É
com ironia que Pedro Silva Pereira, ex-ministro do governo de José Sócrates,
fala de uma das recentes polémicas de Passos Coelho.
A
informação já tinha chegado à imprensa noutras alturas. O próprio Yanis
Varoufakis, ex-ministro das Finanças, já dera a entender que Portugal e
Espanha, por razões políticas, foram dos principais opositores a que um alívio
da dívida grega pudesse ser debatido antes das eleições nos respetivos países.
Agora, foi a vez de Jean-Claude Juncker sugerir que "Portugal não quis
discutir alívio da dívida grega antes de eleições".
A
opinião foi expressa num diário belga, o Le Soir, e mereceu de Passos Coelho
resposta: "deve haver alguma confusão do presidente da Comissão
Europeia", afirmou quando questionado por jornalistas.
O
recente episódio é recordado num artigo de opinião de Pedro Silva Pereira, no
Diário Económico, onde o socialista escreve que Passos foi “vergonhosamente
desmentido” por Juncker.
Ainda
assim, “já vimos este filme: ele [Passos] está sempre certo, os outros é que
estão confusos”, critica, de forma irónica, Silva Pereira.
Para
o antigo governante, a situação não é nova. “A história desta legislatura
começou, justamente, com uma mentira de Passos Coelho”, escreve Silva Pereira,
fazendo alusão ao chumbo do PECIV. Na altura Passos terá criticado só ter
recebido um telefonema sobre o documento, quando afinal teria sido convidado –
e marcado presença – para ir a São Bento reunir com Sócrates antes de o
documento chegar a Bruxelas, salienta o ex-governante.
Silva
Pereira faz ainda alusão a um outro episódio, que descreve como “embaraço
maior”: “a ideia que esteve na base do acordo com a Grécia foi originalmente
sugerida pelo primeiro-ministro da Holanda, não por Passos Coelho”, escreve
Silva Pereira em alusão às declarações do Primeiro-ministro, que acabaram por
dar lugar ao fenómeno viral #PorAcasoFoiIdeiaMinha, uma hashtag que se multiplicou,
com humor, nas redes sociais.
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