Faltam breves minutos para o encerramento das urnas de voto na Grécia, Página Global esteve em contacto com um eleitor grego, Anapoulos, que nos fez o ponto da situação relativamente a Atenas. Ele afirma que mais de 50 por cento dos eleitores já votaram - para validar o referendo é necessário que o mínimo de 40 por cento votem. Declarou ainda que está otimista acerca da vitória do OXI (o não), que "mesmo por uma curta margem sairá vencedor". Aliás, Anapoulos é defensor do OXI (NÃO) e tem por convicção que após o resultado desta votação ser conhecido e o OXI vencer nada de muito pior pode acontecer na Grécia. "Será até muito mais salutar para a nossa economia abandonar o euro e regressar ao dracma. Levará alguns anos a restabelecermos a normalidade mas será muito mais fácil para todos os gregos que há cinco anos andam a sobreviver miseravelmente às ordens da União Europeia."
Sobre a Grécia reservamos para mais tarde a informação e declarações de interesse que considerarmos podermos trazer aqui ao Página Global. Por agora traremos algumas curtas informações que possam suscitar interesse. As fontes estarão devidamente identificadas no final das compilações. Se desejar ampliar as fotos deverá clicar na pretendida.
Redação PG
Assessor
de Samaras usa foto de 2013 para insinuar fraude no referendo
Terminada
a campanha, alguns apoiantes do ‘SIM’ tentam agora questionar a validade do
referendo. É o caso de George Mouroutis, assessor do ex-primeiro-ministro da
Nova Democracia, que “denunciou” os milhares de eleitores que o ‘Não’ estava a
trazer da Turquia. Quem viu a foto desconfiou dela por as pessoas estarem tão
agasalhadas. Logo em seguida, foi encontrada uma foto semelhante, tirada na
mesma altura, em 2013. As acusações de falsificação levaram o assessor de
Samaras a apagar o tweet sem pedir desculpa.
InfoGrécia
Jerónimo
acusa UE de querer obrigar povo da Grécia a "ajoelhar"
Sábado
à noite, em Viana do Castelo, o líder do PCP fez questão de dizer que os gregos
já pagaram a crise com os salários, as pensões, os serviços de saúde e a
proteção social.
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou a União Europeia de querer
"mandar na Grécia" e obrigar o povo daquele país a
"ajoelhar", manifestando solidariedade para com os trabalhadores
daquele país.
Falando
em Viana do Castelo sábado à noite, num jantar de apresentação de Ilda
Figueiredo como cabeça-de-lista da CDU às eleições legislativas por aquele
círculo, Jerónimo de Sousa sublinhou que o povo da Grécia "já pagou com
'língua de palmo' nos seus salários, nas pensões, nos serviços de saúde e na
proteção social".
"Querem
agora obrigar um povo a ajoelhar, querem obrigar um povo a humilhar-se, dizendo
'não aceitamos as vossas propostas, porque queremos continuar a cortar nos
salários, queremos continuar a cortar nas reformas e nas pensões. Queremos
mandar na Grécia'. É esta a solidariedade, é este o princípio da coesão?",
questionou.
Por
isso, disse que, "independentemente do resultado" do referendo de
domingo na Grécia, a solidariedade da CDU é com os trabalhadores e o povo
daquele país e não com a União Europeia, "que já mostrou a sua verdadeira
face".
Lusa,
em TSF
Emigrantes
gregos regressam ao país para votar
Milhares
de cidadãos gregos que vivem fora do país mobilizaram-se nos últimos dias para
viajar para a Grécia e poderem votar no referendo deste domingo. Houve até quem
antecipasse a viagem de férias.
Segundo
o "El Pais", as companhias aéreas agendaram voos
adicionais e encareceram o preço dos bilhetes na sequência da forte procura por
parte dos emigrantes gregos que pretendiam regressar ao país para votar no
referendo.
Konstantinos
Dimitriou, um gestor que trabalha em Singapura, embarcou num voo no sábado e
fez uma viagem de 19 horas para chegar a Atenas a tempo de votar
"Sim" e aceitar o acordo dos credores internacionais que negoceiam
com o governo de Alexis Tsipras. "Todas as oportunidades que tive para
melhorar a vida ocorreram em grande parte devido à relação da Grécia com a
Europa", sublinhou, citado pela edição online do jornal espanhol.
O
padrinho de casamento de Konstantinos também viajou desde Nova Iorque (Estados
Unidos) para votar em Atenas, assim como dois amigos do gestor que vivem em
Dublin (Irlanda) e na Suécia.
Mas
o custo da viagem não está ao alcance de todas as bolsas. Um voo de última hora
entre Nova Iorque e Atenas ronda os 1300 euros em classe económica e a partir
de 5000 euros em classes superiores. E como o referendo só foi marcado há uma
semana não houve hipótese de aproveitar promoções.
Endy
Zemenides, diretor do conselho de líderes greco-americanos, revelou que muitos
gregos a residir nos Estados Unidos aproveitaram o facto de nesta época de
férias ser costume viajarem ao seu país natal e anteciparam a viagem (e as
férias) para poderem votar.
Jornal
de Notícias
Bandeira
grega subiu ao Castelo de São Jorge
As
ações de solidariedade com a Grécia prosseguem por toda a Europa. Este domingo,
um grupo de ativistas do movimento “Eu Não me Vendo” colocou a bandeira da
Grécia no cimo do Castelo de São Jorge, em Lisboa.
InfoGrécia
Se
o "não" vencer Grécia terá de arranjar uma nova moeda
A
convicção foi manifestada pelo presidente do Parlamento Europeu numa entrevista
a uma rádio alemã. O governo grego, por seu turno, continua a insistir numa
mensagem de esperança para a Europa
O
presidente do Parlamento Europeu diz que a Grécia vai ter de arranjar uma nova
moeda caso o "não" vença o referendo deste domingo.
Durante
uma entrevista à rádio alemã Deutschlandfunk , Martin Schulz lembrou que a
partir do momento em que é introduzida uma nova moeda, o país tem de sair da
zona euro. Por isso, o presidente do Parlamento europeu diz acreditar que os
gregos vão votar sim no referendo.
As
declarações de Martin Schulz surgem no mesmo dia em que o ministro das Finanças
grego diz que moeda única e democracia são compatíveis.
Depois
de vota em Atenas, Yanis Varoufakis transmitiu hoje uma mensagem europeísta ao
afirmar que o referendo pode demonstrar que "a moeda única e a democracia
são compatíveis entre si".
O
ministro, que foi votar na companhia do seu pai, classificou a tarefa de hoje
dos gregos como "um momento sagrado, um momento de esperança para a
Europa", no qual se demonstra que "a moeda única e a democracia podem
coexistir".
Nos
últimos dias, Yanis Varoufakis deixou claro repetidamente que, se não vencer o
'Não' no referendo, se demite imediatamente.
TSF
- Publicado hoje às 16:34
Sem comentários:
Enviar um comentário