Familiares
dizem que Lee dos Santos teria sobrevivido se fosse imediatamente assistido
Familiares
do recluso angolano Lee dos Santos, assassinado este domingo, na prisão do Linhó, em Sintra
(distrito de Lisboa), estão convictos que ele ainda teria sobrevivido se fosse
imediatamente assistido, divulgou a Angop.
A
“inexplicável” falta de guardas no momento do incidente, segundo os familiares,
“foi determinante para que Lee dos Santos não recebesse imediatamente os
primeiros socorros, depois de ter sido atingido com arma branca num ombro e no
abdómen”.
“A
sensação de que ele não teria logo morrido e que aguardava pela libertação já
em Abril deste ano, torna a nossa dor ainda mais profunda”, queixa-se uma das
primas do malogrado, abordada pela agência.
Aprisionado na
cadeia de Linhó, desde 2011, depois de quase três anos antes ter estado detido
no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), Lee dos Santos tinha a sua
libertação prevista para o mês de Abril deste ano, altura em que completaria os
exactos sete anos e meio de prisão por furto, roubo e posse de arma proibida.
A
morte de Lee dos Santos, morador no conhecido bairro lisboeta da Quinta do
Mocho, maioritariamente habitado por imigrantes dos países africanos de
expressão portuguesa, mereceu já, ontem, o repúdio da Federação das
Associações Angolanas em Portugal (FAAP), que se mostrou indignada.
No
seu comunicado, a FAAP deplora “profundamente” e manifesta que houve “ruptura
dos serviços prisionais e falta de guardas”, expressa à imprensa pelas
autoridades prisionais portuguesas.
A
FAAP disse esperar ainda que a morte do cidadão não esteja associada a
situações de “racismo ou outro análogo de discriminação condenável”, alertando,
porém, que “se for o caso, os angolanos não irão tirar ilações precipitadas
pelo facto de o processo estar sob investigação”.
Angop,
em Rede Angola
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