PCP
não participará num governo socialista, mas admite viabilizá-lo
À
saída da reunião com António Costa, Jerónimo de Sousa disse aos jornalistas que
“o Partido Comunista conhece o programa do PS e sabe que não responde a uma
aspiração de rutura com a política de direita”.
Em
todo o caso, o líder do PCP reiterou que “o PS só não é governo se não quiser”
e que “no quadro constitucional, nada impede o PS de formar governo, apresentar
o seu programa e entrar em funções”.
Para
tal, o Partido Socialista tem o apoio dos deputados comunistas, que “derrotarão
qualquer iniciativa” vinda do PSD/CDS com fim à formação de um Executivo. Além
disso, Jerónimo de Sousa disse entender que “uma solução governativa inclui
inevitavelmente o Partido Socialista”.
Aos
jornalistas, o líder comunista adiantou também que o PS terá, da sua “parte,
compreensão política”, sem impor condições.
Instado
a enumerar os pontos de convergência entre PS e PCP, Jerónimo de Sousa
respondeu assim: “Comungamos da opinião de que a maioria do povo português não
quer este governo e esta política”.
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ao Minuto
Reunião
com PCP "foi positiva" e "há condições para trabalho sério"
– Costa
Após
uma reunião de quase hora e meia com o PCP, António Costa esclareceu que o
objetivo do PS, neste momento, não é uma união à esquerda mas sim um modelo que
respeite a vontade dos portugueses que retiraram a maioria absoluta à coligação
Portugal à Frente (PàF).
"Na
sequência do mandato que me foi entregue ontem, iniciámos um conjunto de
contactos, decorrente da expressiva vontade popular que se expressou no sentido
de haver alteração de políticas", começou por declarar António Costa em
declarações aos jornalistas, após o encontro com o PCP.
O secretário-geral socialista considerou a reunião foi "positiva", apesar das convergências entre os dois partidos no que concerne às políticas europeias.
"Com
o PCP foi uma reunião com um diálogo muito franco, que permitiu identificar
pontos de convergência e o desenvolvimento de trabalho que iremos desenvolver
nos próximos dias. Julgo que permitiriam dar expressão institucional àquilo que
foi a vontade dos portugueses", frisou Costa, considerando ser
"prematuro fazer qualquer avaliação mas há condições para fazer um
trabalho sério".
Quando
questionado pelos jornalistas sobre uma possível união à esquerda, António
Costa referiu apenas que “foi uma reunião muito positiva” e que a
"conversa não se centrou sobre modelos".
"Não
tivemos a trabalhar sobre aquilo que nos divide mas sim quanto às perspetivas
comuns que correspondam à vontade dos portugueses", sublinhou.
Ainda
sobre a notícia avançada esta tarde de que se iria reunir na próxima
sexta-feira com Passos Coelho, Costa confirmou que a reunião "está marcada
para sexta-feira".
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