segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Ato Final de Vingança dos EUA contra os Afegãos

# Publicado em portuguªes do Brasil

Seyed Mohammad Marandi*  | Al Mayadeen

O plano de ação atual escolhido pelos EUA é aplicar punições coletivas contra a população maltratada do Afeganistão. Os EUA pretendem impor o máximo de miséria a toda a população por meio de sanções punitivas.

Uma vez na aula, eu disse que os impérios ocidentais têm sido coletivamente a fonte do maior sofrimento do mundo. Um estudante cético perguntou quase imediatamente: "Pior do que a Coreia do Norte?" Em vez de explicações abrangentes sobre a destruição da África pelo colonialismo, os genocídios na América, as Guerras do Ópio, a colonização brutal da Austrália, as fomes da Índia, as duas Guerras Mundiais, o Vietnã ou a destruição atual de partes da Ásia Ocidental, pensei em algo muito mais local e específico. 

Em "King Lear", de Shakespeare, Edgar estava com Gloucester no topo de um penhasco olhando para os pescadores que "parecem ratos" e um navio "quase pequeno demais para ser visto". Eles são quase esquecidos quando se olha para o vasto oceano, mas cada barco tem seus próprios pescadores com entes queridos ansiosos, bem como dependentes vulneráveis. Os norte-coreanos não são exceção.

Em 17 de janeiro de 2018, o Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, falou com orgulho do sucesso das sanções dos EUA contra a Coreia do Norte. Ele explicou que, devido à escassez de alimentos, os barcos de pesca norte-coreanos estavam "sendo enviados para pescar com combustível insuficiente para voltar" e que cem de seus barcos de pesca foram levados para as águas japonesas e dois terços de todos os pescadores morreram. Como não houve ultraje ou pilhagem do Departamento de Estado dos Estados Unidos, presumo que, aos olhos de muitos americanos e da maioria das elites, a atrocidade deve ter valido a pena - para usar as palavras de outra ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Madeleine Albright ao responder a uma pergunta sobre quinhentas mil crianças iraquianas morrendo por causa das sanções dos EUA

Talibãs já controlam o vale de Panchir. Resistência nega

Talibãs anunciam controlo total do vale de Panchir. Resistência nega derrota

"Com esta vitória, o nosso país saiu completamente do marasmo da guerra. As pessoas vão viver agora em liberdade, paz e prosperidade", disse o porta-voz dos talibãs. Frente Nacional de Resistência do Afeganistão garante que ainda controla a região.

Os talibãs anunciaram esta segunda-feira que controlam totalmente o vale de Panchir, onde se tinha organizado a resistência desde que o movimento tomou o poder no Afeganistão, em meados de agosto.

"Com esta vitória, o nosso país saiu completamente do marasmo da guerra. As pessoas vão viver agora em liberdade, paz e prosperidade", declarou, em comunicado, o principal porta-voz do movimento fundamentalista Zabihullah Mujahid.

"Rebeldes foram mortos e os restantes fugiram. A respeitável população de Panchir foi resgatada aos sequestradores. Nós garantimos que ninguém será alvo de discriminação. São todos nossos irmãos e trabalharemos em conjunto para um país e um objetivo", acrescentou.

Zabihullah Mujahid fez saber, no entanto, que qualquer insurgência terá uma forte resposta dos talibãs.

"O Emirado Islâmico é muito sensível a insurgências. Qualquer um que tentar criar atos de insurgência será severamente reprimido", disse Zabihullah Mujahid, porta-voz dos talibãs.

"As forças afegãs formadas nos últimos 20 anos serão convocadas a juntarem-se aos serviços de segurança ao lado dos talibãs", anunciou ainda.

