A
Sonip entregou a pasta do programa habitacional angolano à Imogestin que se
confronta com problemas em gerir as centralidades conforme morador do Nova Vida
Coque
Mukuta – Voz da América
O
Governo angolano oficializou a saída da Sonangol Imobiliária e Propriedades
(Sonip) da gestão do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação,
responsabilidade que passa para a empresa Imogestin para melhorar a
sustentabilidade da operação.
A
mudança, anunciada em Julho, deveu-se segundo as autoridades, ao
facto de o projecto ter-se confrontado com vários problemas na
comercialização de apartamentos, nas novas centralidades construídas pelo
Estado.
Contudo,
a passagem da gestão do programa para a Imogestin pode não resolver os
problemas enfrentados antes pela Sonip. Os moradores do Nova Vida, uma
urbanização gerida pelo Imogestin, queixam-se, por exemplo, da falta
de estradas asfaltadas.
Um
decreto presidencial publicado no final de Dezembro, ao qual a Voz da América
teve acesso, cessa oficialmente o papel gestor que a empresa
pública Sonangol Imobiliária e Propriedades (Sonip), tinha do
Programa Nacional de Urbanismo e Habitação.
A
responsabilidade de gestão do programa está agora a cargo da empresa
Imogestin. A Imogestin tem como sócios maioritários Isabel dos Santos, e
Leopoldino Fragoso do Nascimento, figuras ligadas ao núcleo presidencial
angolano.
Segundo
alguns moradores da urbanização Nova Vida, construída e gerida pela referida
empresa, as ruas da centralidade não estão asfaltadas - " infelizmente
passamos muitas dificuldades e a Imogestin não resolve” disse à reportagem
da VOA o morador Manuel Mendes. Ele acrescentou que o
Nova Vida enfrenta vários outros problemas como o
fornecimento de água potável e serviços de saneamento básico.
“No
tempo de chuva isso fica mal, e mais, nem mesmo agua potável temos como
devíamos” disse.
De
recordar que de acordo com o decreto que cessou a responsabilidade da
Sonip no programa nacional de urbanismo e habitação, esta empresa do
universo da petrolífera estatal Sonangol cessa também o seu
envolvimento na área da gestão, construção, venda e transmissão de
habitações e activos imobiliários que integram o aquele programa.
Estas funções são
agora da competência da Imogestin. À Sonip foram dados oito
dias para proceder à entrega de toda a documentação e informações na sua posse
à nova entidade responsável pelo programa.
À
Imogestin caberá agora a responsabilidade de preparar o
desenvolvimento dos projectos para as centralidades - cidades com milhares de
apartamentos construídas de raiz pelo Estado – como as do Kilamba e
de Cacuaco (Luanda).
A
Imogestin irá depois anunciar as regras que vão orientar a venda dos apartamentos
e das vivendas em fase de conclusão. Por agora estão suspensas as vendas das
habitações nas centralidades.
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