Sem
conversa por demasia aqui está o Expresso Curto, curto de nome porque nem
sempre assim acontece, muitas vezes é comprido. Comprido ou cumprido? Dependendo
do que possamos abordar comprido pode ser bom, másculo, aconchegante, molhadinha,
de fazer revirar os olhos… Em que é que estão a pensar? Aiii. Referia-me a uma
torta, comprida. Cumprido é melhor, neste caso do governo Costa e do Orçamento
que vai hoje, finalmente, dar o suspiro de aprovação no parlamento. O governo
tem cumprido? Como o pisca-pisca, umas vezes para a esquerda outras para a
direita. É a vida. Estamos entalados. A direita pode, com P e também pode
com F. Lixa-nos, trama-nos. Agora é a UE a pressionar, agora e sempre. Aquela
direita em conluio com os mercados, com a alta finança global. Os gajos não
nos largam a labita e espera os falhanços todos e mais alguns para empurrar-nos
para o plano RM – a que chamam plano B. RM de roubar mais. Vamos resistindo
como possível, mas… Pois. São contas... de sumir.
Os
dias que tivemos de paragem aqui no PG fez atrasar o ritmo a que já todos
estávamos habituados. Colaborações dos do coletivo PG ainda estão em carteira.
Queremos acertar o melhor possível tudinho, hoje. Vamos a isso.
Acabou
o 31 de boca… Neste caso o 31 de teclado. Vem aí o Expresso Curto, novamente
por uma senhora (já ontem foi). Aleluia! Leia a prosa de Luísa Meireles,
jornalista lá do solar Bilderberg do tio Balsemão & Associados, coisa
asseada do grupo. Pois. Mas há os que não vão em grupos, em faz-de-conta
democracia. Feitios. Traumas, talvez. Salazar tem sido o culpado. Cavaco também.
Passos Coelho de certeza e em força. Portas… é o que se vê e nem tudo se sabe. Outros
artistas também têm as suas responsabilidades neste trauma coletivo sobre políticos,
banqueiros, grandes empresários, ladrões… E etc. Doença? Talvez.
Bom
dia. Se der para isso vá ao médico.
Redação
PG / MM
Bom
dia, este é o seu Expresso Curto
Luísa
Meireles - Expresso
Hoje
isto são contas
E
vão começar dentro de pouco tempo. Ao fim de quase dois meses (e 240 alterações
depois), o primeiro Orçamento de Estado da "geringonça" vai
ser sujeito à votação final global e vai passar. Isto apesar dos percalços que
se foram sucedendo, o último dos quais no fim de semana, a propósito de três artigos sobre compromissos internacionais -
"uma obra prima da hipocrisia", como lhe chamou Miguel Sousa Tavares,
não sem alguma razão. Mas a política nacional também é feita disto, pois então.
O Primeiro-ministro António Costa ainda ontem ao fim do dia dizia que o OE era "particularmente
ambicioso", tendo provado que "os impossíveis existem". Afinal é
mesmo verdade "as vacas voam". Era a frase predileta do agora PM
quando ainda era ministro da Administração Interna que, num aparte, aqui se lembra e que, pelos vistos, se volta a
justificar. Sem ofensa, claro.
Esmiuçado, foram pois 240 propostas de alteração, a maioria dos quais propostas pelo próprio PS (85), seguido do BE (57), o PAN (32), o PCP (31) e o CDS (17). Quanto ao PSD - zero. Foi uma posição de princípio assumida pela direção do partido e ainda ontem repetida na SIC-N por José Matos Correia. Mas quer verdadeiramente saber aquilo que muda? Segundo o Negócios as principais propostas são estas, mas o Diário Económico também dá novidades e curiosidades interessantes de ler. Se quiser ser exaustivo pode ir ao dossiê que o Expresso preparou ao longo do tempo.
Muito interessante é esta opinião de Manuela Ferreira Leite sobre o OE (que é "uma alternativa à receita que levava Portugal ao abismo"), em contraste com a de Medina Carreira, segundo o qual "o Governo quer por a circular dinheiro que não existe". Quanto aMiguel Morgado, deputado do PSD e ex-assessor de Passos Coelho, disse o que se esperava: "este OE não tem ponta por onde se pegue".Economistas defendem novas políticas para controlar despesa pública (entre eles Teodora Cardoso). Vem no Diário Económico, mas só para assinantes, lamento.
