Bruno
Simões - Negócios
A
praça Sintagma, em Atenas, voltou a acolher um protesto anti-austeridade. Desta
vez, cerca de 15 mil gregos reuniram-se na principal praça de Atenas, em frente
ao Parlamento, para apoiar o novo governo liderado por Alexis Tsipras.
Alexis
Tsipras tem, dentro de portas, um trunfo para pressionar a Europa: o apoio
popular. No espaço de apenas alguns dias, a praça Sintagma enche pela segunda vez
para apoiar os esforços anti-austeridade do novo executivo grego. Esta
quarta-feira à tarde foram cerca de 15 mil os gregos que optaram por criticar a
política de austeridade da Europa, empunhando cartazes como "o povo está
acima dos mercados". Há manifestações em várias outras cidades europeias.
"Falidos
mas livres", "só pedimos que dêem uma oportunidade à Grécia",
"Cuidado, a história está a assistir" ou "Europa, a resposta é a
democracia" são algumas das mensagens que estão em cartazes empunhados por
vários cidadãos, de acordo com vários "tweets" que estão a circular.
A estimativa de 15 mil pessoas na praça Syntagma foi avançada pela polícia ao
jornal grego Kathimerini.
O
próprio primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, partilhou uma das fotos da
manifestação em frente ao Parlamento grego, acompanhada de uma mensagem.
"As pessoas estão a participar na batalha da negociação nas cidades da
Grécia e da Europa – elas são a nossa força", escreveu Tsipras, na sua conta
do Twitter.
Manifestações
em toda a Europa chegam a Lisboa
A
manifestação tem lugar no mesmo dia que marca a estreia de Yanis Varoufakis em
reuniões do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro. O novo
ministro das Finanças grego afastou a saída do seu país da moeda única. Além de
Atenas, os gregos estão a manifestar-se em várias outras cidades helénicas,
como Salónica. As manifestações também chegaram a Londres, Bruxelas ou Lisboa.
Uma
das manifestantes explicou à Reuters os motivos que a levaram a marcar presença
na praça Syntagma, em Atenas. "Estamos aqui para apoiar a decisão do nosso
governo. Estamos contra a austeridade e contra o resgate. Não é possível viver
com 500 euros por mês. Detestamos Merkel porque a Alemanha é responsável pela
nossa crise", afirmou Angela Dimou.
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