Ataque
a tiro contra a redacção matou 12 pessoas, entre elas quatro cartoonistas:
Cabu, Charb, Tignous e Wolinski
Um
ataque contra a redacção do jornal satírico francêsCharlie Hebdo, em Paris,
causou pelo menos 12 mortos, incluindo dois polícias, dizem fontes da polícia
citadas pela imprensa francesa.
Três
homens encapuzados entraram no edifício do jornal armados com armas automáticas
e dispararam contra a redcção, envolvendo-se depois num tiroteio com os
seguranças e fugindo a seguir num automóvel que roubaram, atropelando um
transeunte na sua fuga.
Entre
as vítimas mortais estão quatro cartoonistas do jornal: Cabu, Charb, Tignous e
Wolinski.
O
mesmo representante da polícia confirmou que três homens armados com armas
automáticas e espingardas terão entrado na sede do jornal esta manhã de quarta-feira,
com o rosto coberto. “Abriram fogo sobre todos, foi um verdadeiro massacre”,
contou a fonte policial. “Depois os indivíduos saíram, e houve outro tiroteio
com a polícia.”
Jornalistas
que se encontravam num edifício próximo da sede do Charlie Hebdo conseguiram
filmar os atacantes, num vídeo em que se ouve “Allahu Akbar” (Deus – ou Alá – é
grande). Testemunhas ouvidas pela polícia disseram ainda que os atacantes
gritaram “Vingámos o profeta”, segundo o jornal Le Monde.
As
autoridades colocaram o nível de alerta de segurança no máximo na região de
Paris e o presidente francês, François Hollande convocou uma reunião do gabinete
de crise para as 15h00 (a mesma hora em Luanda).
Este
é o segundo ataque contra as instalações do Charlie Hebdo, depois das suas
instalações terem sido destruídas em Novembro de 2011 por um incêndio de origem
criminosa. Os radicais não gostaram do facto de o jornal ter feito uma edição
especial sobre as eleições na Tunísia com o profeta Maomé como chefe de
redacção.
Maomé
já lhe tinha valido ódios fundamentalistas em 2006, quando o jornal republicou
os cartoons sobre o profeta que o dinamarquês Jyllands-Posten havia
publicado.
Rede
Angola
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