A
Espanha não é uma nação mas sim um estado composto por várias nações de que o
reino de Castela se apoderou, como também o tentou em Portugal, mantendo-se a
ocupar o país por cerca de 60 anos, até à libertação e expulsão do exército
castelhano e dos que eram por Castela. Em 1640 Portugal beneficiou do esforço
de guerra que em Castela estava em curso para manter a Catalunha sob o seu domínio.
Na atualidade a Catalunha, os catalães, pretendem regressar à independência da
nação. Naturalmente que Castela se opõe. Conheça um pouco da história da nação
catalã num breve texto da Wikipédia (apesar de alguns "vícios"). Quanto aos portugueses, devem recordar que
também eles hoje poderiam estar a debaterem-se pela independência de Portugal se em
1640 não tivessem conseguido escorraçar os castelhanos que por seis décadas
ocuparam o país que Afonso Henriques e outros antepassados lusos fundaram a partir do
Condado Portucalense. (PG)
Catalunha (em catalão: Catalunya, em occitano: Catalonha, em espanhol: Cataluña) é uma comunidade autônoma da Espanha localizada
na extremidade leste da Península Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo
seu Estatuto de Autonomia.[2] A
Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, Girona, Lérida e Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, o segundo município mais povoado de Espanha
e o núcleo da sétima área urbana mais populosa da União
Europeia. A Catalunha compreende a maior parte do território do
antigo Principado da Catalunha(com exceção
de Rossilhão,
agora parte dos Pirineus Orientais da França). Tem
fronteiras com a França e Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades
autônomas espanholas de Aragão a oeste e Valência ao
sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.[3]
No
final do século VIII, os municípios da Marca de Gotia e
a Marca Hispânica foram estabelecidos
pelo Reino Franco como vassalos feudais perto
dos Pirineus orientais
como uma barreira defensiva contra invasões muçulmanas. Os municípios orientais
dessas marchas estavam unidos sob o domínio do vassalo franco, o Conde de Barcelona, e mais tarde passaram a se chamar
"Catalunha". Em 1137, a Catalunha e o Reino de Aragão foram fundidos após a união
real entre a Coroa de Aragão e o Principado da Catalunha. A região tornou-se
a base do poder naval da Coroa de Aragão e do expansionismo no Mediterrâneo. No
final da Idade Média, a literatura catalã floresceu. Entre 1469 e
1516, o rei de Aragão e a rainha de Castela se
casaram e governaram seus reinos juntos, mantendo todas as suas instituições,
tribunais e constituições distintas.
Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652) contra uma grande e pesada presença do exército real em seu território, tornando-se uma república sob proteção francesa. Num breve período, a França assumiu o controle total da Catalunha, com um alto custo econômico para a região, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pirineus, em 1659, que encerrou o conflito entre franceses e espanhóis, a Coroa Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente incorporadas no condado de Rossilhão, para a França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), a Coroa de Aragão partiu contra o bourbon Felipe V da Espanha, cuja vitória subsequente levou à abolição de instituições não castelhanas em toda a Espanha e à substituição do latim e outras línguas (como o catalão) pelo espanhol em documentos legais.
Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652) contra uma grande e pesada presença do exército real em seu território, tornando-se uma república sob proteção francesa. Num breve período, a França assumiu o controle total da Catalunha, com um alto custo econômico para a região, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pirineus, em 1659, que encerrou o conflito entre franceses e espanhóis, a Coroa Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente incorporadas no condado de Rossilhão, para a França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), a Coroa de Aragão partiu contra o bourbon Felipe V da Espanha, cuja vitória subsequente levou à abolição de instituições não castelhanas em toda a Espanha e à substituição do latim e outras línguas (como o catalão) pelo espanhol em documentos legais.
No
século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras Napoleônicas e Carlistas.
Na segunda metade do século, a região experimentou uma significativa industrialização. À medida que a riqueza da expansão
industrial crescia, houve um renascimento
cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto vários
movimentos operários apareceram. Em 1914, as quatro províncias catalãs formaram
uma comunidade e, com o retorno da democracia durante
a Segunda República Espanhola (1931-1939),
a Generalidade da Catalunha foi
restaurada como um governo autônomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou medidas
repressivas, aboliu as instituições locais e proibiu novamente o uso da língua
catalã. Do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970, a região passou por um
rápido crescimento econômico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas
metropolitanas industriais europeias e transformou a Catalunha em um importante
destino turístico internacional. Com a redemocratização espanhola (1975-1982), a
região havia recuperado um alto grau de autonomia e era uma das comunidades
mais prósperas da Espanha. Em 2017, no entanto, o seu estatuto constitucional
voltou a ser objeto de disputa após um referendo
separatista culminar em uma declaração unilateral de
independência feita pelo Parlamento Catalão,[4] mas
que não teve
reconhecimento internacional. Em resposta, o Senado
da Espanha aprovou a instituição do artigo 155 da Constituição e suspendeu a
autonomia da região até a realização de novas eleições locais em dezembro.[5]
Imagem:
Wikipédia
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