REPÚBLICA
ÁRABE SAHARAUI A INDEPENDÊNCIA QUE TARDA MAS QUE É CERTA
Existe
um país indevidamente ocupado no norte de África que passa desconhecido ou
passou para o esquecimento das nações, incluindo a ONU. RASD - República Árabe Saharaui
Democrática. Recorremos à Wikipédia para melhor fazer aqui constar o que muitos
ignoram ou esqueceram. É que aquele povo, os saharauis, continua na sua luta de
há décadas pela almejada liberdade. A luta é contra o reino de Marrocos. A luta
é contra os torcionários ao serviço de (Mohammed) Maomé VI.
Recapitulemos,
na Wikipédia:
“O
Sahara Ocidental é um território na África Setentrional, limitado a norte por Marrocos, a
leste pela Argélia, a leste e sul pela Mauritânia e
a oeste pelo Oceano Atlântico, por onde faz fronteira marítima
com a região autónoma espanhola das Canárias.
A sua capital é El Aaiún. O Saara Ocidental está na lista das Nações
Unidas de territórios não-autônomos desde a década de 1960. O controle
do território é disputado pelo Reino de Marrocos e pelo movimento
independentista Frente Polisário.
Em
27 de fevereiro de 1976, este movimento proclamou a República Árabe Saaráui Democrática (RASD,
em árabe: الجمهورية العربية الصحراوية الديمقراطية; transl.: Al-Jumhūrīyyah Al-`Arabīyyah Aṣ-Ṣaḥrāwīyyah Ad-Dīmuqrāṭīyyah), um governo no exílio. A RASD é reconhecida
internacionalmente por 50 estados e mantém embaixadas em 16 deles, sendo membro
da União Africana desde 1984, carecendo no entanto
de representação na ONU.
O primeiro estado que reconheceu a RASD foi Madagáscar em
28 de Fevereiro de 1976.”
A
história e a responsabilidade do abandono da Espanha colonialista:
“Quando,
em 1975, a Espanha abandonou
a sua antiga colônia, deixou para trás um país sem quaisquer infra-estruturas,
com uma população completamente analfabeta e desprovida de tudo. O vazio criado
pela Espanha foi aproveitado pela Mauritânia (que
assenhora-se de 1/3 do território)
e por Marrocos (que
fica com o restante) que, invocando direitos históricos, invadiram o
território.
O governo no exílio do Saara Ocidental tem o
nome de República Árabe Saaraui Democrática (RASD).
Foi proclamado pela Frente Polisário em 27
de fevereiro de 1976. O primeiro governo da RASD formou-se em 4 de
março desse ano.
Os
saaráuis haviam fundado a Frente Polisário, que iria expulsar do sul o pequeno
exército da Mauritânia, forçando o país a abdicar seus direitos sobre o
território em 1979. Frente a frente ficariam, nas areias do deserto, os
guerrilheiros da Frente Polisário e as forças marroquinas de Hassan II. O exército marroquino
retirou-se para uma zona restrita do deserto, mais próxima da sua fronteira e
constituindo o chamado "triângulo de segurança", que compreende as
duas únicas cidades costeiras e a zona dos fosfatos. Aí a
engenharia militar construiu um imenso muro de concreto armado, por trás do
qual os soldados marroquinos vivem entrincheirados, protegendo a extração do
minério.
Desde
então, a guerra, vista do lado da Frente Polisário, resume-se a uma série de
ataques esporádicos à zona dos fosfatos tentando interromper o seu escoamento.
Em
1987, uma missão da ONU visitou
a região para averiguar a possibilidade da realização de um referendo sobre
o futuro do território. Uma iniciativa difícil, dado que grande parte da
população é nómada. Marrocos e a Frente Polisário selam um cessar-fogo em 1988.
Um plebiscito é marcado para 1992, mas não acontece porque não há acordo sobre
quem tem direito a votar: Marrocos quer que seja toda a população residente no
Saara Ocidental, mas a Frente Polisário só aceita que sejam os habitantes
contados no censo de 1974. [5] Isso
impediria o voto dos marroquinos emigrados para a região em disputa depois de
1974. Até 1993, foi impossível realizar o referendo. Em 2001, a África do Sul
torna-se o sexagésimo país a reconhecer a independência do Saara Ocidental.
Marrocos protesta.” – excerto da Wikipédia
Por
algumas vezes o Página Global publicou e abordou a temática do povo da RASD,
uma delas fomos repescar pelo propósito de relembrar a sistemática violação dos
Direitos Humanos por parte do reino de Marrocos. Assim acontecia com o então
rei Hassan II, como atualmente acontece com Maomé VI, seu filho e rei déspota
de Marrocos, que mantém a ocupação do país dos saharauis, os assassina, tortura
e persegue, perante uma comunidade internacional praticamente indiferente, à
excepção de alguns países e povos.
Em
Maio de 2015 o Página Global reproduziu um pequeno texto retirado de Pravda.ru,
que pode ler e relembrar ou tomar conhecimento das violações praticadas por
Marrocos contra os saharauis:
ATIVISTAS
SAHARAUIS SEQUESTRADOS, TORTURADOS E AMEAÇADOS
A
cidade de El Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as
principais ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No
passado dia 20 de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos,
foi sequestrado e vendado por policias
à paisana.
