-do-ges-2014121800202) e ainda assim decide arquivar alegando que não foi possível seguir o rasto do dinheiro e mesmo que tenha havido corrupção prevaricação ou outro ato criminal os factos prescreveram em junho de 2014.

Pasme-se, em Portugal conhece-se o corruptor, conhece-se o suborno mas desconhece-se o corrompido. Que eu saiba se há corruptor e suborno num qualquer processo de compra e venda tem de haver corrompidos, isto é elementar e está nos livros...

Segundo o Sol, o Ministério Público (MP) abriu um processo de acusação por o Estado português ter sido burlado em 34 milhões de euros no negócio dos submarinos. Os responsáveis seriam o consórcio alemão e 7 empresas portuguesas. Agora os investigadores do MP vêm dizer que arquivaram o processo por ter prescrito e além disso não tiveram acesso aos documentos apreendidos no processo BES nem conseguiram seguir o rasto das contas offshores ... 

Mas não foi só o impedimento do BES todos sabemos que tiveram dificuldades que se prenderam com a falta de documentação/desaparecida na negociação dos submarinos a cargo de uma antiga equipa de Paulo Portas.

Pergunta-se: Dificuldades? Como? Se a própria polícia alemã diz que foram transferidos, pelo menos, 17 milhões em luvas para determinadas contas bancárias e que depois delas, os referidos milhões foram divididos por contas offshores... aliás foi até o próprio DCIAP que investigou detectou tais transferências e pediu depois à Suiça a identidade das pessoas das respectivas contas... Como é que agora se diz que não se conseguiu saber quem foram os subornados? Muito estranho. 

Há 8 anos que o processo se arrasta na justiça com a comunicação social a noticiar eventuais luvas para políticos, conselheiros, civis, militares e banqueiros... estes últimos inclusivamente já disseram na Assembleia da República que sim, que receberam contrapartidas pelo negócio dos submarinos, inclusivamente o banqueiro Manuel Espírito Santo disse ter recebido em 2011 um milhão de euros de comissão mas que nem sabe como lhe caiu o milhão na conta, imaginem... foi só queimar tempo!!!...

Deste processo o que vai parecer e transparecer para a opinião pública é que houve um claro e vergonhoso "esquecimento" do processo de gaveta em gaveta para branquear certa gente intocável.

Será que é legítimo tirarmos ilações de que alguma magistratura é corrupta e instrumentalizada pelo poder político? Não sei. 

O que sei é que determinados processos que envolvem as mais altas instâncias, andam sempre de gaveta em gaveta até prescrever o crime, os quais depois merecem um despacho de arquivamento...

Não é pois de admirar que Portugal seja conhecido mundialmente como um dos países mais corruptos onde a corrupção fica quase sempre impune...

Sem comentários:

Mais lidas da semana