O Sindicato dos Jornalistas, que
reuniu esta quinta-feira com os grupos parlamentares do CDS-PP, PSD e
PCP, alertou estes partidos para a «falta de resposta a pedidos de contratações
e investimentos» na Agência Lusa.
Segundo um comunicado divulgado
após as audiências, os encontros serviram para alertar os grupos parlamentares
para a «necessidade de se resolver rapidamente o impacto causado na gestão
diária e no funcionamento global da Agência Lusa pela contínua saída – e
sucessivamente adiada substituição – de jornalistas do quadro, bem como de
correspondentes das redes nacional e internacional».
De acordo com o Sindicato dos
Jornalistas, «a Agência Lusa está refém de uma tutela bicéfala – Cultura e
Finanças –, que se traduz em cativações burocráticas e numa persistente falta
de resposta a pedidos de contratações e investimentos e resulta, em última
instância, no incumprimento do contrato de serviço público».
A estrutura sindical diz
temer «que a substituição da actual administração da empresa prolongue
ainda mais o atraso na resposta da tutela às necessidades da agência», razão
pela qual «espera que essa mudança não se traduza em qualquer impacto
sobre o esperado descongelamento das carreiras, devendo este decorrer em moldes
idênticos ao de qualquer outra empresa pública», com vista à garantia dos
direitos.
Outro dos assuntos abordados nas
audiências com os partidos foi «a situação das quatro dezenas de trabalhadores
precários que sustentam as redes nacional e internacional da Agência Lusa»,
nota o Sindicato dos Jornalistas, considerando que é «urgente
resolver» estes casos.
De acordo com a estrutura, estes
trabalhadores aderiram ao programa de regularização extraordinária dos vínculos
precários na Administração Pública (PREVPAP) e aguardam resposta.
O Governo vai nomear o jornalista
Nicolau Santos presidente do Conselho de Administração da Agência Lusa,
substituindo Teresa Marques no cargo.
A assembleia-geral de accionistas
da Lusa, na qual o Estado tem uma participação de 50,14%, seguido pelo
Global Media Group (23,36%) e pela Impresa (22,35%), deverá ocorrer no final de
Fevereiro, altura em que Nicolau Santos será nomeado.
AbrilAbril | Com Agência Lusa
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