O material eleitoral, incluindo
listas, marcadores de tinta e boletins de voto, para as legislativas
antecipadas de 12 de maio em Timor-Leste, começou hoje a ser distribuído sob
escolta policial pelo país e pelos centros de votação na diáspora.
Responsáveis dos órgãos
eleitorais, representantes dos partidos políticos e coligações e observadores
nacionais e internacionais acompanharam a cerimónia que marcou o arranque da
distribuição.
Cada um dos centros de votação,
incluindo os que estarão operacionais na diáspora, vão receber um conjunto de
material sensível e não sensível que inclui posters informativos, os cadernos
eleitorais, as atas, os pregos e canetas para o voto e a tinta indelével para
marcar os dedos dos votantes.
Seguem ainda os documentos mais
importantes, nomeadamente os livros com boletins de voto que foram impressos
numa quantidade definida pela lei: o número de eleitores recenseados mais 10
por cento.
No total foram impressos 17.481
livros de 50 boletins de voto cada, o que equivale a exatamente 874.050
boletins que foram separados em montes com o nome de cada município ou, no caso
da diáspora, dos países onde há centros de votação.
Recorde-se que oito partidos e
coligações apresentaram-se às eleições para as quais estão recenseados 787.761
eleitores, mais 22.903 do que os que estavam habilitados a votar nas eleições
legislativas de 22 de julho do ano passado, o que representa um aumento de
cerca de 3%.
No que se refere aos centros de
votação, a nível nacional vão ser instalados um total de 1.151 estações de voto
dividas por 876 centros de votação que, por sua vez, vão ser instalados nos 452
sucos (equivalente a freguesias) do país.
Fora do país haverá três centros
de votação na Austrália - Darwin, Melbourne e Sydney -, um em Seul na Coreia do
Sul, dois em Portugal (Lisboa e Porto) e três no Reino Unido: Dungannon,
Londres e Oxford.
Jaime Correia, responsável da
Gráfica Nacional, entregou simbolicamente os boletins de voto ao diretor-geral
do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE), Acilino Manuel
Branco que, depois os distribuiu aos responsáveis municipais.
Em declarações à Lusa, Branco
explicou que todo o material, incluindo os boletins de voto vai ser agora
transportado para os municípios e para a Região Autónoma Especial de
Oecusse-Ambeno e ainda para os centros na diáspora.
"Para o Reino Unido e para
Portugal segue ainda hoje com diplomatas e funcionários do STAE e da Comissão
Nacional de Eleições (CNE). Para a Austrália e para a Coreia do Sul sai
amanhã", explicou.
"Agora entregamos a
competência para as entidades municipais e para os diplomatas e funcionários
que vão levar toda a documentação que é essencial para assim garantir o êxito
este processo, respondendo ao que são as expectativas de todo o povo",
frisou.
Acilino Branco disse que o STAE
se mantém otimista com todo o processo, relembrando a experiência anterior do
organismo e referindo que todos os prazos e todas as questões legais estão a
ser cumpridas.
"Cumpriremos todas as nossas
responsabilidades e preparativos para garantir que os timorenses podem votar
com total confiança no dia 12 de maio", disse.
"Pedimos agora a colaboração
e a contribuição de todas as partes, dos órgãos eleitorais, da Polícia Nacional
de Timor-Leste, dos partidos e coligações e dos eleitores, para que
participarem todos neste ato eleitoral", sublinhou.
Na cerimónia de hoje, o
responsável do STAE agradeceu o trabalho da gráfica e das equipas do STAE,
explicando que todo o transporte vai agora ser acompanhado pela PNTL, para
garantir a segurança máxima do material.
Os partidos políticos poderão,
através dos seus fiscais, acompanhar todo o processo, para garantir assim a
credibilidade e transparência de todos os momentos da eleição.
Henrique da Costa,
superintendente e comandante operacional da PNTL para este processo, destacou o
facto de todo o processo eleitoral ter decorrido sem incidentes graves.
"Agradecemos o contributo de
todos para este processo que tem decorrido normalmente. Precisamos que todos
continuem a atuar da mesma forma. A PNTL garante a segurança durante o processo
do voto", disse.
"O material estará sempre
controlado a todos os momentos e os efetivos continuarão a atuar com
responsabilidade", disse.
Já José Anuno, vice-ministro da
Administração Estatal, destacou que o êxito do processo "é o êxito de
todos e do povo de Timor".
"Este é um processo muito
importante para a nação. Apelo a todos para que vão votar", frisou.
Lusa | em SAPO TL
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