A RESSACA DO BREXIT

# Publicado em português do Brasil

O novo velho continente e suas contradições: A ressaca do Brexit

Na origem de tudo está a descrença dos próprios ingleses na vitória do Brexit. Os defensores da saída da União Europeia não confiavam na própria campanha e David Cameron, primeiro ministro na época e que convocou o plebiscito sobre a retirada, não preparou o país para essa possibilidade

Celso Japiassu | Carta Maior

A falta de comida nos supermercados de prateleiras vazias, restaurantes fechando as portas e as fábricas interrompendo a produção fazem os mais velhos se recordarem dos anos da Segunda Guerra, quando os aviões alemães faziam blitzes aéreas e bombardeavam as cidades inglesas. Só faltam as sirenes de alarme para a montagem de um cenário mais realista areproduzir os dias de 1940 quando foi travada no céu de Londres a Batalha da Inglaterra.

São os efeitos do Brexit, ou a ressaca do dia seguinte calando tardiamente as passeatas que comemoraram a saída do Reino Unido da União Europeia, depois de uma avassaladora campanha de opinião pública promovida pela direita política. Os problemas na cadeia de abastecimento depois do fechamento das fronteiras já fizeram os empresários pedirem uma ação urgente do governo. A deliciosa "smoothie", uma bebida feita com morangos e banana está em falta no McDonald's, bem como todas as bebidas engarrafadas nas 1.250 lojas da cadeia no Reino Unido. A rede Nando's fechou 50 dos seus restaurantes por falta de frango e os restaurantes de luxo Novikov avisou que está ficando sem carne. 

A associação empresarial CBI-Confederation of British Industrycomunicou que os estoques no varejo estão no menor nível dos últimos 40 anos. E advertiu que os problemas serão agravados a partir de outubro, quando serão adotados novos controles sobre produtos de origem animal importados da União Europeia. A falta de suprimentos para o consumo da época de Natal é outra preocupação. Os comerciantes temem um segundo Natal de poucas vendas.

Estas são apenas algumas das atribulações depois da bem sucedida campanha da direita pelo Brexit.Sem contar os conflitos de interesse com a Irlanda e a Escócia, que junto com a Inglaterra formam o Reino Unido. São problemas que ameaçam afetar negativamente a recuperação da economia quando passar a pandemia da Covid-19.

Os trabalhadores estrangeiros, agora com dificuldades para obterem visto de entrada, são a principal força de trabalho da organização logística do paíspois os britânicos recusam os trabalhos de longa jornada e baixos salários. A falta dessa mão de obra retida nas fronteiras provoca grande desorganização em toda a cadeia de abastecimento.

Os ingleses também perceberam e reclamam que ficaram mais caras as compras feitas pela internet em países da União Europeia.

E também os empresários protestam contra o aumento da burocracia e da papelada que agora é exigida para os negócios com a Europa, além da queda de 41 por cento nas vendas de exportação.

Por que a Cúpula Alimentar da ONU será infértil

# Publicado em português do Brasil

Começa em 23/9 encontro sobre tema de extrema relevância, no mundo à beira do colapso climático. Mas domínio da indústria de ultraprocessados e do agronegócio deve interditar soluções reais — que existem, como mostra nosso texto

Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor | Outras Palavras

Mesmo em meio à desigualdade mundial de acesso à vacinação de covid-19, a Cúpula dos Sistemas Alimentares, organizada pelas Nações Unidas, aconteceu entre 26 e 28 de julho de maneira presencial e online. Foi uma etapa prévia ao evento principal, a ser realizado agora em setembro.

Com um processo não inclusivo de organização, construção de agenda e perfil restrito de cientistas, o fórum é desafiado por organizações e pessoas que realmente fazem parte dos Sistemas Alimentares – pessoas que produzem, transportam, comercializam e consomem alimentos. 

Como o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) já apontou, a Cúpula dos Sistemas Alimentares está sendo organizada de modo a dar espaço para a indústria alimentícia e para o agronegócio, que não têm interesse de mudar os Sistemas Alimentares no sentido de combater as mudanças climáticas, a fome e a obesidade.

