Jacarta,
27 mar (Lusa) -- A execução na Indonésia de presos estrangeiros, incluindo um
brasileiro, está para breve, disse hoje a procuradoria-geral indonésia, depois
da rejeição de um recurso de uma filipina no Supremo Tribunal do país.
Questionado
pelos jornalistas se a rejeição deste recurso, enviado no início do mês,
significaria que as execuções estavam próximas, o porta-voz do
procurador-geral, Tony Spontana, respondeu de forma afirmativa.
"Certamente.
Os processos ainda estão em andamento", disse, acrescentando que o exame
dos recursos de vários condenados será "relativamente rápido".
"Nós
esperamos o fim de todos os procedimentos" legais, acrescentou Spontana,
sublinhando que três recursos de presos condenados à morte estão ainda em
análise.
Estão
no corredor da morte, além do brasileiro Rodrigo Muxlfeldt Gularte (de 42 anos,
preso em 2004 e condenado por tráfico de drogas), cidadãos de nacionalidade
francesa, australiana, ganesa e nigeriana.
Apesar
das pressões diplomáticas, em particular da Austrália, o ministério público
mantém a decisão de executar os condenados à morte, "todos ao mesmo
tempo", segundo Spontana.
O
Presidente indonésio, Joko Widodo, que assumiu o cargo em outubro, rejeitou os
pedidos de clemência a todos os condenados à morte por tráfico de droga,
mostrando-se irredutível nestes casos relacionados com estupefacientes.
Seis
condenados a morte, entre os quais cinco estrangeiros, foram executados a 18 de
janeiro e provocou reações acesas dos países em questão.
O
brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, também condenado por tráfico de
drogas, estava entre os estrangeiros executados a 18 de janeiro, aumentando a tensão
nas relações diplomáticas entre Brasil e Indonésia.
CSR
// PJA
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