Sydney,
Austrália, 25 fev (Lusa) -- O Governo da Austrália pediu hoje ao Presidente
indonésio, Joko Widodo, clemência para dois dos seus cidadãos que estão no
'corredor da morte' por narcotráfico e insistiu que não foram esgotados todos
os recursos para os salvar do fuzilamento.
"Apelo
ao Presidente Widodo, ao povo da Indonésia, à sua misericórdia, compaixão e
perdão", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Austrália, Julie
Bishop, em entrevista ao Canal 9 da televisão local.
Os
australianos Andrew Chan, de 31 anos, e Myuran Sukumaran, de 33 anos, ambos
condenados por tráfico de droga, encontram-se entre os 11 presos incluídos na
nova ronda de execuções que o novo governo indonésio pretende levar a cabo e
que se estima que poderá ocorrer esta semana.
"Não
perderemos as esperanças", sublinhou Bishop, explicando que se pretende
evitar as execuções dos dois australianos "porque ainda não se esgotaram
todos os recursos".
O
Presidente Widodo disse na terça-feira que nenhuma intervenção vai parar as
execuções dos dois australianos nem de nenhum outro estrangeiro. Entre estes
inclui-se Rodrigo Gularte, o segundo brasileiro condenado à pena de morte na
Indonésia por tráfico de drogas.
Em
janeiro o governo indonésio executou seis presos por tráfico de drogas,
incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, executado por
fuzilamento, após aguardar durante 10 anos no "corredor da morte"
pela aplicação da sentença a que tinha sido condenado.
Marco
Archer Cardoso Moreira foi preso por tráfico de 13 quilos de cocaína em 2003 e
julgado em 2004. Os pedidos de clemência feitos pelo condenado e pelo governo
brasileiro foram negados.
Rodrigo
Gularte, 42 anos, foi julgado e condenado em 2005, por entrar na Indonésia com
seis quilos de cocaína em pranchas de surf.
FV
(FYB) // JCS
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