Analista
duvida das promessas dos partidos políticos
Eugénio
Teixeira – Voz da América
Na
campanha eleitoral para as eleições legislativas de 20 de Março em Cabo Verde,
a economia tem sido umas das bandeiras levantadas pelos principais partidos
políticos.
O
PAICV, que tenta a renovação de mais um mandato de cinco anos, fala
na revitalização da economia e promete a criação de 25 mil empregos ano,
enquanto o MpD, principal partido da oposição, traça a meta de sete por cento
para o crescimento económico e faz a promessa de criar cerca de
45 mil empregos durante a legislatura.
Por
sua vez a UCID, que se lança na corrida com a ambição de ganhar ou tentar
aumentar o número de deputados que lhe permite criar
uma bancada parlamentar e ser a
balançade equilíbrio do sistema, não lança números no que tange
à criação de empregos, mas destaca a importância da economia crescer
a um ritmo mais acelerado visando a redução do desemprego.
O
economista Paulino Dias disse à VOA não acreditar na possibilidade
de se atingir as metas traçadas quanto ao crescimento da economia e os números
avançados para o emprego.
Apesar
da boa intenção dos partidos em cena, o antigo presidente da Associação de
Jovens Empresários entende que a conjuntura ainda não é favorável para haja
crescimento acelerado da economia.
Dias
espera, no entanto, que as promessas sejam realizáveis, porquanto o
país precisa gerar riqueza e consequentemente, criar empregos.
Sobre
a redução dos impostos, aquele analista diz que se trata de boa medida, mas
volta a colocar dúvidas quanto aos números que são avançados, já que essas
pretensões podem ser travadas pelas instituições
financeiras intencionais parceiras
do arquipélago, nomeadamente o Fundo Monetário Internacional.
Paulino
Dias ressalva a necessidade do próximo Governo criar mecanismos
que possam desafogar as empresas, para que as mesmas funcionem com
tranquilidade e estabilidade.
“Trata-se
de um aspecto importante”, já que segundo Dias, “são as empresas,
as estruturas vocacionadas para criar empregos e não o Estado
que deve adoptar políticas assertivas que propiciem
o crescimento da economia e o bom ambiente de negócios no país”.
A
nível oficial, o país regista uma taxa de 15,5% de desemprego, enquanto a
dívida pública do arquipélago ronda 120 por cento do Produto Interno
Bruto.
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