As discussões e acordos da cúpula serão divididos em cinco Linhas de Ação. No entanto, neste cenário de forte influência corporativa no evento – com consequências no futuro dos Sistemas Alimentares e do planeta – cada frente se torna uma brecha para o avanço da agenda da indústria. 

Lisboa | A medina muralhada

Joana Amaral Dias* | Diário de Notícias | opinião

Dono Disto Tudo em Lisboa, o vereador Manuel Salgado - que controlava todas as encomendas à câmara transformada em central de negócios -, foi constituído arguido na Operação Olissipus da Policia Judiciária. Foram 14 anos de concentração de poder, zero transparência, primado dos interesses privados, adjudicações directas. E o que mudou? À pressa, para o substituir, foi indicado como vereador do Urbanismo Ricardo Veludo, agora apanhado em escutas da PJ a favorecer um dos maiores promotores imobiliários da capital, a Rockbuilding, no projecto dos gulosos terrenos da antiga Feira Popular. Na semana passada, este foi então substituído pela arquitecta Inês Lobo, o segundo nome da lista do PS à autarquia de Lisboa. Enquanto é candidata, lidera simultaneamente um projecto para a CML, mais exactamente um Programa Habitação Renda Acessível em Marvila, no valor de €800 mil euros. Esse contrato foi celebrado com a empresa de reabilitação urbana Lisboa Ocidental SRU em Novembro e assinado pelo seu presidente, Manuel Salgado. Que surpresa. E assim se fecha um ciclo vicioso, um clube cidadão-comum-não-entra. E é assim que Medina soluciona aquilo que encara como meros entraves - muda os protagonistas, mantém procedimentos, práticas e problemas. O velho e velhaco "mudar para que tudo fique na mesma".

Jerónimo: Milhões da UE não vão "tirar o país da cepa torta"

PORTUGAL

Líder do PCP encerra festa do partido dizendo que não serão os fundos da UE a incentivar "alterações estruturais" no país.

erónimo de Sousa encerrou a 45.ª edição da Festa do Avante! manifestando-se profundamente descrente na possibilidade de os milhões de euros que virão da UE para o PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) mudarem estruturalmente o país.

"Não encontramos no PRR, nem no Portugal 2030, por mais transições que estes proclamem essas mudanças. Ao contrário da propaganda, o PRR não é o instrumento capaz de imprimir as alterações estruturais de que o país precisa. O PRR não parte das necessidades do país, mas das imposições da União Europeia. Por mais milhões que possam ser anunciados (...), sem uma profunda alteração das políticas o país não sairá da cepa torta", defendeu o líder comunista.

Para Jerónimo, "não é em repetidos anúncios de programas governamentais de apoios aos jovens e ao interior que está a resposta". Ou seja, o país "não precisa de mais do mesmo, mas de se libertar do ciclo vicioso da política de direita e dos problemas acumulados que criou".

Sair do armário e outras coisas pardas ou muito coloridas

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Sair do armário... e o mal de ainda terem que existir armários

Martim Silva | Expresso

Bom-dia, hoje é segunda-feira, 6 de setembro, e esta é a sua newsletter matinal do Expresso.

Terminou a Festa do Avante!, Rangel posiciona-se para liderar o PSD e decidiu revelar a sua homossexualidade. No final desta semana faz vinte anos que se deu o pior atentado da história. E em Portugal já temos 85 % da população com pelo menos uma dose da vacina anti-covid tomada. Ao mesmo tempo que nos aproximamos das autárquicas, o xadrez político entra num momento de jogadas decisivas.

Venha daí comigo,

COSTA SAI OU NÃO SAI EM 2023?

O que é a política?
A política é a gestão dos assuntos da 'cidade', dos temas, assuntos e medidas que atuam sobre as nossas vidas. Mas a política é também e muito a luta pela conquista e manutenção do poder. Ora, nesse jogo de luta e manutenção do poder estamos hoje na política nacional na presença de dois exímios protagonistas. António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.

