sábado, 28 de outubro de 2017

CATALUNHA, A NAÇÃO QUE QUER REGRESSAR À INDEPENDÊNCIA



A Espanha não é uma nação mas sim um estado composto por várias nações de que o reino de Castela se apoderou, como também o tentou em Portugal, mantendo-se a ocupar o país por cerca de 60 anos, até à libertação e expulsão do exército castelhano e dos que eram por Castela. Em 1640 Portugal beneficiou do esforço de guerra que em Castela estava em curso para manter a Catalunha sob o seu domínio. Na atualidade a Catalunha, os catalães, pretendem regressar à independência da nação. Naturalmente que Castela se opõe. Conheça um pouco da história da nação catalã num breve texto da Wikipédia (apesar de alguns "vícios"). Quanto aos portugueses, devem recordar que também eles hoje poderiam estar a debaterem-se pela independência de Portugal se em 1640 não tivessem conseguido escorraçar os castelhanos que por seis décadas ocuparam o país que Afonso Henriques e outros antepassados lusos fundaram a partir do Condado Portucalense. (PG)

Catalunha (em catalão: Catalunya, em occitano: Catalonha, em espanhol: Cataluña) é uma comunidade autônoma da Espanha localizada na extremidade leste da Península Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia.[2] A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona​​GironaLérida e Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, ​​o segundo município mais povoado de Espanha e o núcleo da sétima área urbana mais populosa da União Europeia. A Catalunha compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha(com exceção de Rossilhão, agora parte dos Pirineus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autônomas espanholas de Aragão a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.[3]

No final do século VIII, os municípios da Marca de Gotia e a Marca Hispânica foram estabelecidos pelo Reino Franco como vassalos feudais perto dos Pirineus orientais como uma barreira defensiva contra invasões muçulmanas. Os municípios orientais dessas marchas estavam unidos sob o domínio do vassalo franco, o Conde de Barcelona, ​​e mais tarde passaram a se chamar "Catalunha". Em 1137, a Catalunha e o Reino de Aragão foram fundidos após a união real entre a Coroa de Aragão e o Principado da Catalunha. A região tornou-se a base do poder naval da Coroa de Aragão e do expansionismo no Mediterrâneo. No final da Idade Média, a literatura catalã floresceu. Entre 1469 e 1516, o rei de Aragão e a rainha de Castela se casaram e governaram seus reinos juntos, mantendo todas as suas instituições, tribunais e constituições distintas.

Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652) contra uma grande e pesada presença do exército real em seu território, tornando-se uma república sob proteção francesa. Num breve período, a França assumiu o controle total da Catalunha, com um alto custo econômico para a região, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pirineus, em 1659, que encerrou o conflito entre franceses e espanhóis, a Coroa Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente incorporadas no condado de Rossilhão, para a França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), a Coroa de Aragão partiu contra o bourbon Felipe V da Espanha, cuja vitória subsequente levou à abolição de instituições não castelhanas em toda a Espanha e à substituição do latim e outras línguas (como o catalão) pelo espanhol em documentos legais.


No século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras Napoleônicas e Carlistas. Na segunda metade do século, a região experimentou uma significativa industrialização. À medida que a riqueza da expansão industrial crescia, houve um renascimento cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto vários movimentos operários apareceram. Em 1914, as quatro províncias catalãs formaram uma comunidade e, com o retorno da democracia durante a Segunda República Espanhola (1931-1939), a Generalidade da Catalunha foi restaurada como um governo autônomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou medidas repressivas, aboliu as instituições locais e proibiu novamente o uso da língua catalã. Do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970, a região passou por um rápido crescimento econômico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas metropolitanas industriais europeias e transformou a Catalunha em um importante destino turístico internacional. Com a redemocratização espanhola (1975-1982), a região havia recuperado um alto grau de autonomia e era uma das comunidades mais prósperas da Espanha. Em 2017, no entanto, o seu estatuto constitucional voltou a ser objeto de disputa após um referendo separatista culminar em uma declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento Catalão,[4] mas que não teve reconhecimento internacional. Em resposta, o Senado da Espanha aprovou a instituição do artigo 155 da Constituição e suspendeu a autonomia da região até a realização de novas eleições locais em dezembro.[5]

Imagem: Wikipédia

Sem comentários:

Mais lidas da semana