Raul
Diniz, opinião
Os
sucessivos discursos de JES começaram a enjoar até mesmo os ociosos
oportunistas que o seguem ansiosos por obter alguma compensação financeira
provenientes da subtração ilegal das receitas do erário publica nacional,
ineficientemente controlado pelos filhos do presidente da ditadura musculada.
São
cada vez mais visíveis as probabilidades do regime sucumbir e rapidamente
terminar numa ruidosa derrocada irreversível.
O emaranhado de ações enrodilhadas de JES
demonstra a constância degenerativa das politicas públicas exclusivista, que a
todos os níveis são terminantemente mal sucedidas. O país está refém de um
homem que mantem sequestrado o MPLA, o partido por sua vez caminha
irremediavelmente para a profundeza do vale da morte.
Seria um enorme disparate os angolanos
unirem-se em torno da classe dominante do país, sem nenhuma contrapartida
viável.
A
união do povo independe dos caprichos de alguém, que trata os angolanos como
meros utensílios que objetive o velho ditador manter poder pelo poder por tempo
indeterminado. O discurso de JES foi absurdo e obscuro na sua forma, e, de todo
tolo do ponto de vista intelectual, e, sobretudo foi plenamente desconfortante
para a maioria dos angolanos.
Não
existem insígnias ilustrativas credíveis na bandeira e no hino dito nacional,
que justifique existir uma nação uma, indivisível e democrática em Angola.
Assim sendo, qual seria a razão que levaria o povo unir-se em torno daquele que
tem exaustivamente fundamentado a fragmentação das instituições do estado?
Tudo
que JES disse no seu discurso foram apenas falácias permissivas com prazo de
validade espirado.
A emblemática ação discursiva de JES foi
inócua, por outro lado foi de um condão infinitamente infame, e de todo
politicamente perverso.
Foi um discurso inflexível e autoritário
doseado de uma intrigante candura promiscua irritante, sem verdade alguma. O
discurso foi de total ineficácia e de crescente demagogia exasperante, como sempre
JES vem regularmente brindando o povo, evocando as suas repetitivas prosaicas
verborreias sinuosas, e elasticamente desconcertantes.
A
culpa da corrupção, nepotismo e da opressão, não é da exclusiva
responsabilidade dos presidentes africanos, que se recusam a sair
voluntariamente do poder.
A culpa da miséria dos angolanos é dos Estados
Unidos da América, disse o malandro ditador em discurso ao. Decididamente foi
um momento hilariante e de rir a gargalhadas ouvir o desestabilizador mor
acusar relutantemente, o democrata Barack Obama e o republicano George Bush,
cidadãos legitimamente eleitos presidentes dos Estados Unidos da América, de
serem os principais desestabilizadores de Angola e de África em geral.
Responsabilizar
personalidades estrangeiras de serem os responsáveis do estado crescente da
corrupção endêmica, o nepotismo e da soberba dos dirigentes africanos, é no
mínimo um ato desconfortante, medíocre e desprezível. Além de ser uma flagrante
demonstração de imperativa deslealdade do presidente angolano perante a
soberania do universo das democracias sustentáveis.
A
longa (des) governação do país, é da total e direta responsabilidade do
presidente da republica, que se mantem no poder há mais de 37 anos
ininterruptos.
É
claro que os presidentes citados pelo insano ditador não podem ser
responsabilizados de modo algum da fascizante pratica despótica, corrupção e do
nepotismo que grassa no país. Em abono da verdade é bom salientar que o plano
fracassado de desenvolvimento do MPLA/JES, sufragado em eleições passadas, onde
o slogan era o de o país crescer mais para melhor distribuir, ter-se
transformado num portento fiasco.
Mas,
pior que tudo, foi ouvir o presidente discursar melodiosamente num tom
amalandrado, pedindo socorro aqueles a quem ele severamente explora e de todo
os despreza.
Como
pode um povo oprimido acreditar no opressor e unir-se a ele, sua família e
amigos adestrados, que afundaram desumanamente o país, desunindo-o
continuamente a mais de 40 anos, só para manter como rei absoluto no poder, o
ditador sanguinário.
