Lisboa,
08 mar (Lusa) - Os riscos de violência política continuam a existir em
Timor-Leste, mas o país está a trabalhar para ultrapassar a destruição causada
pela "ocupação brutal" pela Indonésia durante um quarto de século,
diz a consultora Aon.
Na
análise por país que acompanha o relatório de Risco Político 2015, divulgado
esta semana, a consultora especializada em gestão de risco, os consultores
dizem que Timor-Leste, "apesar de ser um país fraco em áreas críticas como
a supervisão regulatória e legal, tem instituições muito mais fortes que na altura
da primeira e prematura tentativa de retirada das Nações Unidas, em 2005".
As
receitas petrolíferas e a gestão efetiva do Governo facilitaram a criação de
alguns projetos importantes de infraestruturas, e a vontade de aderir à
Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, no original em inglês) "é
um passo importante para melhorar a base económica", principalmente porque
os países vizinhos como a Indonésia, Singapura e Filipinas estão a planear
acelerar os projetos de investimentos no país".
A
análise da Aon Risk Solutions é feita anualmente a 163 países, com a edição
deste ano a registar uma degradação do risco político de fazer negócios em 12
países e uma melhoria noutros sete.
Os
países que viram o Risco piorar foram Angola, República Centro-Africana, Burkina
Faso, Gana, Guiné- Conacri, Haiti, Líbia, Moçambique, Omã, Paquistão, Serra
Leoa e Uganda.
Os
que melhoraram foram a República Dominicana, Equador, Geórgia, Laos, Panamá,
Suazilândia e o Zimbabué.
A
análise da Aon inclui uma colaboração especial da consultora Roubini Global
Economics, recolhendo também a opinião de mais de 20 seguradoras na área do
risco político, compilados pelo banco Loyds.
Cada
país é avaliado em nove áreas: Transferência de Divisas, Regulamentos e Leis,
Interferência POlítica, Violência Política, Incumprimento Soberano e
Perturbações na Cadeia de Distribuição, a que se juntam os Riscos de Negócio,
Vulnerabilidade do Setor Bancário e Riscos a Estímulos Orçamentais.
Com
base na avaliação nestas nove áreas, é então definido a que categoria pertence
o risco que os investidores assumem por investir nesse país, indo do Baixo até
ao Muito Alto, passando pelo Médio Baixo, Médio, Médio Alto e Alto.
MBA
// PJA
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