Líderes
dos protestos pró-democracia de Hong Kong enfrentam risco de detenções
Hong
Kong, 06 jan (Lusa) - Mais de 30 figuras-chave da campanha de desobediência
civil em Hong Kong
correm o risco de serem detidos após serem informados de que são suspeitos de
instigar os protestos pró-democracia, escreve hoje o jornal South China Morning
Post.
Segundo
o diário, que cita fontes policiais, os ativistas estão a ser acusados de
instigar, organizar ou ajudar a erguer as barricadas ilegais dos protestos que
ocuparam várias zonas da cidade ao longo de 79 dias, que terminaram depois do
desmantelamento levado a cabo pela polícia.
Entre
os que já foram convocados pela polícia figuram os líderes estudantis Alex Chow
e Joshua Wong, assim como os mais mediáticos líderes do Occupy Central, o
revendo Chu Yiu-ming
e os académicos Benny Tai e Chan Kin-man.
No
passado dia 03 de dezembro, os três líderes do Occupy Central optaram por se
entregar voluntariamente à polícia, numa iniciativa simbólica para pôr fim ao
movimento, numa altura em que se receava uma escalada de violência, tendo sido
libertados uma hora depois.
Entre
a lista de suspeitos da polícia estão vários deputados de Hong Kong e membros
de partidos liberais, adianta o jornal.
Os
convocados pelas autoridades devem deslocar-se às instalações policiais, onde
as autoridades procederão à sua detenção, para, de seguida, os libertar sob
fiança.
Na
lista de nomes está também o magnata dos media Jimmy Lai, proprietário e
ex-editor do diário chinês Apple Daily.
ISG
// ARA
Líder
de Hong Kong alerta contra protestos antes de negociações sobre reforma
política
Hong
Kong, China, 06 jan (Lusa) - O chefe do Executivo de Hong Kong alertou hoje
contra protestos pró-democracia antes de lançar uma nova ronda de consulta
pública sobre a reforma política, garantindo que as autoridades não se não
vergar a "ações coercivas".
O
Governo começa na quarta-feira uma segunda ronda de consulta pública sobre o
processo de eleição do líder do Executivo.
A
China prometeu que a população de Hong Kong poderia escolher o seu líder pela
primeira vez em 2017, mas decidiu que os candidatos a esse cargo têm de ser
previamente selecionados por um comité visto como próximo do poder, uma decisão
que gerou uma onda de indignação e mais de dois meses de protestos nas ruas.
"Se
realmente queremos implementar sufrágio universal em 2017, não devemos fazer
nada que ameace o Governo de Hong Kong ou o Governo Central", disse CY
Leung.
O
chefe do Executivo defendeu que o processo deve seguir a Lei Básica, a lei
fundamental do território, e sublinhou que "ações coercivas que sejam
ilegais ou perturbem a ordem social" não vão mudar nada.
O
público deve adotar uma abordagem "legal, racional e pragmática" para
expressar as suas opiniões, acrescentou Leung.
ISG
// JCS
*Título
PG
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