Mário Motta, Lisboa
João
Galamba, deputado do PS, diz que "É
"bizarro" ver PSD e CDS a "acusar Governo de saques
fiscais",
compreende-se que o deputado, considerando a sua posição e desempenho, deva ser
brando e o mais diplomático possível. Essa postura não é a que têm muitos
portugueses conscientes do esbulho que o governo do CDS e PSD teve por prática
nos quatro anos que governaram. Para esses cidadãos não só é “bizarro” o que em
impostos e outras medidas agora defendem como significam mostra comprovativa de
quanto são hipócritas, vigaristas e aldrabões. Quanto perigosos demonstram ser
e são para os portugueses eleitores que se deixam iludir por esse mestre da
trapaça, o nefasto e vende-pátria Passos Coelho, agora coadjuvado por essa tal
Cristas do CDS em substituição de Paulo Portas, o submarino impune.
É verdade
que os impostos têm de ser alterados para maior contribuição para aqueles de
maiores rendimentos. Não para os de menores rendimentos, como foi política
fiscal de Passos Coelho, de Vítor Gaspar e de Maria Luís Albuquerque. E os
impostos indiretos têm de ser ampliados nos produtos considerados de luxo e
noutros itens que só depois de tudo esclarecido e ser digerido pelo conhecimento público
é que nos devemos pronunciar. Não fará caminho nas políticas fiscais do governo
de Costa sobrecarregar os que mais têm sido vítimas da crise gerada pelos mais
ricos, pelos banqueiros, pelos recorrentes aos offshores, aos geradores da
crise global que de ano para ano têm vindo a aumentar os seus lucros, os seus
aforros, as suas “lavagens de capital” e de fugas aos impostos.
O
governo de Costa não é perfeito mas sem sombra de dúvida que apesar de estar
entalado entre tantas pressões da esquerda e da direita, dos mais pobres e dos
mais ricos, da classe média, do FMI, da UE, etc., tem vindo a governar com algum mérito
e a aliviar um pouco a sobrevivência dos que viram as suas vidas despedaçadas
através das políticas e roubos inauditos do governo PSD / CDS. O tal de Passos
e de Cristas, os comprovados salafrários que no governo, felizmente ido, esbulharam os portugueses, condenaram imensos à miséria, à fome, ao desabrigo, à
implosão de famílias, à morte devido aos cortes na saúde que vitimaram centenas
de idosos e outros cidadãos que antes podiam contar com um SNS que quase era
exemplar e reconhecido como tal por imensas organizações internacionais da área.
Não
é liquido que o governo de Costa vá ser exemplar no que se refere a mais
equitativa distribuição da riqueza produzida. Nem é liquido que a justiça
social apregoada seja devidamente cumprida. O que não há dúvida é que o governo de Costa é o
mal-menor para a maioria dos portugueses, por isso os partidos à esquerda o
apoiam parlamentarmente e “puxam-no” para a tomada das medidas possíveis que
aliviem a carga dos explorados, miserabilizados e oprimidos, vítimas do governo
de má-memória de Passos-Portas e Cavaco Silva. Foi um período
neoliberal-fascista que, pelo visto, está a ser revertido e que os portugueses
devem apoiar e exigir que seja completamente abolido para que respiremos alguma
democracia de facto, alguma justiça social e reversão do fosso das
desigualdades que impera e tem por artesãos os salafrários bizarros do costume.
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