Mas o que eu queria perguntar-lhe, caro leitor, era se acha mesmo que os políticos discutem mais o que interessa menos? Pois este é o título de um excelente artigo preparado pela Raquel Albuquerque, que passou mais de 12h no Parlamento na altura da discussão na generalidade do orçamento e chegou a esta (minha) resumidíssima conclusão: não, não é verdade que os deputados passem a vida a discutir intriga - 1/3 do debate foi passado a falar sobre medidas para as pessoas e 2/3 sobre estratégia de política orçamental. "E esta, hein"?
Ainda nesta parte das contas, parece que por uma vez as Finançastêm boas notícias para nós, comuns cidadãos e infelizes contribuintes. Dê uma olhada nas mudanças do site oficial e, num relance, fica (quase) logo a saber quanto vai pagar, consultando despesas e deduções relativas ao ano passado, incluindo propinas, taxas moderadoras ou recibos de renda.
Em termos brevíssimos, também cabe aqui recordar que as empresas públicas de transportes vão recorrer da sentença sobre os swapsrelativa ao Santander. Ah, é verdade, contas também são as nossas, quer dizer, os impostos que pagamos por conta dos combustíveis. A pergunta é: até onde tem que ir o preço para o imposto baixar? O João Silvestre e o João Palma-Ferreira explicam (o possível). E hoje o ministro do Ambiente também diz no Público que está a trabalhar em novas taxas no domínio da fiscalidade verde.
E ainda há uma outra notícia sobre contas, essas grossas, as dosbancos, o mais complexo dos problemas portugueses. Depois de negociações que envolveram diretamente a poderosíssima filha do presidente angolano e o Primeiro-ministro português, foi acordado que o espanhol La Caixa fica com o BPI e Isabel dos Santos com oBFA (Banco de Fomento Angola), ultrapassando as exigências regulatórtias que o Banco Central Europeu colocava. O problema arrastava-se há mais de um ano e o prazo do BCE terminava a 10 de abril. No limite. Ainda no capítulo bancos, convém ler o que diz o Negócios sobre a CGD: Teixeira dos Santos vai avaliar a nova gestão da CGD (mas é só para assinantes, lamento.
Esmiuçado, foram pois 240 propostas de alteração, a maioria dos quais propostas pelo próprio PS (85), seguido do BE (57), o PAN (32), o PCP (31) e o CDS (17). Quanto ao PSD - zero. Foi uma posição de princípio assumida pela direção do partido e ainda ontem repetida na SIC-N por José Matos Correia. Mas quer verdadeiramente saber aquilo que muda? Segundo o Negócios as principais propostas são estas, mas o Diário Económico também dá novidades e curiosidades interessantes de ler. Se quiser ser exaustivo pode ir ao dossiê que o Expresso preparou ao longo do tempo.
Muito interessante é esta opinião de Manuela Ferreira Leite sobre o OE (que é "uma alternativa à receita que levava Portugal ao abismo"), em contraste com a de Medina Carreira, segundo o qual "o Governo quer por a circular dinheiro que não existe". Quanto aMiguel Morgado, deputado do PSD e ex-assessor de Passos Coelho, disse o que se esperava: "este OE não tem ponta por onde se pegue".Economistas defendem novas políticas para controlar despesa pública (entre eles Teodora Cardoso). Vem no Diário Económico, mas só para assinantes, lamento.
Mas o que eu queria perguntar-lhe, caro leitor, era se acha mesmo que os políticos discutem mais o que interessa menos? Pois este é o título de um excelente artigo preparado pela Raquel Albuquerque, que passou mais de 12h no Parlamento na altura da discussão na generalidade do orçamento e chegou a esta (minha) resumidíssima conclusão: não, não é verdade que os deputados passem a vida a discutir intriga - 1/3 do debate foi passado a falar sobre medidas para as pessoas e 2/3 sobre estratégia de política orçamental. "E esta, hein"?