Cinturões negros, ambos, para usar uma imagem marcial.

Nos últimos dias tem sido muito falada a biografia de Balsemão, em que precisamente estes 'dotes'politiqueiros de Marcelo foram novamente sublinhados e realçados, não propriamente pela positiva (o escorpião). Por seu lado, Costa anda claramente a bailar com o assunto do fica-não-fica em 2023 desde há tempos, tendo-o tornado mesmo peça central do recente Congresso do PS.

Na última edição semanal do Expresso, escrevíamos que Marcelo está convicto que Costa não se vai recandidatar nas próximas Legislativas – e ainda ontem Marques Mendes reforçou esta ideia.

Porque estou eu para aqui a falar disto? É que estamos ou podemos estar na iminência de uma alteração significativa de ciclo político. Costa já vai na segunda legislatura no poder, seis anos sempre desgastantes. Terá fôlego para mais quando chegar aos oito?.

O primeiro-ministro e líder do PS pode chegar a daqui a dois anos e estar genuinamente cansado. Pode querer ir em busca de um lugar europeu. Pode sentir que o seu ciclo terminou. Pode perceber que as dificuldades em governar, procurando apoios à esquerda, vão ser cada vez mais difíceis. Pode ser pressionado pela família. Pode sentir que a oposição já é então mais forte, com este líder ou outro, o que aumentará a vontade de sair por cima, deixando o PS entregue a um sucessor antes das eleições.

(Mas e se Costa ainda decidir avançar? E se tiver a tentação de se tornar o governante com mais anos de poder em democracia, passando os dez anos de Cavaco Silva? Convém não descartar de todo essa possibilidade)

Caso saia mesmo, hoje Pedro Nuno Santos é o melhor colocado entre os socialistas. E aquele que mais facilmente poderia fazer pontes à esquerda na governação. Mas, ao mesmo tempo, é o menos centrista e que menos entra no eleitorado moderado, o que não é bom para vencer legislativas.

Aqui entra o PSD, que já hoje está em ebulição. Depois das autárquicas, Rio vai ter, caso se queira manter na liderança do partido, um teste decisivo para poder chegar a 2023. É que perante a possibilidade de Costa sair mesmo, os opositores de Rio podem ver nisso uma oportunidade acrescida para a direita.

Eis-nos chegados a Paulo Rangel.

Ladrões dos cofres públicos continuam impunes e em acção

Principais bancos europeus têm lucros anuais de 20 mil milhões de euros em paraísos fiscais

Em declarações à Lusa, a investigadora Mona Baraké, uma das autoras do estudo do Observatório Fiscal da União Europeia, assinala não ter ficado "surpreendida" com este elevados montantes

As conclusões são do estudo "Será que os bancos europeus deixaram os paraísos fiscais?", do Observatório Fiscal da União Europeia (UE), que analisou a presença destas 36 maiores instituições financeiras sediadas na Europa em 17 países e territórios não cooperantes para fins fiscais (Bahamas, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Caimão, Guernsey, Gibraltar, Hong Kong, Irlanda, Ilha de Man, Jersey, Kuwait, Luxemburgo, Macau, Malta, Maurícias, Panamá e Qatar).

Em causa estão bancos como HSBC, Barclays, Banco Santander, BBVA, Deutsche Bank, BNP Paribas e ING, num total de 13 dos 36 analisados que operam em Portugal.

A conclusão do observatório é que "os principais bancos europeus reservam anualmente 20 mil milhões de euros -- ou 14% dos seus lucros totais -- em paraísos fiscais", o que demonstra que recorrem "significativamente a paraísos fiscais, sem qualquer mudança durante o período de 2014-2020", segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso.

"Os lucros reservados pelos bancos em paraísos fiscais são anormalmente elevados: 238 mil euros por empregado, em oposição a cerca de 65 mil euros em países que não têm paraísos fiscais", indica o Observatório Fiscal da UE no documento, notando que "os lucros reservados nos paraísos fiscais são principalmente desviados de outros países onde ocorre a produção de serviços".

