Para
o general Biaguê Na Ntan, os militares guineenses devem submeter-se à
Constituição, evitando assuntos ligados à política, criminalidade e corrupção.
O
chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau,
general Biaguê Na Ntan, pediu neste sábado (02.12) aos militares para se
submeterem à Constituição e para se afastarem dos assuntos políticos, de
criminalidade e de corrupção.
"A
ética e deontologia profissional, o cumprimento das normas constantes do
regulamento da disciplina militar devem merecer a atenção de um militar,
devendo cada um afastar-se dos assuntos políticos, da criminalidade e da
corrupção, pautando sempre pelo que possa contribuir para o bem-estar do
povo", afirmou o general.
O
CEMGFA falava no centro de instrução de Cumuré, a cerca de 50 quilómetros de
Bissau, durante a cerimónia de juramento de bandeira de 1.103 recrutas.
"O
povo guineense, as Forças Armadas e a sociedade em geral esperam de
vós altos padrões de conduta, responsabilidade e caráter singulares,
preservando os valores éticos e cívicos para o cumprimento, com sucesso, das
vossas obrigações", sublinhou.
Fazer
face aos desafios
No
discurso, proferido na presença de milhares de pessoas que se deslocaram a
Cumeré, o general Biaguê Na Ntan salientou também que a cerimónia representa um
"passo gigantesco no que respeita ao apetrechamento das Forças de Defesa e
Segurança com recursos humanos habilitados para fazer face aos desafios
impostos às Forças Armadas".
Mas
também, acrescentou, um "contributo para a reestruturação e reorganização
das Forças Armadas no quadro da implementação de reformas que se querem nos
setores da defesa e segurança".
A
cerimónia de juramento de bandeira inclui também os novos elementos da Guarda
Nacional. Para as Forças Armadas foram recrutados 642 elementos do sexo
masculino e 178 do sexo feminino. Os novos soldados vão ser agora distribuídos pelos
vários quartéis do país. O último recrutamento militar obrigatório na
Guiné-Bissau foi feito em 1992.
Lusa
| em Deutsche Welle
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