sexta-feira, 4 de maio de 2018

Timor-Leste/Eleições: Urnas e boletins de voto começam a ser distribuídos


O material eleitoral, incluindo listas, marcadores de tinta e boletins de voto, para as legislativas antecipadas de 12 de maio em Timor-Leste, começou hoje a ser distribuído sob escolta policial pelo país e pelos centros de votação na diáspora.

Responsáveis dos órgãos eleitorais, representantes dos partidos políticos e coligações e observadores nacionais e internacionais acompanharam a cerimónia que marcou o arranque da distribuição.

Cada um dos centros de votação, incluindo os que estarão operacionais na diáspora, vão receber um conjunto de material sensível e não sensível que inclui posters informativos, os cadernos eleitorais, as atas, os pregos e canetas para o voto e a tinta indelével para marcar os dedos dos votantes.

Seguem ainda os documentos mais importantes, nomeadamente os livros com boletins de voto que foram impressos numa quantidade definida pela lei: o número de eleitores recenseados mais 10 por cento.

No total foram impressos 17.481 livros de 50 boletins de voto cada, o que equivale a exatamente 874.050 boletins que foram separados em montes com o nome de cada município ou, no caso da diáspora, dos países onde há centros de votação.

Recorde-se que oito partidos e coligações apresentaram-se às eleições para as quais estão recenseados 787.761 eleitores, mais 22.903 do que os que estavam habilitados a votar nas eleições legislativas de 22 de julho do ano passado, o que representa um aumento de cerca de 3%.

No que se refere aos centros de votação, a nível nacional vão ser instalados um total de 1.151 estações de voto dividas por 876 centros de votação que, por sua vez, vão ser instalados nos 452 sucos (equivalente a freguesias) do país.

Fora do país haverá três centros de votação na Austrália - Darwin, Melbourne e Sydney -, um em Seul na Coreia do Sul, dois em Portugal (Lisboa e Porto) e três no Reino Unido: Dungannon, Londres e Oxford.

Jaime Correia, responsável da Gráfica Nacional, entregou simbolicamente os boletins de voto ao diretor-geral do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), Acilino Manuel Branco que, depois os distribuiu aos responsáveis municipais.

Em declarações à Lusa, Branco explicou que todo o material, incluindo os boletins de voto vai ser agora transportado para os municípios e para a Região Autónoma Especial de Oecusse-Ambeno e ainda para os centros na diáspora.

"Para o Reino Unido e para Portugal segue ainda hoje com diplomatas e funcionários do STAE e da Comissão Nacional de Eleições (CNE). Para a Austrália e para a Coreia do Sul sai amanhã", explicou.

"Agora entregamos a competência para as entidades municipais e para os diplomatas e funcionários que vão levar toda a documentação que é essencial para assim garantir o êxito este processo, respondendo ao que são as expectativas de todo o povo", frisou.

Acilino Branco disse que o STAE se mantém otimista com todo o processo, relembrando a experiência anterior do organismo e referindo que todos os prazos e todas as questões legais estão a ser cumpridas.

"Cumpriremos todas as nossas responsabilidades e preparativos para garantir que os timorenses podem votar com total confiança no dia 12 de maio", disse.

"Pedimos agora a colaboração e a contribuição de todas as partes, dos órgãos eleitorais, da Polícia Nacional de Timor-Leste, dos partidos e coligações e dos eleitores, para que participarem todos neste ato eleitoral", sublinhou.

Na cerimónia de hoje, o responsável do STAE agradeceu o trabalho da gráfica e das equipas do STAE, explicando que todo o transporte vai agora ser acompanhado pela PNTL, para garantir a segurança máxima do material.

Os partidos políticos poderão, através dos seus fiscais, acompanhar todo o processo, para garantir assim a credibilidade e transparência de todos os momentos da eleição.

Henrique da Costa, superintendente e comandante operacional da PNTL para este processo, destacou o facto de todo o processo eleitoral ter decorrido sem incidentes graves.

"Agradecemos o contributo de todos para este processo que tem decorrido normalmente. Precisamos que todos continuem a atuar da mesma forma. A PNTL garante a segurança durante o processo do voto", disse.

"O material estará sempre controlado a todos os momentos e os efetivos continuarão a atuar com responsabilidade", disse.

Já José Anuno, vice-ministro da Administração Estatal, destacou que o êxito do processo "é o êxito de todos e do povo de Timor".

"Este é um processo muito importante para a nação. Apelo a todos para que vão votar", frisou.

Lusa | em SAPO TL

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