A
campanha presidencial do comunista Edgar Silva contra "o candidato da
direita", Marcelo Rebelo de Sousa, "marchou, marchou", apelando
à mobilização dos trabalhadores e de todos quantos se identifiquem com os
"valores de Abril".
Em
uma ou mais das intervenções públicas formais por dia, encerradas sempre com
"A Portuguesa", o deputado regional madeirense insistiu,
"sempre, mas sempre", na necessidade de voltar a "derrotar a
direita", como nas legislativas de 04 de outubro e posterior afastamento
do poder de Passos Coelho e Paulo Portas.
Numa
primeira semana de contactos de norte a sul, junto de fábricas, e em pequenas
"arruadas", almoços ou jantares de grupo, as "bandeiras"
brandidas pela caravana do PCP foram as dos direitos laborais, da
regionalização e o alerta constante para o problema da pobreza.
Edgar
Silva prometeu, caso fosse eleito Presidente da República, "vetar tudo
quanto atentar contra os trabalhadores e trabalhadoras em Portugal"
porque, considera, "ainda há uma dívida social por saldar", devido
aos anos de políticas de austeridade.
Na
derradeira semana antes do ato eleitoral, a caravana comunista, também com
dirigentes e militantes de "Os Verdes" presentes, concentrou-se nos
grandes centros urbanos de Lisboa e Setúbal, sobretudo nos
"comunistões" da margem sul do estuário do Tejo.
Após
um grande comício inicial, domingo (10 janeiro), no Porto, com perto de 4.000
pessoas no antigo Palácio de Cristal em tarde/noite de temporal, o segundo
grande momento do ex-padre e agora membro do Comité Central do PCP registou-se
noutro comício, com cerca de 6.000 apoiantes, uma semana depois, na antiga
Feira Internacional de Lisboa.
Ao
mesmo tempo, também com o "punho cerrado" contra o ex-presidente do
PSD e comentador político Marcelo, andou o secretário-geral comunista, Jerónimo
de Sousa, um pouco por todo o país, reforçando o apelo ao voto no candidato
apoiado pelo PCP, além de participar ao seu lado nos quatro momentos de
concentração de militantes - Porto, Lisboa, Almada e Guimarães.
Para
os últimos três dias de campanha estiveram reservados os previsíveis
"banhos de multidão" de Edgar Silva - Baixa da Banheira, Seixal,
Loures e Barreiro -, um candidato incansável nos cumprimentos e entradas e
saídas de estabelecimentos comerciais, com a sua "ternura" para com o
próximo e "amor" aos princípios plasmados na Constituição da
República Portuguesa, mas que para lá de simpatia apenas colheu apoios junto de
militantes convencidos antecipadamente, reformados e pensionistas na sua
maioria.
Outros
grandes momentos deverão ser as caminhadas coletivas no "alfacinha"
Chiado e na portuense rua de Santa Catarina até ao comício de encerramento da
campanha, no "Berço da Nação", em Guimarães.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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