Passos
Coelho aparece amiúde em frente de um cartaz do PSD que diz a seguinte frase:
"Levar Portugal a sério" - uma espécie de lema do partido que é, ao
mesmo tempo, uma curiosidade na precisa medida em que ninguém já leva a sério o
líder do PSD.
De
resto, avolumam-se as vozes críticas direccionadas à actual liderança: Marques
Mendes terá sido o último a proferir severas críticas à liderança de Passos
Coelho, desta feita a propósito da TSU - uma trapalhada filha do oportunismo.
Já
ninguém leva Passos Coelho a sério, sobretudo na qualidade de rei do azedume na
oposição. Quando era primeiro-ministro, apesar das inúmeras incongruências, era
levado a sério. Afinal de contas era primeiro-ministro, mal ou bem.
Agora,
entre diabos e outras entidades, Passos Coelho não tem qualquer credibilidade.
Enquanto espera pelo Diabo a credibilidade - a pouca que lhe resta - vai-se-lhe
acabando. Mais a mais, quando Passos Coelho cai no oportunismo barato de ir
contra a questão da TSU quando ainda há um mês era a favor, tudo com o
objectivo de colher dividendos políticos, dá mais uma machadada na
credibilidade enquanto denota desespero. Já para não falar dos seus tempos como
primeiro-ministro em que se pretendeu reduzir a TSU ao mesmo tempo que se
aumentaria a contribuição dos trabalhadores.
O
PSD tem como lema levar Portugal a sério, a questão que se coloca é no entanto
a seguinte: Como é que se pode pedir para levar Portugal a sério quando ninguém
já leva a sério o líder do PSD?
Ana
Alexandra Gonçalves, Triunfo da Razão
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