Para
Pacheco Pereira, a austeridade “não resulta”, seja na Grécia seja em Portugal. E é por essa
razão que hoje, num artigo de opinião no Público, o historiador surge a
criticar Cavaco Silva e Passos Coelho, a quem acusa de “esnobar” dos gregos.
Numa
semana em que Passos
Coelho e Cavaco Silva criticaram o novo governo grego pela
sua iniciativa em renegociar as condições de assistência, Pacheco Pereira,
histórico do PSD e um dos subscritores da carta aberta a Passos Coelho, crítica
a postura do primeiro-ministro e do Presidente da República, num artigo de
opinião assinado no Público.
Falando
dos cortes impostos pela austeridade, que acabaram com a “escassa e débil
classe média que se formara depois do 25 de Abril” em Portugal, e que na Grécia
descreve como uma “dura, penosa, cega, punitiva austeridade”, Pacheco Pereira
considera que Passos Coelho e Cavaco Silva não querem aceitar o mais evidente.
“O
que nem Cavaco nem Passos dizem, é aquilo que é evidente: [a política de
austeridade] não resultou, nem resulta, nem resultará”, escreve o historiador
nas páginas do Público deste sábado, acrescentando que “é uma receita errada
quer em Portugal, quer na Grécia”.
Numa
altura em que, em Bruxelas, os gregos tentam renegociar as suas condições de
assistência com os restantes parceiros europeus, Pacheco Pereira destaca o que
descreve como “haver hoje em Atenas um governo rebelde”, que contrariou as
políticas que falharam do anterior governo, da Nova Democracia.
“Se
os resultados deixaram a Grécia com a gigantesca dívida que tem”, realça
Pacheco Pereira, “a culpa é de quem? Do Syriza?”, questiona o
social-democrata, que considera ainda que Cavaco e Passos “podem hoje esnobar
da Grécia” mas que, ao fazê-lo, “enfileiram no pior que existe hoje já política
europeia: a perversão dos objetivos da União [Europeia], transformada num
instrumento da política económica e financeira da Alemanha”, pode ler-se.
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