Foi mais uma das imensas ações
israelitas de puro massacre a manifestantes na Faixa de Gaza, junto ao muro da
vergonha que os israelitas construíram. A Palestina, ocupada por Israel, é
objeto de ataques massivos que nem a ONU condenada, nem o chamado mundo
ocidental civilizado e democrático está para isso. Se Israel quer assassinar não
tem rebuço em fazê-lo e as consequências dos crimes daquele estado ficam
sistematicamente impunes.
Neste último crime, ontem, mais 17 palestinianos foram
massacrados, assassinados pelos militares ocupacionistas e criminosos que
obedecem a governos de Israel que já merecem há imenso tempo sentarem-se no
banco dos réus do Tribunal Penal Internacional.
Os israelitas alegam que a
manifestação não foi pacifica por parte dos palestinianos, que disparam contra
os seus militares e que lançaram pedras (não houve baixas israelitas). Alguma vez Israel podia dizer o contrário
– que a manifestação foi pacífica – para justificar a sua sanha assassina?
Do Notícias ao Minuto
transcrevemos texto sobre aqueles acontecimentos, no rescaldo de mais um
massacre israelita que, como muitos outros, gozará da impunidade e licença para
continuar a matar. (MM | PG)
Famílias choram palestinianos
mortos no primeiro de muitos dias de luta
As imagens que chegam da Faixa de
Gaza impressionam pela violência e comoção. Até ao momento, pelo menos 17
pessoas, entre os 17 e o 35 anos, morreram e mais de 1.400 ficaram feridas.
Protestos poderão durar várias semanas.
Os habitantes da Faixa de Gaza
choram a morte dos palestinianos mortos na passada sexta-feira pelo exército
israelita. O último balanço dos confrontos entre manifestantes e autoridades
israelitas dá conta de 17 mortos e mais de 1.400 feridos, muitos em estado
grave, pelo que o número de mortos poderá subir. Para além disso, as
manifestações deverão continuar e os palestinianos estão de luto.
No rescaldo da violência, este
sábado está a ser marcado pelos funerais das vítimas e por novos protestos.
Enquanto isso acontece, os hospitais de Gaza – completamente cercada pelas
forças israelitas e a atravessar uma enorme crise humanitária – estão a ficar
completamente cheios, sem meios para tratar os mais de mil feridos.
Os palestinianos culpam Israel
pela opressão ao seu povo, assim como a chamada comunidade internacional,
nomeadamente a ONU, que tem fechado os olhos à atuação das autoridades israelitas.
Israel, pela sua vez, acusa o movimento fundamentalista islâmico Hamas,
que governa a Faixa de Gaza, de estar a mentir, sendo que o seu objetivo é
usar os protestos como forma de gerar violência contra o Estado hebraico.
A violência começou na sexta-feira quando milhares de palestinianos rumaram à
fronteira com Israel para iniciar um protesto para assinalar o Dia da Terra.
Há 42 anos, seis palestinianos
foram mortos pelas forças israelitas, uma data simbólica que levou os palestinianos
a saírem à rua durante 48 dias, até 15 de maio, data em que se assinala a Naqba
(que significa tragédia), quando cerca de 750 mil palestinianos foram expulsos
das suas casas durante a guerra que levou à fundação do Estado de Israel. Os
israelitas, por seu turno, assinalam esta data como a da sua independência, e a
coincidir com esta efeméride, este ano, está prevista a abertura da embaixada norte-americana em Jerusalém.
Por estes motivos, os
palestinianos decidiram iniciar os protestos que se preveem longos e intensos.
Depois de um agricultor palestiniano ter sido assassinado pelos
militares israelitas, a violência escalou rapidamente e os confrontos causaram,
pelo menos, 17 mortos, a maioria entre os 17 e os 35 anos, segundo o porta-voz
do governo palestiniano ao The Guardian.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se de
emergência e António Guterres, secretário-geral da ONU apelou a uma solução
para a crescente violência da região.
Pedro Bastos Reis | Notícias ao
Minuto
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