Abuso Sexual nas Prisões: Crise Global dos Direitos Humanos

Tina Lorizzo* | O País (mz) | opinião

A violência nas prisões é o símbolo de uma crise global dos direitos à saúde e a viver em um ambiente prisional que respeite a dignidade humana. Enquanto um dos Princípios Básicos das Nações Unidas para o Tratamento dos Reclusos afirma que todos os reclusos devem reter os direitos humanos e as liberdades fundamentais estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos com as excepções inerentes ao encarceramento, este princípio está longe de ser respeitado. Diariamente há reclusos que sofrem abusos e outros tipos de violência.

A violência sexual é definida pela Organização Mundial da Saúde como todo “acto sexual, tentativa de consumar um acto sexual ou insinuações sexuais indesejadas; ou acções para comercializar ou uso de qualquer outro modo, a sexualidade de uma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de trabalho”. A violência sexual abrange o abuso sexual considerado como o envolvimento em actividades sexuais, físicas ou psicológicas, de uma pessoa incapaz de compreender e de dar consentimento informado seja porque está sujeita a restrições físicas e / ou psicológicas, e / ou porque não está ciente das suas acções (em razão da idade, de uma determinada condição psicofísica, etc.).

No mundo inteiro, midia relatam que, na maior parte dos casos, o abuso sexual nas prisões é perpetrado pelos funcionários, as mesmas pessoas responsáveis ​​por manter os reclusos em segurança, outras vezes são os mesmos reclusos. Seja cometido por funcionários da prisão ou por reclusos, o abuso sexual e outras formas de violência na prisão são reconhecidos internacionalmente como formas de tortura. É responsabilidade absoluta dos governos proteger a segurança dos reclusos e previnir a ocorrência do abuso sexual na prisão, independentemente do autor, representa o fracasso dos governos em cumprir esta responsabilidade.

Não existem estudos oficiais sobre a prevalência do abuso sexual na prisão e as formas de violência perpetradas, e poucos são os reclusos que se apresentam para relatar que foram abusados. No entanto, a maioria dos que estudam as prisões reconhecem que a falta de queixas formais não significa que as prisões sejam seguras. Pelo contrário, ex-reclusos e defensores dos direitos humanos em todo o mundo concordam que a maioria das vítimas de abuso sexual na prisão ainda se abstêm de falar sobre suas experiências por sentimentos de vergonha, medo de retaliação ou simplesmente porque acredita que nenhuma ajuda está disponível para eles/as (Bloom, Owen & Convington 2003).

África do Sul | Jacob Zuma em liberdade por razões de saúde

O antigo Presidente da África do Sul Jacob Zuma, preso desde 8 de Julho por desrespeito à Justiça, ficou este domingo (5) em liberdade condicional, por razões clínicas, anunciaram as autoridades prisionais do país.

Jacob Zuma, 79 anos, estava hospitalizado desde 6 de Agosto fora da prisão onde estava a cumprir uma pena de 15 meses por se recusar a comparecer perante uma comissão de inquérito sobre corrupção no período em que foi Presidente, entre 2009 e 2018.

"O Departamento de Serviços Penitenciários pode confirmar que Jacob Gedleyihlekisa Zuma foi colocado em liberdade condicional médica", avançaram os serviços num comunicado hoje divulgado.

Angola | Polícias expulsos por extorquirem automobilistas

Dez agentes de trânsito foram expulsos hoje por extorquirem automobilistas

Dez agentes da Polícia, Nacional (PN) do Comando Provincial de Luanda, foram expulsos, na quinta-feira (2), por extorsão aos taxistas, moto taxistas e extravio de meios da corporação, através de despachos do comandante geral da corporação, comissário-geral, Paulo de Almeida.

O Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa esclarece, em nota de imprensa, que a demissão dos referidos agentes, cujos nomes não foram revelados, se deve a más condutas e práticas indecorosas que têm sido recorrentes no seio de alguns efectivos da Direcção de Trânsito e Segurança Rodoviária (DTSR).

A aplicação da sanção mais gravosa prevista no regulamento sobre o regime disciplinar do pessoal da Polícia Nacional foi antecedida da instauração de um processo disciplinar.

O Comandante-Geral da Polícia Nacional, Paulo Gaspar de Almeida, usando a prorrogativa legal que lhe é conferida no n.º 2 do referido diploma exarou o despacho de demissão. A lei confere a si tanto o poder de aplicar a pena de despromoção como de demissão aos oficiais subalternos, aos sub-chefes e aos agentes.

STP | Vila Nova vence com 57 % de acordo com as projeções

Eleições/Presidenciais: Carlos Vila Nova vence com 57 % de acordo com as primeiras projeções

São Tomé (São Tomé e Príncipe), 06 Set. 2021 (STP-Press) – O antigo ministro são-tomense, das Infraestrutura Carlos Vila Nova, do partido ADI, na oposição venceu as eleições presidenciais de domingo em São Tomé e Príncipe, com 57,3 % de votos de acordo com as projeções da Radio Nacional do arquipélago.

Segundo a emissora estatal citando dados parciais saídos das assembleias de votos o candidato Carlos Vila Nova, apoiado por ADI ficou a frente do outro candidato Guilherme Posser da Costa, apoiado por MLSTP e a Coligação PCD-MDFM-PCD, que teria obtido 42,6 % de votos.

De acordo ainda com as projeções da emissora, a abstenção teria atingido 38,3 %

Entretanto, aguarda-se ao todo momento pelos resultados provisórios a serem anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral, órgão com competências para efeitos.

De acordo com fontes da Comissão Eleitoral Nacional o processo de votação decorreu dentro da normalidade.

STP Press / RN

Texto: Ricardo Neto | Foto: Lourenço da Silva

Covid-19: África regista mais 21.632 infetados e 545 mortes

O continente tem um total de 7.891.341 casos positivos de coronavírus e 199.132 mortes.

África teve mais 21.632 infetados com Covid-19, e mais 545 mortes, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

O continente tem um total de 7.891.341 casos positivos de coronavírus e 199.132 mortes, diz o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). Já foram contabilizados 7.075.737 recuperados da doença.

A África Austral continua a ser a região mais afetada do continente, com 103.994 óbitos associados à covid-19 e 3.746.870 casos. Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 83.343 mortes e 2.814.014 casos.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu hoje 64.049 mortes associadas à doença e 2.389.937 infetados com o vírus SARS-CoV-2.

A África Oriental contabiliza 19.014 mortos e 921.641 infeções e a região da África Ocidental regista 8.860 mortes e 611.384 casos de infeção . A África Central é a que tem menos casos de mortes e de infeções: 3.215 e 221.509, respetivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 23.773 mortes e 672.236 infetados, seguindo-se o Egito, com 16.776 óbitos e 289.684 casos, e Marrocos, que contabiliza o segundo maior número de infeções em todo o continente, 881.042 casos, mas menos mortes do que os dois países anteriores, 12.993 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afetados estão também a Argélia, com 5.399 óbitos e 197.659 pessoas infetadas, o Quénia, com 4.778 mortes associadas à doença e 239.692 contágios e a Etiópia, com 4.749 vítimas mortais e 313.468 infeções.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.877 mortes associadas à doença e 147.785 infetados acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.258 óbitos e 48.475 casos), Cabo Verde (315 mortes e 35.856 infeções), Guiné Equatorial (128 óbitos e 9.760 casos), Guiné-Bissau (121 mortos e 5.879 infetados) e São Tomé e Príncipe (37 óbitos e 2.683 infeções).

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.

A covid-19 provocou pelo menos 4.539.397 mortes em todo o mundo, entre mais de 218,96 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Jornal Económico com Lusa 

Mais lidas da semana