El
Aaiun sob apertado cerco policial El Aaiun 21 de Maio - porunsaharalibre.org A
cidade de El
Aaiun está sob um cerco policial reforçado que patrulha as principais
ruas e bairros impedindo qualquer tentativa de manifestação. No passado dia 20
de Maio às 15h00, o jovem activista Lemjeyid Lili de 20 anos, foi sequestrado e
vendado por policias à paisana, e levado num Toyota Prado para o exterior da
cidade perto do rio, onde foi brutalmente espancado.
Em
seguida a policia levou-o para a Comissária Central de El Aaiun onde continuou
a ser espancado e interrogado. Segundo testemunho de Lili e outras testemunhas
oculares os policias que o sequestraram são do grupo "Saaid", um
grupo de policias à paisana conhecido pelos seus métodos brutais. Às 20h30 do
mesmo dia foi posto em liberdade. Sidi Ahmed Alwat, presidente da
Associação de Deficientes foi impedido pela policia de sair de sua casa, onde
se encontrava com um grupo de amigos. A casa estava
cercada impedindo a saída do conhecido activista, impedindo a sua participação
em qualquer manifestação. - Pravda.ru
Ver: VISITA POR
UN SAHARA LIBRE
Para
os que desconhecem é importante fazer constar que o reino de Marrocos continua
na sanha das perseguições, assassinatos e torturas dos cidadãos da RASD. Isso
mesmo lhe trazemos aqui por compilação de peça do Jornal Tornado (ontem), que se segue:
Uma
noite de horror em El Aaiun
Laayoune
(El Aaiun), capital do Sahara Ocidental ocupado, atacado de forma selvagem
pelas forças de ocupação marroquinas. Torturas no meio das ruas, invasão de
casas e sequestros, milhares de saharauis em protesto nas ruas.
Jovens
saharauis desempregados de El Aaiun, capital dos territórios ocupados do
Sahara Ocidental, encerram-se ontem ao final do dia num autocarro da empresa
Fos Bucraa numa acção de protesto.
Fos
Bucraa é a empresa de fosfatos que é uma das razões para a ocupação marroquina
deste território desde 1975, uma das zonas mais ricas neste mineral do mundo.
Passado
pouco tempo as autoridades marroquinas retiram os manifestantes à força do
autocarro provocando mais de 50 feridos graves.
Esta
acção desencadeou uma onda de protesto da população saharaui, que saiu em peso
para a rua.
Toda
a noite o contingente policial, militar, para-militar, auxiliar e os serviços
de inteligência do mahjzen (estado marroquino) aterrorizaram os habitantes
saharauis numa verdadeira “caçada” casa a casa.
Neste
riquíssimo território com pescas, minérios, água, petróleo, vento, sol e areia
o racio de autoridadades por habitante saharaui é de 15/1.
Os
activistas de direitos humanos denunciam o sequestro e detenção arbitrária de
centenas de pessoas.
Isabel Lourenço –
Jornal Tornado
O
REI CRIMINOSO: MAOMÉ VI
A
legalidade democrática que Maomé VI teme com um referendo no país por si
ocupado, que é pertença dos sahauris, tem para ele e para o seu regime autocrático
uma só solução: “banhos de sangue, sequestros, assassinatos e prisões”. Tudo
isso em nome do rei.
Perante
este cenário não é difícil concluir que Maomé VI e Marrocos, por inerência, não
cumprem os requisitos democráticos do respeito pelos Direitos Humanos e pelas
leis internacionais que subscreveu. Autênticos crimes contra a humanidade e crimes de guerra vão ocorrendo contra o povo da
RASD sob a indiferença da comunidade internacionais e das instituições
internacionais. Até a ONU, perante as violações ordenadas por Maomé VI faz
lembrar a seu modo um tigre de pelúcia que não sanciona devidamente o reino
repressor e assassino de Hassan II. Mais e melhor faz a OUA, que reconhece a
RASD e sanciona o reino do terror implantado por Marrocos, pelo seu rei, senhor
absoluto e chefe da ordenação da carnificina e do terror.
Ver,
ouvir e não calar, é o procedimento correto e humano, democrático, digno dos
amantes das liberdades e da justiça, após a escuta e visionamento do que a
seguir apresentamos. Afinal, o que Maomé VI já sabe é que pode retardar com
vilania e crime a independência do povo vizinho de Marrocos mas não conseguirá
impedir que venha a ser independente e soberano dos seus destinos, a RASD. (PG)
El
Aaiun: protesto e testemunhos
Autodeterminação
do Sahara Ocidental, um sonho ou realidade? O que será necessário acontecer
para que a ONU e a comunidade internacional decida, realmente, fazer alguma
coisa?
Veja
as images e ouça o testemunho dos acontecimentos violentos levados a cabo pela
polícia marroquina, após acção de protesto de jovens saharauis, em
El Aaiun, capital dos territórios ocupados do Sahara Ocidental. - Jornal
Tornado
Nota:
Este aglomerado de prosa é da autoria do Página Global e do Jornal Tornado,
conforme o assinalado nos respetivos textos.
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