JES
deviria a muito perceber os sinais de impaciência do povo e tirar de imediato
às devidas ilações das responsabilidades acrescidas do estado de miséria
absoluta que o povo vive.
Ao
invés de pedir união aos angolanos, José Eduardo dos Santos deveria ir-se
embora voluntariamente a muito do poder. O povo quer ver JES fora do poder e se
possível muito longe de Angola.
Pedir
união aos oprimidos foi de facto um passo de irrefletida negligência, muito mal
orquestrada pelo responsável máximo do MPLA e chefe lunático do regime
totalitário.
Somente
um regime cioso e desarticulado não reconhece a realidade social que o seu povo
e pais atravessam. JES ainda não percebeu que se encontra socialmente
desapoiado, e totalmente descapitalizado politicamente, para conduzir Angola e
retira-la do estado de penúria em que se encontra.
O
MPLA e JES vivem um momento de crise existencial de credibilidade sem
precedentes.
Assim sendo, não se justifica a necessidade do
povo aderir a uma união insana, gritantemente solicitada pelo presidente da
república. É penoso um homem que tem o regime que tem o seu regime rejeitado
popularmente, aspira exigir união da parte dos que o rejeitam.
Essa situação obriga o PR buscar apoio em
pessoas indecorosas munidas de esquemáticos, entre os oportunistas,
especialistas em bajulação políticas mal delineadas e inaceitáveis.
Assiste-se
a um momento inusitado de perceptível ruína extemporânea imemorável da
existência do MPLA. É triste ver o MPLA
caminhar cabisbaixo, penosamente cambaleante, sem resistir à ruinosa decadência
imponente que se lhe empoe.
Essa penosa situação retira legitimidade e
força politica conciliadora ao presidente da república, que lhe dê suporte
legitimo para gerenciar a crise que ele mesmo criou no país.
A
outra face do discurso do Presidente da República
O governo parece ter sido dopado quando de
propôs adoptar um “Programa de redistribuição do Rendimento”, com a finalidade
de criar condições, que possibilite uma maior inclusão social dos cidadãos
espezinhados e explorados, debalde.
Mas
como acreditar na existência de tal fundo, uma vez o país estar afundado em
dividas até o pescoço? Os credores externos não param de cobrar as dívidas
contraídas pelo regime. A pergunta que não quer calar é:
Aonde
irá o PR e seu governo buscar dinheiro para esse publicitado fundo? Os limites
das desinteligências de JES atingiram o êxtase da decadência acumulada. A
natureza dos discursos alienantes de JES transporta consigo uma permissividade
destrutiva que desqualifica qualquer tentativa real de unir o país.
JES
não passa de um insípido idiota, enrolado em papel de alumínio.
O
esquisito silêncio sequioso de JES face á verdadeira dimensão da crise
econômico financeiro, apelidada por ele como simples crises temporárias em
breve irão chama-la pelo nome certo, verdadeiro e/ou real, o nome real e/ou
verdadeiro é hiper-recessão.
JES não tem mais condições sérias de
inteligência eficiente, que objetive retirar o país da agravada situação que
atravessa.
É
de louco ouvir a proposta de união entre o algoz e os angolanos oprimidos, JES
quis ganhar algum tempo com essa auspiciosa anunciação de união. Não há nem
nunca houve vontade politica da parte de JES para unir o país, de contrario o
seu poder a muito estaria em ruínas.
Para
ultrapassar a crise instalada no país significa em primeiro lugar pacificar o
país, e essa condicionante não poderá jamais vir do opressor.
José
Eduardo dos Santos apelou para a união entre os angolanos, para vencer a crise
instalada por ele e sua família em todo país, porem, a solução não é assim tão
fácil.
Existe uma verdade nessa vontade expressa do
ditador desejar “entre aspas”, unir o que ele mesmo desuniu. A verdadeira razão
passa pela sua própria sucessão. Só que o ditador esquece que o povo e o país,
não podem continuar a depender da vontade do tirano velho, caduco e feio, que
desgoverna o país a mais de 37 longuíssimos anos de poder anacrônico.
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