A
UNITA, a segunda força política do país, prepara-se para mudar a história da
governação do país, 40 anos depois da Independência Nacional, em que o país é
liderado pelo MPLA, desde 1975. Quem o diz é o secretário provincial do Huambo,
Liberty Chiyaka
Esta
é a mensagem que este jovem quadro da UNITA, foi transmitindo aos milhares de
militantes de Chinjenje, Ukuma, Longonjo, Caála, Ekunha, Mungo, Bailundo e
Cachiungo durante a segunda quinzena de Dezembro, cuja actividade serviu para
encerrar o ano político, que inicia a 10 de Janeiro de cada ano.
O
manifesto denominado de “A Transição Democrática e A Alternância Pacífica do
Poder”, serviu de “cavalo de batalha” durante o ano político, 2014, que
terminou a 20 de Dezembro, tendo realçando durante os comícios nos municípios
visitados que a governação do actual partido no poder, tem os dias contados.
A
referida mensagem transmitida ao povo do Huambo e subscrita por si, Chiyaka
refere que Angola, a África e o Mundo preparam-se para testemunhar um momento
histórico de transcendental importância para os povos, culturas e relações
internacionais. Liberty Chiyaka diz ainda no seu manifesto que o seu partido
apresenta uma transição democrática e pacífica de poder, de “um regime
oligárquico para um regime verdadeiramente democrático”.
O
político acrescenta que nos últimos doze anos de vivências políticas e sociais,
no Huambo, constataramse situações que ameaçam a democracia, a convivência e a
segurança nacional, por isso, “ em defesa dos interesses de todos os angolanos obriga-nos
a contribuição patriótica colocando em primeiro lugar a nossa Pátria e
interesse nacional”.
Fim
da oligarquia
Durante
a sua digressão pelo interior da província planáltica do Huambo, Liberty
Chiyaka, acompanhado pelos seus principais colaboradores, foi dizendo que o fim
do Estado Partidocrático está a chegar ao fim, apesar do rasto de “violência,
desconfiança e vítimas que ainda persistem havendo a perseguição de políticos
da oposição, por elementos a mando do partido no poder, como aconteceu em
Outubro contra si, mas sem sucesso.
Na
visão de Chyaka, durante 40 anos, Angola tem sido governada e condicionada pelo
mesmo Partido Político por políticas de exclusão, cultura de hegemonismo de
grupos pela falta de visão estratégica. Para mudar este quadro, o jovem
político e também deputado à Assembleia Nacional acredita seguramente que em
2017, será a primeira vez que o país terá um novo Presidente da República.
Terá
também uma nova maioria parlamentar, novas políticas nacionais, novo programa
de governo centrado no angolano e nova cultura política baseada na
responsabilidade, na transparência, no serviço público desinteressado, na
sensibilidade humana, um governo de povo pelo povo e para o povo.
Acusações
contra governantes
Segundo
o político, os dirigentes do actual regime, por desespero de causa têm criado
obstáculos à mudança e alternância que Angola reclama, reforçando que o país
está numa encruzilhada entre o triunfo da democracia autêntica e o triunfo da
oligarquia absolutista, apontou.
Para
se sair desta encruzilhada, o político vê como solução a revisão do
relacionamento entre a UNITA e o MPLA, deplorando que em vez de se viver o
presente, há sectores que continuam fixados no passado.
“
Uns e outros precisam de compreender que Angola é o nosso berço comum e que
ninguém é mais do que o outro”, apontou.
Para
a fonte, se os homens e as mulheres de Angola se decidirem com fé no futuro e
espírito de missão, podem alterar o curso da história.
De
acordo com o secretário provincial do Huambo, ao longo “da nossa história como
Povo e Nação, vivemos momentos sombrios como os actuais, mas tivemos dirigentes
sábios, líderes com visão, patriotas, inteligentes e corajosos que souberam
elevar os interesses nacionais, aos interesses individuais e de grupos.
Não
à exclusão
No
seu manifesto, Liberty Chiyaka diz que não se deve afastar, perseguir e
humilhar ninguém, porque Angola tem e terá de pertencer a todos os angolanos,
oprimidos e opressores actuais, ricos ou pobres, letrados ou não, partidários
ou apartidários, religiosos ou não, do Norte ou do Sul, do Centro, do Leste ou
do Litoral.
A
fonte criticou também a partidarização dos órgãos de defesa e segurança
(Polícia Nacional, Forças Armadas, Serviços de Informação e Segurança de
Estado-SINSE) a instrumentalização da Comunicação Social do Estado, a violência
policial, a discriminação e a exclusão de angolanos não partidários do actual
regime são inaceitáveis e reprováveis.
Sobre
a competição política, Chiyaka entende que não devia significar luta pela
sobrevivência de pessoas e grupos, mas devia ser uma disputa de ideias, de
programas e de visões diferentes que no fim produziria mais unidade,
compreensão, respeito mútuo, aceitação das diferenças, confiança e
desenvolvimento sustentado do nosso belo e grande país, concluiu.
Para
a abertura do próximo ano político na província, o secretariado provincial do
Huambo programou uma série de actividades político-partidárias que serão
anunciadas em tempo oportuno pelo responsável, segundo disse Liberty Chiyaka
durante o mega comício realizado na vila de Cachiungo, sede da antiga Bela
Vista, a mais de 60 quilómetros a Leste da cidade do Huambo.
O
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(ao)
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