Em declarações de ontem o ministro
da Defesa, João Gomes Cravinho,” admitiu
o envio de tropas para a Venezuela para garantir a
segurança dos milhares de cidadãos portugueses e luso-descendentes que lá
vivem.” Não é difícil interpretar que Portugal perspetiva invadir a Venezuela
com militares lusos se não obtiver a concordância do governo legítimo do país
visado. Que se saiba tal concordância, tal autorização não existe. Até porque o
governo português optou por se alinhar com a política de terra queimada de
Trump e sua trupe de terroristas ao reconhecer Guaidó – um títere dos EUA –
como presidente venezuelano auto-nomeado via EUA. Rejeitando o presidente
legítimo, eleito pelos venezuelanos, Nicolás Maduro.
António Costa, os do governo
português e outros pseudo democratas enchem as bocas com palavras recorrentes a
democracia mas na realidade constata-se que recusam a vontade expressa pela
maioria dos eleitores venezuelanos e optam por reconhecer um fulano que se
anuncia presidente da Venezuela sem se submeter a eleições de acordo com a
Constituição venezuelana. Ou seja: Maduro venceu eleitoralmente e é o
presidente legítimo mas porque os EUA e os oligarcas e os barões do petróleo e
de outros recursos naturais querem apoderar-se dessas fortunas à laia dos “Piratas
das Caraíbas”, roubando, Costa e os seus apaniguados do governo e da direita
enveredam pelo servilismo aos EUA, barões e falcões, declarando que afinal as
eleições em que Maduro
venceu não valem e que querem novas eleições, reconhecendo antecipadamente um
auto-proclamado presidente Trump-venezuelano que nunca se sujeitou a eleições
presidenciais porque não quis. Estranha forma de defender e ser exemplo de
democracia.
Afirma Costa que os militares
portugueses não vão invadir a Venezuela, como consta em peça mais em baixo, mas
somente proteger os portugueses naquele país. O PM de Portugal, tão democrata e
da “esquerda de escabeche e fora do prazo” (merece ser assim rotulado) deve
estar a esquecer-se que se não tiver autorização legítima para que um militar
português ponha um só pé que seja na Venezuela está a invadir o país. Maduro é
o presidente legítimo porque na realidade foi eleito pelos venezuelanos, em
eleições conturbadas pela direita e outros venezuelanos manipulados pela CIA
norte-americana instalada no terreno, pelos que ao serviço dos EUA semeiam a
desestabilização. E Costa sabe isso muito bem. Sabe como “elas” se fazem. Também
em Portugal um Frank Carlucci, dirigente da CIA e embaixador dos EUA, se
alinhou com salazaristas, outros fascistas e bombistas para desestabilizar
Portugal logo após o 25 de Abril de 1974.
Sendo verdade que Nicolás Maduro
e o regime que vem desde Chávez cometeu e comete erros nada conduziria ao
alegado, empolado e manipulado descalabro com que “pintam” a situação na
Venezuela, sabendo-se por antecipação que se não existissem as operações da CIA
e o terrorismo a que conduz, a instabilidade e os roubos de grandiosos valores
em bancos estrangeiros, nos EUA e na UE, nada das dificuldades que os
venezuelanos ou os portugueses ali viventes experimentam teriam as porproções atuais, que são
aflitivas. Que deixariam de existir se a comunidade internacional se deixasse
de preferir a linha seguidista do obtuso, tresloucado e reles ser humano que
está na presidência dos EUA, acompanhado pelos que detêm as maiores fortunas do
mundo literalmente conseguidas (roubadas) por processos semelhantes aos que estão
a aplicar na Venezuela Bolivariana de que Maduro é legítimo presidente.
Se na realidade António Costa
sabe isto tudo, quem não sabe que ele sabe (?), porque motivo alinha com Trump e os
trumpistas da UE? Porque se expõe, assim como ao governo e ao país, a cometer o
crime de invadir a Venezuela. De modo semelhante a Durão Barroso quando alinhou
com Bush, Blair e Aznar na invasão ao Iraque sob falsos pretextos que abriram
as portas a crimes contra a humanidade e muitas mais violações do Direito
Internacional. É isso que António Costa quer? Também espera depois ser premiado
com um "lugar ao sol" como Durão Barroso, Blair e Aznar? E quem mais no governo
de Costa quer exatamente isso ou muito mais?
Nestes dias de agora são muito
mais frenéticas as operações para assassinar Nicolás Maduro e os seus fiéis
companheiros mais relevantes. A CIA e outros mercenários do terrorismo estão
hiperativos e obcecados no objetivo de matar Maduro e receber o prémio chorudo
pelo assassinato – cabeça a prémio como no faroeste. Portugal vai ser cúmplice dos
EUA e da UE em mais aquele crime, como o foi no Iraque e na matança de Saddam
Hussein e de muitos milhares de iraquianos.
Esta é a guerra dos EUA e de
Trump, apoderar-se de toda a América Latina e do resto do mundo. Portugal é cúmplice,
por via de ganâncias de pseudo democratas que a seu tempo serão recompensados
por altos cargos em corporações internacionais. Assim tem acontecido com uns
quantos portugueses que de quase zés-ninguém ascenderam a posições mundialmente
relevantes e muitíssimo bem pagas. Uns senhores… do crime internacional.
Por fim seguem-se duas peças
retiradas do Jornal de Notícias com declarações de personalidades que demonstram
terem decorado a bíblia pseudo-democrata e pseudo-humanista, mas que não engana
os mais atentos, nem os que, à portuguesa, chamam os bois pelos nomes.
