Salif
Sadio concedeu uma entrevista exclusiva ao nosso correspondente Lassana Cassamá
no seu quartel general no território de Casamance.
Lassana
Casamá – Voz da América
O
líder do Movimento da Frente Democrática de Casamance, na região sul do
Senegal, que luta pela independência do território, desferiu duros ataques à
Guiné-Bissau pelo papel desempenhado nos últimos anos pelo país.
Salif
Sadio concedeu uma entrevista exclusiva ao nosso correspondente, em Bissau,
Lassana Cassama. no seu quartel general no território de Casamance.
O
Líder do MFDC, ao destacar a razão da sua luta contra o Senegal, apontou que os
dirigentes guineenses não souberam capitalizar os laços que unem os povos
guineense e casamancense. Qualificou que uma parte da estrutura do poder na
Guiné-Bissau, militar e civil, investida de corrupção, sempre actuou, de forma
incompreensível contra o seu Movimento, pondo de lado todas as conquistas
capitalizadas desde os primórdios da luta de libertação nacional, em que
algumas bases do PAIGC, disse ele, se encontravam no território de Casamance.
Salif Sadio, que sempre salvaguardou e destacou a simpatia que os guineenses
têm para com os casamanceses, falou do último ataque das Forças Armadas
guineenses contra a sua base em 2006, no período em que Tagme Na Waie era
chefe de Estado-maior. Afirmou que, naquela operação, o que falara mais alto
foi o capital financeiro do Senegal.
Na
altura, as autoridades guineenses justificavam a operação, em como os homens do
MFDC, tinham bases no território nacional, a partir da qual lançavam ataques
contra as tropas senegalesas. Para Salif Sadio este argumento não colhe.
Desmente que jamais o seu movimento teve base na Guiné-Bissau.
Presentemente,
algumas forças que se identificam com o MFDC estão a operar na linha fronteira
norte da Guiné-Bissau com o Senegal. Mas, nesta entrevista o líder do MFDC,
nega haver a presença dos seus homens naquela zona.
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