Decisão
anunciada após encontro entre Afonso Dhlakama e presidente Filipe Nyusi
Voz
da América
Em
Moçambique ao maior partido da oposição Renamo levantou o seu boicote ao recém
eleito parlamento.
A
decisão foi anunciada pelo presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, após um
encontro no Maputo com o presidente Filipe Nyusi.
Embora
não tenham sido divulgados pormenores do encontro, Dhlakama declarou no final
do mesmo que “o país não terá problemas”.
"O
país não terá problemas, porque da maneira como nos conhecemos, como
conversámos - muitas horas os dois -, tudo correu bem", disse Dhlakama que
não deu contudo pormenores do encontro realizado num hotel da capital
moçambicana.
"Posso
dizer que do meu lado - e quero acreditar que também o irmão Presidente está a
pensar da mesma maneira -, estou muito satisfeito, porque os pontos que pude
colocar ele entendeu e vai analisar para que possamos conseguir a
solução", acrescentou.
A
Renamo rejeitou os resultados das eleições do final do ano passado argumentando
ter havido fraude. O partido obteve um total de 1,8 milhões de votos através do
pais quase o triplo dos votos alcançados em 2009 e venceu em algumas das
províncias.
A
Renamo elegeu 89 deputados aoparlamento nacional e outros 294 para as
diversas assembleias provinciais.
Inicialmente
Dhlakama exigiu a formação de um “governo de gestão” algo que foi rejeitado
pela Frelimo ( o partido no poder) e posteriormente ameaçou formar
um governo para as regiões do centro-norte onde obteve os melhores resultados.
Sabe-se
por outro lado que vários membros da Renamo eleitos para o parlamento se
reuniram recentemente com Dhlakama para o pressionarem a aceitar que os
deputados da Renamo assumissem os seus postos no parlamento algo que na altura
foi rejeitado por Dhlakama.
O
prazo legal para os deputados da Renamo ocuparem os seus lugares no
parlamento termina na Quinta-feira.
"Não
tomaram posse até hoje pela questão que nos levou aqui a reunir. O que posso
dizer é que tomarão posse dentro em breve", disse Afonso Dhlakama
que afirmou ainda que uma nova reunião erá lugar “dentro de dias”.
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