Com
o dia quase a findar trazemos uma peça da Agência Lusa que faz parte do cardápio
do Notícias ao Minuto. É aqui que se aborda o debate quinzenal do costume com a
presença do governo na Assembleia da República. O hemiciclo hoje quase pegou
fogo, dizem uns. A AR pareceu um campo de luta-livre, dizem outros. O Notícias
ao Minuto chamou-lhe duelo. E que aconteceu entre Passos Coelho e António
Costa.
Não foi nada disso mas tão somente o triste espetáculo de um
ex-primeiro-ministro mentiroso, comprovadamente vigarista, que está possuído de
enorme ressabiamento por estar a ser provado que só por ideologia neoliberal de
extremos é que os portugueses foram literalmente roubados em direitos, liberdades
e garantias para entrega do espólio aos “senhores” do grande
capital. Para a maioria foi tempo longo de austeridade enquanto os mais ricos tiveram
a benesse de ficarem mais ricos graças ao então governo de Passos, Cavaco,
Portas e outros não eleitos mas que eram e ainda são Donos Disto Tudo. Leia, se
não assistiu nem ainda ouviu ou leu sobre a “desfaçatez” do ressabiado Passos,
um cadáver que teima em ressuscitar para prosseguir a sua obsessão: tirar aos
pobres para dar aos ricos. Levar a classe média para uma pobreza inaudita, como
o fez anteriormente. Desprovido de vergonha e de enorme "desfaçatez" Passos apelou à honra. Que honra? Lembrar-se-á ele daquilo que durante quatro anos fez aos portugueses que o elegeram por uso e abuso de tantas mentiras, tantas comprovadas vigarices? CT / PG)
Duelo
aceso entre Costa e Passos marcado por offshores e (muita) lama
O
debate quinzenal com o primeiro-ministro voltou hoje a ser uma arena política
para a troca de acusações entre o PS e a "velha maioria" de direita,
com o caso das offshore como cenário.
Bastaram
30 minutos para o caso dos milhões que saíram do país entre 2011 e 2014 para
paraísos fiscais entrarem na discussão, com Pedro Passos Coelho, o
ex-primeiro-ministro do PSD, a acusar o seu sucessor de "enlamear" o
anterior governo.
Passos
disse que "não existe sobre as transferências para 'offshore' nada que
envolva a responsabilidade política" do anterior executivo e que
"mais de metade do que supostamente não passou pelo crivo do fisco devia
ter passado já depois de o governo que liderou ter cessado funções".
O
líder do PSD apontou a António Costa, acusando-o de lançar insinuações,
lamentando que o primeiro-ministro não peça desculpa por tentar
"enlamear" o executivo PSD/CDS-PP.
Na
resposta, Costa afirmou-se surpreendido pela "desfaçatez" de Passos,
reclamando igualmente um pedido de desculpas, e invocou notícias publicadas
segundo as quais terá sido insultado durante uma reunião da bancada
social-democrata.
"Mal-educado",
clamou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro para Costa, que respondeu: a
bancada do PSD "anda ressabiada".
Os
parceiros do Governo evitaram entrar nesta troca de palavras.
Apenas
a deputada e coordenadora bloquista, Catarina Martins, considerou que "não
fica bem a ninguém nesta Assembleia da República e que ninguém percebe" o
que se passara minutos antes.
Acusou
a bancada do PSD de ter cada vez menos argumentos e estar "mais
ressabiada", afirmando que Passos Coelho "não está a fazer nenhum bem
ao país com esta crispação".
No
debate, Catarina Martins insistiu no descongelamento das progressões
automáticas na função pública - "importantíssimas para a proteção da
democracia" - mas António Costa remeteu o tema para as negociações com os
sindicatos.
O
secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou desejar "esclarecer
tudo" sobre a polémica das transferências de capital para paraísos fiscais
por publicitar, lamentando "dois pesos e duas medidas" do anterior
executivo. António Costa concordou.
De
resto, deste debate fica o anúncio do primeiro-ministro de que o relatório da
reforma da supervisão financeira, liderado por Carlos Tavares, já foi entregue
ao ministro das Finanças, que o apresentará na quinta-feira, no parlamento,
durante a interpelação do CDS sobre o tema.
O
caso BES e o alegado atraso na intervenção do Banco de Portugal na resolução do
Novo Banco atravessaram também o debate.
Costa
disse que o PSD não tem defendido o governador do Banco de Portugal, Carlos
Costa, mas sim a si próprio, enquanto a líder do BE insistiu que Carlos Costa
deve ser afastado por falta de independência.
Heloísa
Apolónia, do PEV, juntou-se ao BE e ao PCP e reclamou a demissão de Carlos
Costa.
Já
no fim do debate, o líder socialista e primeiro-ministro acusou os
sociais-democratas de serem "pior oposição", pior do que o CDS, e de
contribuírem para uma "degradação artificial do clima político".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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