Renamo
boicota tomada de posse
Os
eleitos da Renamo boicotaram hoje a tomada de posse da Assembleia Provincial de
Manica, centro de Moçambique, mas o MDM usou o seu voto decisivo para
viabilizar a constituição do órgão.
A
assembleia provincial tem 80 deputados. Destes, a Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo) tem 39 eleitos e o Movimento Democrático de Moçambique
(MDM) tem um deputado.
"Fiz
um voto de consciência em respeito a vontade do eleitorado" declarou à
Lusa Domingos Soqueires, eleito do MDM, à saída da cerimónia de tomada de
posse, adiantando que a sua "espectativa é de ver o órgão constituído
completamente nos próximos dias".
Os
eleitos da Renamo pelos 10 círculos da província de Manica não estiveram
presentes, em resposta aos apelos do seu líder, Afonso Dhlakama, que rejeita os
resultados eleitorais, validados na semana passada pelo Conselho
Constitucional, e exige um governo de gestão.
Em
declaração hoje à Lusa, Sofrimento Matequenha, delegado político da Renamo em
Manica, disse que a ausência está relacionada com a "reivindicação dos
resultados eleitorais" e os membros daquela formação política
"deverão, em princípio, tomar posse depois de um entendimento político com
o Governo".
Moçambique
realizou as segundas eleições multipartidárias das assembleias provinciais e as
quintas eleições legislativas e presidenciais a 15 de outubro passado, cujos
resultados proclamados dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial
Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama em segundo
lugar e o MDM e o seu presidente, Daviz Simango em terceiro lugar.
Em
contacto com a imprensa, após sua investidura, Rosita Lubrino, a presidente
eleita da Assembleia provincial de Manica para este mandato, disse que espera a
situação fique resolvida nos próximos 30 dias.
Para
este mandato, a responsável considera que o maior desafio do órgão é a
construção de um novo edifício.
Entretanto,
a cerimónia, que decorreu num palco aberto numa das ruas da cidade, foi marcada
por fortes medidas de segurança.
Lusa,
Notícias ao Minuto
Renamo
inviabiliza constituição de assembleias em três províncias
O
boicote da Renamo à cerimónia de tomada de posse nas assembleias provinciais de
Sofala, Tete e Zambézia, centro de Moçambique, inviabilizou" hoje as
primeiras sessões dos órgãos, por não reunirem quórum para deliberar.
A
Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, elegeu 45
dos 82 membros, contra 30 da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no
poder desde 1975) e sete do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira
força politica, da Assembleia provincial de Sofala, centro de Moçambique, seu
tradicional bastião militar e político, contra apenas um membro no anterior
mandato, devendo eleger o presidente e vice-presidente, para o órgão funcionar
e deliberar validamente.
"Não
podemos constituir os órgãos de direção da assembleia provincial de Sofala com
ausência da Renamo", declarou Manuel Ramissane, presidente cessante,
eleito pela Frelimo, que dirigiu a cerimónia na Beira, Sofala, informando o
"adiamento da sessão para uma data a anunciar".
O
mesmo cenário repetiu-se em Tete, onde a Renamo ficou com 42 membros para o
órgão, contra 37 da Frelimo e três do MDM, não reunindo os últimos dois,
poderes para decidir. Já na Zambézia, o maior círculo eleitoral de Moçambique,
a Renamo elegeu 51 membros dos 92 mandatos, cabendo à Frelimo 37 lugares e
quatro ao MDM.
Os
294 membros da Renamo eleitos para as 10 assembleias provinciais moçambicanas
não tomaram parte na cerimónia de investidura, realizada em simultâneo em todas
as capitais provinciais, em cumprimento de uma diretiva da última sessão da
Comissão Política do partido, realizada em dezembro na Gorongosa.
Moçambique
realizou as segundas eleições multipartidárias das assembleias provinciais e as
quintas eleições legislativas e presidenciais a 15 de outubro passado, cujos
resultados proclamados dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial
Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama, em segundo
lugar e o MDM e o seu presidente, Daviz Simango, em terceiro lugar.
Os
dois partidos da oposição rejeitam os resultados eleitorais, estando a Renamo a
exigir a formação de um Governo de Gestão, como solução para a alegada fraude
que ocorreu nas eleições gerais.
Entretanto,
Manica foi a única província do centro de Moçambique que formou hoje a
Assembleia provincial, com um voto decisivo do MDM, que viabilizou a
constituição e legitimou o órgão, após ausência da Renamo.
Lusa, Notícias ao Minuto
*Título
PG
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