Ainda nesta parte das contas, parece que por uma vez as Finançastêm boas notícias para nós, comuns cidadãos e infelizes contribuintes. Dê uma olhada nas mudanças do site oficial e, num relance, fica (quase) logo a saber quanto vai pagar, consultando despesas e deduções relativas ao ano passado, incluindo propinas, taxas moderadoras ou recibos de renda.
Em termos brevíssimos, também cabe aqui recordar que as empresas públicas de transportes vão recorrer da sentença sobre os swapsrelativa ao Santander. Ah, é verdade, contas também são as nossas, quer dizer, os impostos que pagamos por conta dos combustíveis. A pergunta é: até onde tem que ir o preço para o imposto baixar? O João Silvestre e o João Palma-Ferreira explicam (o possível). E hoje o ministro do Ambiente também diz no Público que está a trabalhar em novas taxas no domínio da fiscalidade verde.
E ainda há uma outra notícia sobre contas, essas grossas, as dosbancos, o mais complexo dos problemas portugueses. Depois de negociações que envolveram diretamente a poderosíssima filha do presidente angolano e o Primeiro-ministro português, foi acordado que o espanhol La Caixa fica com o BPI e Isabel dos Santos com oBFA (Banco de Fomento Angola), ultrapassando as exigências regulatórtias que o Banco Central Europeu colocava. O problema arrastava-se há mais de um ano e o prazo do BCE terminava a 10 de abril. No limite. Ainda no capítulo bancos, convém ler o que diz o Negócios sobre a CGD: Teixeira dos Santos vai avaliar a nova gestão da CGD (mas é só para assinantes, lamento.
OUTRAS
NOTÍCIAS
Ainda em Portugal, gostámos de saber que além de um Presidente afetuoso, Marcelo Rebelo de Sousa também é "quase feminista", segundo disse a um grupo de embaixadoras que recebeu ontem em Belém (ele já começou a meter as mãos na massa, conforme prometeu), recordando que a "igualdade de género é uma forma de estar". Hoje, o novo Presidente faz a sua primeira viagem ao estrangeiro, dupla, no caso: ao Vaticano, porque foi o primeiro a reconhecer a existência do Estado português (bula de 1179) e porque é fã do Papa Francisco, e a Espanha (cujo rei esteve na sua posse) e é o nosso grande e único vizinho. Simbolismo que chegue para uma primeira deslocação.
Ainda sobre o novo Presidente, destaque para a notícia do DN, segundo a qual os militares se preparam para acolher o novo Presidente com um desfile ao estilo do 10 de junho, já na próxima segunda-feira. Vão estar 800 militares em parada. E não esquecer também as reservas do BE, que pela voz do dirigente Jorge Costa, no jornal I (sem link) quebra um certo unanimismo nacional, ao afirmar que muita da simpatia por Marcelo surge por contraste com Cavaco, mas espera para ver o que fará na prática o novo Presidente.
Confesso que não achei piada nenhuma ao facto de sermos notícia na Europa por uma outra razão: é que é mesmo triste saber que Portugal é o país da União Europeia com a maior queda de nascimentosneste século, conforme se pode ler aqui e aprofundar ali, ao vivo e a cores. Em 2014 (são os últimos dados tratados pelo Eurostat), nasceram mais de 5,1 milhões de bebés na UE, sendo que enquanto globalmente a taxa de fertilidade aumentou, aqui no rectângulo a tendência inverteu-se, tendo o país registado um crescimento negativo entre 2001 e 2014 :(
Hoje é também dia de despedida do grande humorista e humanista português, o inesquecível Sr. Contente, Nicolau Breyner. O funeral é a partir das 15h, com missa na Basílica da Estrela, seguindo o corpo apra o cemitériod e S. João. Dezenas de pessoas foram prestar-lhe homenagem, tendo além do mais tido direito a cante alentejano, não fosse ele um orgulhoso natural de Serpa.