Redação PG com fotos 1 e 2 da Google
Costa garante: "Não vamos
invadir a Venezuela"
O primeiro-ministro garantiu,
esta sexta-feira, que se for necessário será posto em marcha o plano de
contingência para auxiliar os luso-descendentes que vivem na Venezuela, pois já
estão definidos e articulados com a embaixada portuguesa.
"Temos acompanhado
permanentemente ao longo dos últimos dois anos a situação junto da nossa
comunidade na Venezuela. A nossa primeira prioridade é preservar a segurança e
é garantir a segurança dos portugueses que vivem nesse país. Temo-lo feito
através das instâncias consulares e de idas regulares do nosso secretário de
Estado das Comunidades Portuguesas à Venezuela", disse António Costa numa
visita a Mogadouro.
"Esperamos que a Venezuela
retome a sua normalidade democrática, o que passa pela realização de novas
eleições. Nós agimos concertados no âmbito da União Europeia, que é a forma de
termos mais força para agir sobre o regime de Nicolas Maduro ",
acrescentou.
O primeiro-ministro afirmou que
há um prazo fixado [oito dias, que termina domingo] e que o governo está a
trabalhar com um conjunto de países da União Europeia para que, em conjunto com
outros países da América Latina, estarem ativos para o apoio técnico e a
garantia de total isenção e imparcialidade na realização de novas eleições.
"Vamos deixar que o prazo seja cumprido e na sequência disso serão tomadas
as ações devidas e já anunciadas", explicou.
O plano de contingência poderá
envolver diferentes graus em função da situação concreta, podendo, no limite,
haver situações de evacuações, mas esses canais estão todos estabelecidos e
articulados com os países da região para que se for necessário aconteçam de
forma mais segura e rápida possível. "Serão envolvidos os meios
necessários, mas não se prevê uma intervenção militar. Não vamos invadir a
Venezuela", afirmou António Costa.
Jornal de Notícias
Portugueses não querem sair da
Venezuela, querem fim do impasse político
O ministro dos Negócios
Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vincou que "não há nenhum problema com
a comunidade portuguesa" na Venezuela e que os portugueses residentes no
país não querem sair, mas sim o fim do "impasse político".
"Não há nenhum problema com
a comunidade portuguesa e não tenho nenhuma informação relativa que me possa
dizer que a segurança e o bem-estar da comunidade portuguesa na Venezuela
esteja em perigo", declarou o governante, falando aos jornalistas em
Bucareste, na Roménia, à entrada para uma reunião informal com outros homólogos
da União Europeia (UE).
Recordando que, no início da
semana, houve assaltos a estabelecimentos portugueses na Venezuela, "mas
sem nenhuma sequência", e que existe um lusodescendente ferido,
Augusto Santos Silva notou que, "fora isto, não há nenhum problema",
pelo que "a questão que agora se põe não é ajudar os portugueses a sair da
Venezuela".
"Os portugueses, como a
imensa maioria dos cidadãos que vivem na Venezuela, não querem sair de lá,
querem é sair deste impasse político", acrescentou.
Já lembrando o ultimato europeu
ao Governo do presidente Nicolás Maduro para a realização de eleições livres na
Venezuela, para o qual foi estipulado um prazo de oito dias que termina no fim
de semana, o governante disse esperar que a reunião que hoje arranca em
Bucareste e que termina na sexta-feira sirva para definir os passos seguintes
por parte da UE, caso o apelo não tenha sucesso.
Haverá "o reconhecimento [da
nova liderança], certamente, e depois consequências do ponto de vista político
e diplomático", referiu.
O Parlamento Europeu reconheceu
esta quinta-feira Juan Guaidó como o "presidente interino legítimo"
da Venezuela e exortou a UE e os seus Estados-membros a assumirem uma posição
semelhante, enquanto não for possível convocar eleições presidenciais.
Em reação, Santos Silva defendeu
o respeito pelo prazo dado. "Na minha opinião, temos de ser credíveis e,
portanto, nós dissemos que havia um prazo de alguns dias para que o presidente
Nicolás Maduro pudesse associar-se a este processo e, portanto, esperaremos que
esse tempo decorra", assinalou.
Já falando sobre o anúncio feito
pelo Uruguai e pelo México relativo à realização de uma conferência
internacional, em 07 de fevereiro em Montevideu, reunindo os países e
organizações que têm uma "posição neutral" sobre a crise na
Venezuela, o responsável disse que, neste momento, "não é possível ser
neutro sobre a Venezuela".
Isto porque "não há outra
solução se não iniciar um processo de transição pacífica, com eleições livres,
sob a autoridade da Assembleia Nacional", apontou.
Ainda assim, o governante português
realçou que, "evidentemente, que se o presidente Maduro se quiser associar
a este processo, como ele tem o controlo do aparelho estatal venezuelano, isso
seria uma garantia suplementar para a natureza pacífica da transição".
"É muito importante ter
noção que este é um processo político [...] que procura evitar duas coisas que
ninguém na UE quer: qualquer intervenção externa na Venezuela e qualquer risco
de confrontação interna", adiantou Santos Silva.
A crise política na Venezuela
agravou-se com a autoproclamação de Juan Guaidó, no passado dia 23.
Na Venezuela, antiga colónia
espanhola, residem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.
A reunião desta quinta-feira
decorre no palácio do Banco Nacional da Roménia, numa altura em que a
Presidência da UE é assumida por este país.
Jornal de Notícias | Foto 3 de Cristian
Hernández/epa
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