Maputo,
27 mar (Lusa) - O presidente da Associação dos Portos de Língua Portuguesa
(Aplop) considerou hoje em Maputo as barreiras alfandegárias um entrave às
relações comerciais entre os países lusófonos, defendendo que devem ser
removidas para o desenvolvimento dos negócios na CPLP.
"Nós
queremos uma facilitação de serviços alfandegários entre os países de língua
oficial portuguesa. É preciso remover as barreiras alfandegárias que existem,
para que se aumente os níveis do comércio entre os países lusófonos",
disse à Lusa Anapaz de Jesus Neto, à margem do VIII Congresso dos Portos de
Língua Portuguesa, que terminou hoje na capital moçambicana.
De
acordo com o presidente da Aplop, as relações portuárias entre os países da
CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) estão numa boa fase, mas é
preciso diminuir os encargos aduaneiros, como forma de dinamizar a cooperação
entre eles.
"Uma
mercadoria que sai de Moçambique para Angola, por exemplo, não pode pagar os
direitos alfandegários como se fosse uma mercadoria que vem da Suécia",
afirmou Anapaz de Jesus Neto.
Além
dos entraves aduaneiros nas trocas comerciais, O VIII Congresso dos Portos de
Língua Portuguesa discutiu a ideia de reforçar as viagens de cabotagem, como
forma de explorar a riqueza das costas marítimas existentes na lusofonia.
"As
relações entre os países lusófonos estão excelentes, mas queremos melhorar. Por
isso, debatemos também o incrementar das viagens de cabotagem entre os países
de língua portuguesa, que neste momento ainda não são feitas", adiantou o
presidente da Aplop.
Subordinado
ao tema "Estreitando Relações e Cooperação no Espaço da Lusofonia, o VIII
Congresso da Aplop reuniu, durante dois dias em Maputo, académicos e
empresários dos países de língua portuguesa, que discutiram os projetos
portuários e logísticos, acessibilidade marítima e o mercado da CPLP.
EYAC
// VM
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