Lá fora
Tempestade perfeita (dizia ontem António Vitorino e só se pode concordar) é aquilo que se está a passar no Brasil: crise económica, inflação, desemprego, desmembramento do sistema político, escândalos de corrupção, tudo por junto e ao mesmo tempo e sem se saber qual a alternativa possível se a Presidenta Dilma (que está por um fio) cair por um impeachment que há muito reclamam, num pedido que soa também a revanche das elites sobre Lula. O Público conta um pouco ( e também aqui), mas a situação evolui a cada instante. Não bastavam as acusações ao ex-Presidente, esse ícone da esquerda brasileira e mundial, que elevou o seu país aos píncaros e o faz agora desabar com fragor. Mas a gravação que veio a público implicando o poderoso ministro de Educação Aloízio Mercadante, ex-chefe da Casa Civil de Dilma (em parte transcritas no site da revistaVeja), a possível inclusão de Lula no Governo para lhe dar imunidade (como é que pode ?!?), as acusações de corrupção ao presidente do Congresso e, também agora, ao líder do PSDB Aécio Neves (o candidato a Presidente e da oposição) - é tudo mau demais.
A sensação é a de que não sobra ninguém. E o mais inquietante é pensar que se o Governo e o regime cairem agora, não se sabe qual é a alternativa, num país onde se começam a ouvir apelos à ação dos militares. É de calafrios. Quem fica, perguntam os brasileiros e perguntamos nós perante semelhante derrocada. O El Pais-Brasil tem feito uma excelente cobertura. Aproveite. Se ainda mantiver o bom humor, olhe que os brasileiros, apesar de tudo, não o perderam: se Lula for chamado a assumir um ministério, o Brasil vai inaugurar um novo sistema político: o ex-presidencialismo.
É certo que o dia de ontem ficou marcado por uma operação policial anti-terrorista na cidade de Forest, nos arredores de Bruxelas, ainda ligado aos atentados de Paris e que à meia-noite ainda continuava. Se o leitor é fluente em francês, aproveite o dossiê do Le Soir.
Esta noite, houve uma nova mas mais pequena "super Tuesday" na caminhada para as eleições presidenciais americanas e confirmou-se o que se vem a desenhar: vai dar Donald Trump no boletim de voto dos republicanos e Hillary Clinton no dos democratas, se nada de inopinado (agora é assim que se diz, não é?). No Público, vem tudo explicado, mas se quiser ir beber à fonte, mergulhe no New York Times - está lá tudo., mas leia este artigo em particular: os triunfos retumbantes iludiram uma realidade profunda, histórica e pouco habitual - a maioria dos americanos não gosta dele, nem dela. Pois é.
No rescaldo das eleições nos três estados da Alemanha que foram às urnas este fim de semana há quem considere que houve um terramoto político com a descida da CDU da sra. Merkel ("foi um dia difícil") e asubida dos xenófobos eurocéticos da Alternativa para a Alemanha (AfD), mas acho que fica sem palavras perante o - esse sim - autêntico tsunami que varre o Brasil. A comparação perde, mas as consequências são grandes, para a Alemanha e para a Europa, como se pode ler na Der Spiegel.
Amanhã e depois haverá Conselho Europeu, onde o tema central são os refugiados e o projetado e polémico acordo com a Turquia, que "ainda precisa de ser reequilibrado para ser aceite pelos 28 Estados-membros e pelas instituições europeias", segundo as palavras do presidente do Conselho, Donald Tusk, reconhecendo que a legalidade do retorno dos refugiados era a "questão-chave". Vale a pena ler um plano do jornal I: "Refugiados, os trolhas do muro europeu" (sem link). É isso mesmo. O pedido turco (que vem no pacote) de reabertura de cinco capítulos das negociações de adesão não facilita a discussão, e já mereceu o rotundo não de Chipre. Se assim for, não há acordo, embora Tusk se ande a esforçar mesmo.
Por outro lado, o comportamento das autoridades turcas em termos de direitos humanos não facilita nada a questão - e este vídeo mostra muito, assim como não ajuda o sistema de asilo grego, como escreve o EUobserver. O que se discute no acordo está bem explícito aqui (se lê bem o francês) - já chegámos ao ponto de haver um novo "critério de Copenhaga" (aqueles que os candidatos à adesão à União Europeia têm de cumprir), o do direito de asilo. Medite.
