O
secretário-geral do Partido Socialista francês, Jean-Christophe Cambadélis,
admitiu hoje que a primeira volta das eleições legislativas ficou marcada pela
queda "sem precedentes" da esquerda no seu conjunto e
"principalmente" da sua própria formação.
Numa
declaração à imprensa após serem conhecidas as primeiras projeções de voto,
Cambadélis disse esperar que a segunda volta, no próximo domingo, não sirva
para ampliar a maioria já estimada para o partido do Presidente Emmanuel
Macron, A República em Marcha, mas sim para outorgar um maior pluralismo na
câmara baixa.
Se
se confirmar a maioria absoluta para o partido do Presidente, que poderá
alcançar entre 390 e 430 dos 577 assentos, a França ficará com uma Assembleia
Nacional "sem verdadeiro poder de controlo e sem um debate democrático
digno desse nome", afirmou o socialista.
"Não
é saudável nem desejável que um presidente eleito à segunda volta pela rejeição
da extrema direita beneficie do monopólio da representação nacional",
considerou Cambadélis, para quem a democracia francesa "não pode
permitir-se estar doente".
Lusa
| Notícias ao Minuto
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