sábado, 28 de março de 2015

Execução de presos estrangeiros, incluindo um brasileiro, está para breve - autoridades indonésias




Jacarta, 27 mar (Lusa) -- A execução na Indonésia de presos estrangeiros, incluindo um brasileiro, está para breve, disse hoje a procuradoria-geral indonésia, depois da rejeição de um recurso de uma filipina no Supremo Tribunal do país.

Questionado pelos jornalistas se a rejeição deste recurso, enviado no início do mês, significaria que as execuções estavam próximas, o porta-voz do procurador-geral, Tony Spontana, respondeu de forma afirmativa.

"Certamente. Os processos ainda estão em andamento", disse, acrescentando que o exame dos recursos de vários condenados será "relativamente rápido".

"Nós esperamos o fim de todos os procedimentos" legais, acrescentou Spontana, sublinhando que três recursos de presos condenados à morte estão ainda em análise.

Estão no corredor da morte, além do brasileiro Rodrigo Muxlfeldt Gularte (de 42 anos, preso em 2004 e condenado por tráfico de drogas), cidadãos de nacionalidade francesa, australiana, ganesa e nigeriana.

Apesar das pressões diplomáticas, em particular da Austrália, o ministério público mantém a decisão de executar os condenados à morte, "todos ao mesmo tempo", segundo Spontana.

O Presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu o cargo em outubro, rejeitou os pedidos de clemência a todos os condenados à morte por tráfico de droga, mostrando-se irredutível nestes casos relacionados com estupefacientes.

Seis condenados a morte, entre os quais cinco estrangeiros, foram executados a 18 de janeiro e provocou reações acesas dos países em questão.

O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, também condenado por tráfico de drogas, estava entre os estrangeiros executados a 18 de janeiro, aumentando a tensão nas relações diplomáticas entre Brasil e Indonésia.

CSR // PJA

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