Antes de terminar, só dois apontamentos desportivos ( e tristes). Ah, esse omnipresente futebol! Já viu o que podem fazer estes adeptos(eu preferia chamar-lhes energúmenos) do PSV Eindhoven (holandês) em Madrid? Dá uma ideia como os europeus ricos veem e podem humilhar os europeus pobres. E este outro, não menos desolador: jornalistas intimados e agredidos à saída do Dragão. O doPorto, claro.
Com isto, só me falta pedir-lhe, caro leitor, que apesar de tudodescontraia com este magnífico e bem humorado pasodoble. Vai ver que são apenas 2:17 que valem a pena, prometo. E, já agora, vá na onda da sorte: sabia que pela primeira vez foi demonstrado com sucesso um algoritmo para ganhar dinheiro na bolsa? É grátis! Vá, rápido! Está aqui a sua solução e não o estou a enganar - os autores explicam porque decidiram partilhar com o mundo a sua descoberta. É um achado e tanto de uma startup (Ultimate4Trading) que no ano passado mereceu o prémio de "Inovação do Ano". É mesmo! Será que é desta que vou jogar na bolsa?
FRASES
"A igualdade de género é uma forma de estar. Não basta apregoar, não basta construir um quadro legislativo. É preciso concretizar a igualdade de género no nosso dia-a-dia, é preciso sentir que é importante", Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República
"A posse do PR não é um comício da Coreia do Norte. O aplauso expressa concordância", Jorge Costa, dirigente do Bloco de Esquerda (jornal I)
"E a caspa, também transmite o vírus (da sida)?", um adolescente, num debate sobre o tema, noticiado pelo I
"Temos uma cultura muito ligada à família e pouco ligada a grupos de amigos", Margarida Gaspar de Matos, psicóloga e investigadora, no Público
O QUE ANDO A LER (E A VER)
"O Passarinho Frito e Outras Histórias" (Book Builders) é um bem humorado livro de contos do embaixador João Rosa Lã, que só por graça é definido como de ficção. Tendo publicado, há dois anos, um bem sucedido ( e raro no meio) livro de memórias ("Do Outro Lado das Coisas - (In)Confidências Diplomáticas") sobraram-lhe histórias genuínas impublicáveis como tal (daquelas que os filmes costumam referir como "qualquer coincidência com a realidade é pura coincidência). Quem sabe, sabe, quem não conhece ri às gargalhadas com algumas das aventuras que envolveram alguns dos nossos (e quem?) diplomatas portugueses. Um mimo de 170 págs que se lê num ápice e cujo título já é, em si, um apetite.
Entretanto, também vi um estranho e envolvente filme "Posto Avançado do Progresso", de Hugo Vieira da Silva, sobre a vida (?) num entreposto de marfim na África do século XIX. A sinopse é esta: "No final do século XIX, dois colonizadores portugueses, imbuídos de uma vaga intenção civilizadora desembarcam numa parte remota do Rio Congo para coordenar um posto comercial, mas à medida que o tempo passa, começam a desmoralizar". Foi realizado a partir de um conto de Joseph Conrad mas acho que o realizador conseguiu na perfeição retratar, como ele próprio diz, "os antigos comerciantes Portugueses do século XIX, como vagamente civilizadores, vagamente em linha com as correntes internacionais da época, mas carregando o peso de 400 anos de colonização, infectados pelas poderosas mitologias coloniais de um país antigo e visto habitualmente como «pobre»: os portugueses periféricos, muito pouco cosmopolitas, simultaneamente arcaicos e ao mesmo tempo modernos". Pode não ser para todos, mas para mim, que nasci por aquelas bandas disse-me muito. Se também for o seu caso, caro leitor, o filme estreia amanhã.
E é tudo por agora e para já. Não me canso de repetir: isto são meras escolhas.
O mundo que acontece hoje é – graças a Deus! – muito mais diverso, rico e multifacetado
do que aqui transparece. Leve isso em conta, por favor. E continue a ler todos
os dias o Expresso Curto e a clicar nas notícias on-line no nosso site. E,
claro, a ver o Expresso Diário, lá pelas 18h. Tenha um bom dia. E Bom-dia!
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