Cavaco Silva pronunciou-se sobre a Grécia. Deu-lhe uma fisgada, como bom servidor do grande capital. A tendência permanente para tramar povos e acarinhar os senhores dos cifrões e das batotas prevaleceu e sobressaiu. Não fosse ser conhecido há tantos anos e por via dele Portugal estar tão escaldado e julgaríamos que quem estava a falar nas notícias televisivas era um demente qualquer. Um paranóico dos cifrões. Mas não. Desgraçadamente é o presidente da República Portuguesa, graças a uns palermas que foram no conto do vigário numas eleições cuja campanha foi generosamente comparticipada em doação do vigarista Ricardo Salgado do BES. À volta de Cavaco pairam ou pairaram uns quantos vigaristas. Que é coisa de que não se livra e lhe está colada à pele. Julgamento concluído por parte de maioria dos portugueses. Aguardemos pelo resto da parte de Cavaco... À espera que se espalhe. Cavaco e governo. Uma desgraça nunca vem só. (MM / PG)
Cavaco.
"Muitos milhões de euros saíram da bolsa dos portugueses para a
Grécia"
Luísa
Meireles - Expresso
Presidente
da República diz que Portugal transferiu para a Grécia 1100 milhões de euros.
"A Grécia não pode fazer o que bem entende."
Cavaco
Silva disse esta quarta-feira que Portugal tem vindo a demonstrar solidariedade
em relação à Grécia, a qual em termos financeiros significou a saída de muitos
milhões de euros da "bolsa dos contribuintes portugueses".
"Portugal
tem vindo a demonstrar solidariedade em relação à Grécia para que ela permaneça
na zona do Euro. Além do empréstimo que fizemos à Grécia de cerca de mil e 100
milhões de euros [no âmbito do primeiro resgate a este país], Portugal tem
vindo a transferir para a Grécia o produto do juros das obrigações na posse do
Banco de Portugal, o que significa muitos milhões de euros que saem da bolsa
dos contribuintes portugueses", afirmou o Presidente da República, ao
comentar a reunião do Eurogrupo que abordará as propostas do novo Governo
grego.
Segundo
a imprensa grega, estas propostas constituem um "programa de ponte",
assente em quatro eixos: 10 novas reformas; excedente primário orçamental de
1,49% em 2015; trocas de dívida; e plano de emergência humanitária.
"A
Grécia não pode fazer o que bem entende"
Cavaco Silva afirmou ainda que "a Grécia não pode fazer o que bem entende" e que a coordenação de políticas na zona euro implica que os Estados-membros se coordenem, porque "as economias estão interligadas e o que cada um faz influencia os outros".
O
Presidente, que falava à margem de uma cerimónia pública em Lisboa, disse ainda
que tinha "esperança que o Governo grego continue a corrigir as suas
posições" e que a Grécia não "podia fugir às suas
responsabilidades".
"A
palavra solidariedade tem de estar sempre ao lado da responsabilidade",
disse ainda o Presidente, que considerou que Portugal em particular tem sido
solidário para com a Grécia, tendo transferido para aquele país 1100 milhões de
euros.
O
chefe de Estado assinalou porém que há muito tempo que considerava que a União
Europeia podia "fazer melhor" quanto a uma agenda de crescimento e
redução do desemprego.
O
Presidente referia-se em particular à possibilidade dos países com mais margem
de manobra orçamental poderem fazer políticas mais expansionistas, que
compensem os que não a têm.
Ainda sobre a situação na
Grécia, Cavaco afirmou que o exemplo grego mostrou que quando se fala em
reestruturação da dívida, os custos recaem sobre os mais frágeis.
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