quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Cavaco Silva: FISGADA REACIONÁRIA NA GRÉCIA. UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ




Cavaco Silva pronunciou-se sobre a Grécia. Deu-lhe uma fisgada, como bom servidor do grande capital. A tendência permanente para tramar povos e acarinhar os senhores dos cifrões e das batotas prevaleceu e sobressaiu. Não fosse ser conhecido há tantos anos e por via dele Portugal estar tão escaldado e julgaríamos que quem estava a falar nas notícias televisivas era um demente qualquer. Um paranóico dos cifrões. Mas não. Desgraçadamente é o presidente da República Portuguesa, graças a uns palermas que foram no conto do vigário numas eleições cuja campanha foi generosamente comparticipada em doação do vigarista Ricardo Salgado do BES. À volta de Cavaco pairam ou pairaram uns quantos vigaristas. Que é coisa de que não se livra e lhe está colada à pele. Julgamento concluído por parte de maioria dos portugueses. Aguardemos pelo resto da parte de Cavaco... À espera que se espalhe. Cavaco e governo. Uma desgraça nunca vem só. (MM / PG)

Cavaco. "Muitos milhões de euros saíram da bolsa dos portugueses para a Grécia"

Luísa Meireles - Expresso

Presidente da República diz que Portugal transferiu para a Grécia 1100 milhões de euros. "A Grécia não pode fazer o que bem entende."

Cavaco Silva disse esta quarta-feira que Portugal tem vindo a demonstrar solidariedade em relação à Grécia, a qual em termos financeiros significou a saída de muitos milhões de euros da "bolsa dos contribuintes portugueses".

"Portugal tem vindo a demonstrar solidariedade em relação à Grécia para que ela permaneça na zona do Euro. Além do empréstimo que fizemos à Grécia de cerca de mil e 100 milhões de euros [no âmbito do primeiro resgate a este país], Portugal tem vindo a transferir para a Grécia o produto do juros das obrigações na posse do Banco de Portugal, o que significa muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses", afirmou o Presidente da República, ao comentar a reunião do Eurogrupo que abordará as propostas do novo Governo grego.

Segundo a imprensa grega, estas propostas constituem um "programa de ponte", assente em quatro eixos: 10 novas reformas; excedente primário orçamental de 1,49% em 2015; trocas de dívida; e plano de emergência humanitária.

"A Grécia não pode fazer o que bem entende"

Cavaco Silva afirmou ainda que "a Grécia não pode fazer o que bem entende" e que a coordenação de políticas na zona euro implica que os Estados-membros se coordenem, porque "as economias estão interligadas e o que cada um faz influencia os outros".

O Presidente, que falava à margem de uma cerimónia pública em Lisboa, disse ainda que tinha "esperança que o Governo grego continue a corrigir as suas posições" e que a Grécia não "podia fugir às suas responsabilidades".

"A palavra solidariedade tem de estar sempre ao lado da responsabilidade", disse ainda o Presidente, que considerou que Portugal em particular tem sido solidário para com a Grécia, tendo transferido para aquele país 1100 milhões de euros.

O chefe de Estado assinalou porém que há muito tempo que considerava que a União Europeia podia "fazer melhor" quanto a uma agenda de crescimento e redução do desemprego.

O Presidente referia-se em particular à possibilidade dos países com mais margem de manobra orçamental poderem fazer políticas mais expansionistas, que compensem os que não a têm.

Ainda sobre a situação na Grécia, Cavaco afirmou que o exemplo grego mostrou que quando se fala em reestruturação da dívida, os custos recaem sobre os mais frágeis.

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