Mário Motta, Lisboa
Sobre
os apoios sociais prometidos pelo governo de Costa os mandantes da UE pressionam
para que não se efetivem. Dali só vimos vontades de fome e miséria, que importa
a eles que aumentem os sem-abrigo, os desempregados, os suicídios, o
assassinato de idosos e até de jovens que não encontram nos hospitais os
serviços operacionais que permita salvar vidas. Que lhes importa que os
pensionistas em números aviltantes estejam a mal sobreviver com pensões de miséria?
Que lhes importa que os portugueses estejam a sobreviver à míngua? Os que
sobrevivem.
Vai
daí pressionam, semeiam a fome e não a querem enfrentar, corrigir os erros que
têm cometido ao longo destes últimos anos. Pressionam Costa, o governo, só por
ameaçar mitigar pouco e mal as carências dos portugueses que criminosamente a UE achou merecerem para que a banca e banqueiros vigaristas beneficiassem de
privilégios com o dinheiro dos outros, das populações agora esfomeadas,
endividadas, abandonadas. Para uns poucos tudo, para a maioria nada. É o
debulho ditado pelos que na UE e em governos traidores dos países que a
constituem estão assumidamente a prejudicar os seus cidadãos para beneficiar
uns quantos banqueiros criminosos e as seitas do grande capital selvagem.
Costa
diz que resistirá às pressões e que vai abrir o leque dos apoios sociais. Diz,
mas ainda não vimos nada. No final dos meses contamos com as mesmas pensões de
miséria, com os desempregados sem direito a subsídio de desemprego, com a miséria
a acachapar-nos para nos esmagar. Mas Costa promete. Promete. Ainda não vimos
nada. Nem uma migalha. Mas uma migalha não serve, não resolve, não afasta a miséria
despudorada dos idosos e dos jovens, das crianças, entre outros. Se Costa não
resolve, se não dá um murro na mesa lá pela UE, se não tem coragem de
assumir-se porta-voz dos que já morreram, dos que sofrem devido à miséria
imposta, não merece o apoio dos partidos políticos à esquerda, que são quem o
suporta e apoia no parlamento.
É
facto que o atual governo ainda mal aqueceu as cadeiras de onde exerce o poder
governativo, que precisa de tempo para deitar cá para fora as medidas
prometidas e que podem aliviar a miséria em que quase quatro milhões de
portugueses sobrevivem, só que isso, por si só, não serve de desculpa para
passarem de finais de Janeiro, e esse mês quase que já lá vai. A situação de
pelo menos dois milhões de portugueses é aterrorizante, urge resolvê-la de
imediato. Costa governa, Costa que se decida ou… Costa que se vá. Fartos de charlatães
está Portugal, os últimos perduraram por quatro anos e um deles ainda está em
Belém a piegar-se mas a encher-se à custa dos esfomeados de quase tudo, até de
uma vida com esperança.
No
limite, quanto pior melhor. É que assim talvez os portugueses, os europeus,
acordem. Talvez então reajam à súcia de funcionários e políticos ao serviço das
grandes fortunas conseguidas por vias dúbias, desonestas, criminosas… e com a
proteção de eleitos que mais não têm feito que ludibriar e roubar os povos
europeus. Uns mais que outros.
Acerca
dos pensionistas que trabalharam uma vida inteira a enriquecer outros e que recebem
uma pensão de miséria temos de nos cingir a uma pergunta: o que é feito dos
aumentos? É que ainda não vimos nada! (MM / PG)
Costa
pressionado por Bruxelas não deixa cair apoios sociais
Sandra
Salvado - RTP
O
esboço com a proposta de Orçamento do Estado para 2016 deverá ser entregue esta
sexta-feira em Bruxelas. António Costa garante que vai cumprir os compromissos
eleitorais e as medidas acordadas com os partidos de esquerda. O
primeiro-ministro admite que as negociações europeias sobre o Orçamento são
difíceis, mas acredita que vai ser possível reduzir o défice e aumentar apoios
sociais que constam das Grandes Opções do Plano.
Espera-se
agora pelo parecer do Conselho de Finanças Públicas, que deverá ser conhecido
esta quinta-feira. O draft da proposta de Orçamento será depois
aprovado em Conselho de Ministros, seguindo para Bruxelas na sexta-feira, se
tudo correr como previsto.
A Comissão Europeia tem imposto ao ministro das Finanças, Mário Centeno, que o défice nominal se situe abaixo dos 2,8 por cento, permitindo assim que o défice estrutural baixe 0,5 por cento e venha a compensar o ano de 2015, por ter sido superior ao previsto.
"Como é sabido, a execução orçamental de 2015 não permitiu uma redução do défice estrutural como estava previsto (…) As instituições europeias, naturalmente, pretendem que em 2016 haja uma redução efetiva do défice estrutural que tenha em conta o que não foi alcançado em 2015. Portanto, estamos a conversar nesse sentido", disse António Costa.
A Comissão Europeia tem imposto ao ministro das Finanças, Mário Centeno, que o défice nominal se situe abaixo dos 2,8 por cento, permitindo assim que o défice estrutural baixe 0,5 por cento e venha a compensar o ano de 2015, por ter sido superior ao previsto.
"Como é sabido, a execução orçamental de 2015 não permitiu uma redução do défice estrutural como estava previsto (…) As instituições europeias, naturalmente, pretendem que em 2016 haja uma redução efetiva do défice estrutural que tenha em conta o que não foi alcançado em 2015. Portanto, estamos a conversar nesse sentido", disse António Costa.
Apesar
de António Costa ter considerado difíceis as negociações com as instâncias
europeias, salientou que não serão postos em causa compromissos eleitorais, bem
como as medidas que acordou nas parcerias estabelecidas com o Bloco de
Esquerda, PCP e "Os Verdes".
A Comissão Europeia continua a pressionar o Governo, exigindo um défice nominal abaixo dos 2,8 por cento. Ainda assim o Governo garante que vai manter os compromissos eleitorais e aumenta os apoios sociais.
A Comissão Europeia continua a pressionar o Governo, exigindo um défice nominal abaixo dos 2,8 por cento. Ainda assim o Governo garante que vai manter os compromissos eleitorais e aumenta os apoios sociais.
"Não sacrificamos objetivos"
"Estamos perante um exercício orçamental exigente e difícil, mas iremos conseguir obter uma redução do défice estrutural e do défice nominal sem sacrificar aquilo que são os compromissos assumidos com os portugueses e os compromissos assumidos com os nossos parceiros. Trata-se de uma garantia fundamental para a credibilização da vida política", disse aos jornalistas o primeiro-ministro.
Ainda em relação ao Orçamento do Estado para o próximo ano, Costa referiu: "Não sacrificamos objetivos. Temos o nosso grande desafio de simultaneamente virarmos a página da austeridade, cumprindo os critérios de participação ativa no quadro da zona euro. Estou confiante que encontraremos boas soluções no sentido de ajudar a relançar a economia portuguesa”.
Na versão das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2016 enviada ao Conselho Económico e Social (CES), documento a que a RTP teve acesso, o Governo não divulga qual será o cenário macroeconómico para os próximos anos.
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“melhorzinho” que o anterior não aumenta as pensões de miséria. Viva a fome!
- O título em Notícias ao Minuto, de onde compilamos a notícia, é elucidativo. "PCP quer mais aumentos nas pensões. O governo diz que não é possível". Já era de
esperar...
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