sábado, 28 de outubro de 2017

CONTRA AS CONSTANTES INGERÊNCIAS E MANIPULAÇÕES…



...QUE TÊM VINDO A SOFRER A EMERGÊNCIA E OS ESTADOS DO SUL

Martinho Júnior | Luanda

A hegemonia unipolar de que se rege o domínio da aristocracia financeira mundial nas suas vestes neoliberais, desde os tempos das administrações de Ronald Reagan e de Margareth Thatcher que não cessam de promover por via da pré anunciada vontade de“portas escancaradas” (George Soros, seus filósofos-aliados e a sua filantrópica-especulativa “Open Society”), os mais diversos programas de ingerência e manipulação nos estados em emergência e em todos os estados do sul, a fim de, em nome da democracia, os moldar à feição dos seus interesses.

Aplicam nesse âmbito, “ementa” a “ementa”, políticas de “geometria variável” nos seus recursos e intensidade, de forma a manter a sua presença numa constante equação de tensão, colocando quantas vezes em risco a independência e a soberania dos estados, das nações e dos povos, sempre em nome da democracia e dos direitos humanos!


Utilizando recursos inesgotáveis, propiciados sobretudo pela fluência do dólar nos circuitos financeiros internacionais e pelo“diktat” sobre as políticas de preços das matérias-primas, a hegemonia unipolar tem, por via de seu “soft power”, garantida uma presença dominante constante onde quer que seja.

Em relação ao petróleo e ao gás, a hegemonia unipolar tira partido das cotações internacionais como acontece em relação a todas as outras matérias-primas e está a utilizar isso como uma “catapulta” que providencia a desestabilização, particularmente onde há disputas sobre os seus próprios interesses.
De há muito que é interesse do “lobby” do petróleo e do armamento dos Estados Unidos dominar as reservas de petróleo da Venezuela, que são as maiores do globo e por isso, o exercício de independência, de soberania e de democracia da Venezuela Bolivariana é colocado internacionalmente em causa, com a instrumentalização de enfáticas ingerências e manipulações, que tirando partido das “portas escancaradas” atingem transversalmente a complexa sociedade do país, promovendo a formatação e a expressão duma enquistada oligarquia que tudo tem feito para derrubar o poder progressista do estado, retificado nas urnas e pelo âmbito de suas acções identificadas com todo o povo venezuelano.

Com as sensibilidades dos emergentes e do sul, sabe-se (e isso é provado pelas constantes práticas de conspiração que os Estados Unidos levam a cabo particularmente desde a IIª Guerra Mundial), que hoje é a Venezuela Bolivariana que se lhes apresenta como um dos seus principais alvos, mas qualquer outro poderia estar a sofrer pressões de domínio mais intensos do que sofrem, ao nível da intensidade que se tem vindo constantemente a expôr (é só avaliar os noticiários correntes sobre esse artificial contencioso) no relacionamento bilateral Estados Unidos – Venezuela Bolivariana.

Ao perceber-se que “hoje a Venezuela”, amanhã qualquer outro, é obrigação dessas sensibilidades a solidariedade activa em nome da independência, da soberania, da democracia e das mais legítimas aspirações de progresso dos e entre os povos!

Esse processo já em curso, deve ser assim mobilizador de todas as sensibilidades progressistas que se identificam com a emergência, com o sul e com um mundo multipolar vinculado ao respeito para com a Mãe Terra, para com a paz, para com a solidariedade e para com a equação duma muito mais equilibrada relação entre os estados, as nações e os povos!

TODOS SOMOS VENEZUELA!

Martinho Júnior - Luanda, 3 de Outubro de 2017.

Junto um oportuno ponto de situação produzido pelo semanário “O CUMBE”. 

Realizado com êxito o Encontro Internacional de Solidariedade com a Revolução Bolivariana

Os membros das 60 delegações dos cinco continentes que participaram da jornada Todos Somos Venezuela, realizada na capital da Venezuela, Caracas, concordaram em realizar atividades de solidariedade em cada país em apoio à soberania e democracia dos países, especialmente da nação sul-americana que atualmente enfrenta a política intervencionista dos Estados Unidos. 

"Nosso compromisso com a paz, a soberania e a democracia bolivariana está intimamente ligado ao desenvolvimento de uma ampla e permanente jornada de solidariedade em cada país, impulsionada por todas as organizações políticas, sociais, religiosas e trabalhistas de caráter democrático para os que participem nesta jornada", é parte da Proclamação de Caracas assinada durante o evento internacional denominado Diálogo pela paz, soberania e democracia bolivariana, realizado entre os dias 16 e 19 de setembro.  

Essas ações foram tomadas após as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a Venezuela, que foram formalizadas em 25 de agosto com o decreto executivo assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

Os mais de 200 representantes internacionais, incluindo o presidente da Bolívia, Evo Morales, ratificaram o documento que adverte que as agressões do império americano constituem uma violação dos princípios do direito internacional e da Proclamação da América Latina e do Caribe como uma Zona da Paz, aprovado em 2014 pelos países que compõem a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (CELAC).

Em resposta à interferência de Washington, o povo venezuelano, através da Assembléia Nacional Constituinte, eleito por mais de 8 milhões de cidadãos em 30 de julho, procura a constituição de uma nova ordem política e jurídica que proteja a paz frente os eventos violentos patrocinados pela extrema-direita e o fortalecimento das bases do Estado social, democrático, jurídico e de justiça consagrado na Constituição de 1999, foi considerado.

O resultado dos debates desta jornada da Solidariedade foi a formação de um plano de ação, publicado em conjunto com a Proclamação, para diminuir a campanha da mídia transnacional que aponta para a Venezuela como uma ditadura e fortalecer os laços entre os movimentos, organizações e entidades estatais, que em cada país estão lutando pela soberania dos povos.

Entre as ações a serem implementadas em cada país estão: Disseminação dos resultados da jornada; Declarações de apoio de organizações e personalidades a meios de comunicação nacionais e internacionais; criar uma base de dados de todos os companheiros da Venezuela na luta pela sua soberania; implantar a "Campanha de informação global: a verdade da Venezuela; e criar um meio internacional que sirva de plataforma para a divulgação de todas as atividades do plano. 


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