quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Portugal. “O PS SÓ NÃO É GOVERNO SE NÃO QUISER”, DIZ JERÓNIMO DE SOUSA



PCP não participará num governo socialista, mas admite viabilizá-lo

À saída da reunião com António Costa, Jerónimo de Sousa disse aos jornalistas que “o Partido Comunista conhece o programa do PS e sabe que não responde a uma aspiração de rutura com a política de direita”.

Em todo o caso, o líder do PCP reiterou que “o PS só não é governo se não quiser” e que “no quadro constitucional, nada impede o PS de formar governo, apresentar o seu programa e entrar em funções”.

Para tal, o Partido Socialista tem o apoio dos deputados comunistas, que “derrotarão qualquer iniciativa” vinda do PSD/CDS com fim à formação de um Executivo. Além disso, Jerónimo de Sousa disse entender que “uma solução governativa inclui inevitavelmente o Partido Socialista”.

Aos jornalistas, o líder comunista adiantou também que o PS terá, da sua “parte, compreensão política”, sem impor condições.

Instado a enumerar os pontos de convergência entre PS e PCP, Jerónimo de Sousa respondeu assim: “Comungamos da opinião de que a maioria do povo português não quer este governo e esta política”.

Notícias ao Minuto


Reunião com PCP "foi positiva" e "há condições para trabalho sério" – Costa



Após uma reunião de quase hora e meia com o PCP, António Costa esclareceu que o objetivo do PS, neste momento, não é uma união à esquerda mas sim um modelo que respeite a vontade dos portugueses que retiraram a maioria absoluta à coligação Portugal à Frente (PàF).

"Na sequência do mandato que me foi entregue ontem, iniciámos um conjunto de contactos, decorrente da expressiva vontade popular que se expressou no sentido de haver alteração de políticas", começou por declarar António Costa em declarações aos jornalistas, após o encontro com o PCP.

O secretário-geral socialista considerou a reunião foi "positiva", apesar das convergências entre os dois partidos no que concerne às políticas europeias.

"Com o PCP foi uma reunião com um diálogo muito franco, que permitiu identificar pontos de convergência e o desenvolvimento de trabalho que iremos desenvolver nos próximos dias. Julgo que permitiriam dar expressão institucional àquilo que foi a vontade dos portugueses", frisou Costa, considerando ser "prematuro fazer qualquer avaliação mas há condições para fazer um trabalho sério".

Quando questionado pelos jornalistas sobre uma possível união à esquerda, António Costa referiu apenas que “foi uma reunião muito positiva” e que a "conversa não se centrou sobre modelos".

"Não tivemos a trabalhar sobre aquilo que nos divide mas sim quanto às perspetivas comuns que correspondam à vontade dos portugueses", sublinhou.

Ainda sobre a notícia avançada esta tarde de que se iria reunir na próxima sexta-feira com Passos Coelho, Costa confirmou que a reunião "está marcada para sexta-feira".

Notícias ao Minuto

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