sexta-feira, 22 de março de 2019

Portugal | Passes: esta é a “geringonça” de que gosto


Daniel Oliveira | Expresso | opinião

Não é eleitoralismo um governo tomar uma medida que o eleitorado aprecia. É eleitoralismo tomar uma medida que o eleitorado aprecia e se sabe estar errada. E é eleitoralismo mentir sobre uma medida para ganhar votos. Querem um exemplo de eleitoralismo? Criar, no Portal das Finanças, em véspera de eleições, um simulador de devolução da sobretaxa do IRS que se revelou totalmente enganador. Isso é eleitoralismo e foi o muito sisudo Passos Coelho que o fez.

Até se poderia falar de eleitoralismo se estivéssemos perante uma medida de última hora, determinada pelas eleições. Ora, toda a gente sabe que esta medida começou a ser preparada depois das autárquicas, tendo como principais impulsionadores os dois presidentes de Câmara de Lisboa e do Porto. Ou seja, o seu calendário foi o autárquico e bem longe de novo ato eleitoral. Sobra o facto de a sua entrada em vigor ser neste ano. Seguindo essa lógica, perante o impacto que tem na carteira de tantos portugueses, quanto mais cedo entrasse em vigor mais votos renderia.

Querem saber de uma medida tomada em véspera das eleições? A concessão a privados dos STCP e Carris. Isso sim, um negócio de última hora, que se não tivesse sido revertido seria ruinoso para o Estado, para uma política de transportes e para os cidadãos destas cidades. Como foi a privatização dos CTT e da ANA, por exemplo. A função não era eleitoralista, é verdade. Era bem pior do que isso. O que não faz sentido é tratar como eleitoralista tudo o que beneficia a maioria do povo, e sobretudo os mais pobres, e como corajoso tudo o que tem o sentido inverso, como reduções do IRC ou dos impostos dos escalões mais altos. Governar permanentemente contra as necessidades da maioria mais carente não é sinal de coragem, é desrespeito pela democracia.

Portugal | Rui Pinto vai ser presente hoje ao juiz de instrução criminal


O português Rui Pinto, colaborador do Football Leaks, deverá ser presente hoje a um juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial, no Campus da Justiça, no Parque das Nações.

Rui Pinto foi extraditado pela justiça húngara na sequência de um mandado de detenção europeu emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), cuja base estão acessos aos sistemas informáticos do Sporting e do fundo de investimento Doyen Sports e posterior divulgação de documentos confidenciais, como contratos de futebolistas do clube lisboeta e do então treinador Jorge Jesus, além de outros contratos celebrados entre a Doyen e vários clubes de futebol.

O 'hacker' português está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada.

Rui Pinto poderá optar por falar ou remeter-se ao silêncio, cabendo ao juiz de instrução criminal determinar a medida de coação a aplicar, que poderá ir do simples termo de identidade e residência até à medida mais gravosa: prisão preventiva.

Lusa | em Notícias ao Minuto

Venezuela | Governo acusa chefe de gabinete de Guaidó de dirigir célula terrorista


O Governo venezuelano acusou hoje o advogado e deputado Roberto Marrero, chefe de gabinete do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, de dirigir uma célula terrorista que pretendia desestabilizar o país.

"Roberto Marrero dirigia uma célula terrorista para desestabilizar o país", disse aos jornalistas o ministro venezuelano das Relações Interiores, Justiça e Paz, Néstor Reverol.

Segundo o ministro, as autoridades confiscaram "um lote de armas de guerra e dinheiro em divisas estrangeiras" durante uma rusga efetuada na manhã de hoje à sua residência.

"Investigações conjuntas com o Ministério Público conduziram à detenção de Roberto Marrero, que era o responsável direto da organização de grupos criminosos", afirmou.

Bolsonaro minimiza manifestações no Chile e defende o ex-ditador Pinochet


O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, minimizou hoje, ao chegar ao Chile para uma visita de três dias, as manifestações de repúdio contra a sua presença no país e defendeu o legado do ex-ditador chileno Augusto Pinochet.

"Eu não sou unanimidade e tenho manifestações contrárias em qualquer lugar do mundo que vá", admitiu Bolsonaro, destacando que, apesar disso, tem o apoio popular no seu país.

"O importante é que, no meu país, eu tive uma vitória [eleitoral] excecional", contrapôs.

Nos três dias em que está no Chile, para o lançamento de um novo organismo de integração sul-americana hoje e para uma visita oficial no sábado, estão previstas uma série de manifestações contra Bolsonaro por parte de partidos políticos de esquerda e de organizações sociais.

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