...QUE
TÊM VINDO A SOFRER A EMERGÊNCIA E OS ESTADOS DO SUL
Martinho Júnior | Luanda
A
hegemonia unipolar de que se rege o domínio da aristocracia financeira mundial
nas suas vestes neoliberais, desde os tempos das administrações de Ronald
Reagan e de Margareth Thatcher que não cessam de promover por via da pré
anunciada vontade de“portas escancaradas” (George Soros, seus
filósofos-aliados e a sua filantrópica-especulativa “Open Society”), os
mais diversos programas de ingerência e manipulação nos estados em emergência e
em todos os estados do sul, a fim de, em nome da democracia, os moldar à feição
dos seus interesses.
Aplicam nesse âmbito, “ementa” a “ementa”, políticas de “geometria variável” nos seus recursos e intensidade, de forma a manter a sua presença numa constante equação de tensão, colocando quantas vezes em risco a independência e a soberania dos estados, das nações e dos povos, sempre em nome da democracia e dos direitos humanos!
Aplicam nesse âmbito, “ementa” a “ementa”, políticas de “geometria variável” nos seus recursos e intensidade, de forma a manter a sua presença numa constante equação de tensão, colocando quantas vezes em risco a independência e a soberania dos estados, das nações e dos povos, sempre em nome da democracia e dos direitos humanos!
Utilizando
recursos inesgotáveis, propiciados sobretudo pela fluência do dólar nos
circuitos financeiros internacionais e pelo“diktat” sobre as políticas de
preços das matérias-primas, a hegemonia unipolar tem, por via de seu “soft
power”, garantida uma presença dominante constante onde quer que seja.
Em
relação ao petróleo e ao gás, a hegemonia unipolar tira partido das cotações
internacionais como acontece em relação a todas as outras matérias-primas e
está a utilizar isso como uma “catapulta” que providencia a
desestabilização, particularmente onde há disputas sobre os seus próprios
interesses.
De
há muito que é interesse do “lobby” do petróleo e do armamento dos
Estados Unidos dominar as reservas de petróleo da Venezuela, que são as maiores
do globo e por isso, o exercício de independência, de soberania e de democracia
da Venezuela Bolivariana é colocado internacionalmente em causa, com a
instrumentalização de enfáticas ingerências e manipulações, que tirando partido
das “portas escancaradas” atingem transversalmente a complexa
sociedade do país, promovendo a formatação e a expressão duma enquistada
oligarquia que tudo tem feito para derrubar o poder progressista do estado,
retificado nas urnas e pelo âmbito de suas acções identificadas com todo o povo
venezuelano.
Com
as sensibilidades dos emergentes e do sul, sabe-se (e isso é provado pelas
constantes práticas de conspiração que os Estados Unidos levam a cabo
particularmente desde a IIª Guerra Mundial), que hoje é a Venezuela Bolivariana
que se lhes apresenta como um dos seus principais alvos, mas qualquer outro
poderia estar a sofrer pressões de domínio mais intensos do que sofrem, ao
nível da intensidade que se tem vindo constantemente a expôr (é só avaliar os
noticiários correntes sobre esse artificial contencioso) no relacionamento
bilateral Estados Unidos – Venezuela Bolivariana.
Ao
perceber-se que “hoje a Venezuela”, amanhã qualquer outro, é obrigação
dessas sensibilidades a solidariedade activa em nome da independência, da
soberania, da democracia e das mais legítimas aspirações de progresso dos e
entre os povos!
Esse
processo já em curso, deve ser assim mobilizador de todas as sensibilidades
progressistas que se identificam com a emergência, com o sul e com um mundo
multipolar vinculado ao respeito para com a Mãe Terra, para com a paz, para com
a solidariedade e para com a equação duma muito mais equilibrada relação entre
os estados, as nações e os povos!
TODOS
SOMOS VENEZUELA!
Martinho
Júnior - Luanda,
3 de Outubro de 2017.
Junto
um oportuno ponto de situação produzido pelo semanário “O CUMBE”.
Realizado
com êxito o Encontro Internacional de Solidariedade com a Revolução Bolivariana
Os
membros das 60 delegações dos cinco continentes que participaram da jornada
Todos Somos Venezuela, realizada na capital da Venezuela, Caracas, concordaram
em realizar atividades de solidariedade em cada país em apoio à soberania e
democracia dos países, especialmente da nação sul-americana que atualmente
enfrenta a política intervencionista dos Estados Unidos.
"Nosso
compromisso com a paz, a soberania e a democracia bolivariana está intimamente
ligado ao desenvolvimento de uma ampla e permanente jornada de solidariedade em
cada país, impulsionada por todas as organizações políticas, sociais,
religiosas e trabalhistas de caráter democrático para os que participem nesta
jornada", é parte da Proclamação de Caracas assinada durante o evento
internacional denominado Diálogo pela paz, soberania e democracia bolivariana,
realizado entre os dias 16 e 19 de setembro.
Essas
ações foram tomadas após as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos a
Venezuela, que foram formalizadas em 25 de agosto com o decreto executivo
assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Os
mais de 200 representantes internacionais, incluindo o presidente da Bolívia,
Evo Morales, ratificaram o documento que adverte que as agressões do império
americano constituem uma violação dos princípios do direito internacional e da
Proclamação da América Latina e do Caribe como uma Zona da Paz, aprovado em
2014 pelos países que compõem a Comunidade dos Estados da América Latina e do
Caribe (CELAC).
Em
resposta à interferência de Washington, o povo venezuelano, através da
Assembléia Nacional Constituinte, eleito por mais de 8 milhões de cidadãos em
30 de julho, procura a constituição de uma nova ordem política e jurídica que
proteja a paz frente os eventos violentos patrocinados pela extrema-direita e o
fortalecimento das bases do Estado social, democrático, jurídico e de justiça
consagrado na Constituição de 1999, foi considerado.
O
resultado dos debates desta jornada da Solidariedade foi a formação de um plano
de ação, publicado em conjunto com a Proclamação, para diminuir a campanha da
mídia transnacional que aponta para a Venezuela como uma ditadura e fortalecer
os laços entre os movimentos, organizações e entidades estatais, que em cada
país estão lutando pela soberania dos povos.
Entre
as ações a serem implementadas em cada país estão: Disseminação dos resultados
da jornada; Declarações de apoio de organizações e personalidades a meios de
comunicação nacionais e internacionais; criar uma base de dados de todos os
companheiros da Venezuela na luta pela sua soberania; implantar a
"Campanha de informação global: a verdade da Venezuela; e criar um meio
internacional que sirva de plataforma para a divulgação de todas as atividades
do plano.
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