sábado, 8 de abril de 2023

SANTA LUZIA E AS PANELAS DO KILAMBA – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A censura prévia foi imposta nos países do ocidente alargado. Até hoje não ouvi um ai, um gemido, um pio contra os censores. Nem sequer os sindicatos dos jornalistas! Se em Angola as autoridades censurassem os Media de um país, logo vinha o Teixeira Cândido bolsar idiotices e a tropa de choque da UNITA batia panelas, ficava em casa, sabotava canais ferroviários, destruía equipamentos públicos, agredia, assaltava, matava.

Esta cobardia e conivência têm um lado positivo. Ficamos a saber quem de facto está a favor da Liberdade de Imprensa. Os que adoptaram o silêncio face à censura imposta aos que não alinham com o nazismo reinante são impostores. Odeiam a liberdade e ainda mais o pensamento livre.

Os censores ainda usam os métodos antigos. Acham que cortando e silenciando conseguem censurar. Estão enganados. As formas modernas de censura assentam no chamado Bombardeamento Informativo. Consiste em pôr a circular tanta aldrabice, tanto lixo, tantos fragmentos de informação que ninguém consegue perceber as mensagens informativas.

O “bombardeamento informativo” espalha rochedos por toda a parte para que a informação que interessa, bata nesses obstáculos e se desfaça. Fica reduzida a nada. Vou fazer um desenho. Os Media do ocidente alargado bombardeiam os consumidores com mensagens manipuladas (por mãos não autorizadas), adulteradas e falsas sobre a Ucrânia. Minuto a minuto, há mais de um ano! Quando chega uma informação que interessa, já não há espaço para a sua absorção e compreensão.

Um exemplo. Durante alguns dias intoxicaram os consumidores com factos parciais e adulterados. Para na hora da verdade revelarem um conflito entre uma confissão religiosa e o governo de Kiev. Um ataque brutal à liberdade de seguir uma religião foi apresentado como um mero desentendimento. Zelensky quer despejar monges do seu mosteiro porque são “pró russos”. Leia-se, são anti nazis.

Centenas de falsos jornalistas já passaram pela Ucrânia e até hoje nem um deu a voz aos deputados da oposição ucraniana. Nem um ouviu dirigentes políticos da oposição. Pelo contrário. Fazem passar a ideia de que na Ucrânia todos estão dispostos a fazer a guerra pela OTAN (ou NATO), a União Europeia e os EUA, até ao último ucraniano.

O líder ucraniano da Oposição, Viktor Medvedchuk, presidente da Plataforma Pela Vida, foi preso, torturado e colocado num cárcere secreto ante a indiferença dos defensores dos direitos humanos e dos Media mundiais. Sabem quem o substituiu? Ninguém sabe porque há censura férrea à moda da PIDE e do ditador Salazar.

A censura na forma de “bombardeamento informativo” precisa de matar a memória dos consumidores. Ocupá-la integralmente com lixo e miudezas do entretenimento. Por isso a informação não passa e se passa, não tem espaço para ficar. Luzia Moniz aposta na perda de memória. Pensa que estamos todos atacados pela doença de Alzheimer. Escreveu ela: “Em 1991, como delegada da ANGOP em Portugal, recusei-me a fazer de cicerone da mulher do director da ANGOP que vinha ter o bebé a Lisboa. Pouco depois, fui exonerada. Foi assim que decidi assentar arraiais em Portugal. A minha aversão à bajulação vem de longe”.

A ousada autora destas linhas entrou na ANGOP quando escrevia Luzia com um “o” e pensava assim. Já Moniz escrevia com um “u” aberto e quando a corrigiam alegava que se tinha esquecido da cedilha no “z”. Analfabeta total e completa. Entrou logo como chefe para ninguém perceber o seu analfabetismo. Quando falava, largava gafanhotos, mas isso era o menos. Cheirava mal dos pés e largava pestilentos gases intestinais pela boca.

O Alberico Cardoso, antigo cabo da força aérea portuguesa, montou uma desnatadeira em forma de revista e ela foi para Portugal ajudar no negócio. Mas em grande. Com salário e mordomias de chefe da delegação da agência noticiosa angolana. Ajudava o Alberico a sacar milhões, de publicidade institucional em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde. Foi fartar vilanagem. O casal maravilha sacou em grande.

Luzia Moniz foi de bajulice em bajulação até à morte do titio, alto dirigente do MPLA, que nunca deixou para trás um amigo quando mais uma sobrinha. Quando o Governo fez as contas ficou a saber-se que a desnatadeira Luzia Moniz ficava mais cara do que uma carrada de marimbondos. Cortaram-lhe a colecta. 

A partir desse dia ficou em casa, bateu panelas, insultou, agrediu, fez piruetas para sacar mais algum. Não lhe dão troco. Ninguém paga a uma analfabeta para escrever redacções da quarta classe com mais erros de ortografia, fonologia e sintaxe do que os discursos do Adalberto da Costa Júnior e os balbucios do Abílio Camalata Numa.

Anda aí um “vídeo” que mostra o bater de panelas ordenado pelo “Gangsta” (pseudónimo do Adalberto e do Numa juntos) em prédios das Centralidades do Kilamba e do Cacuaco. Tantas Luzias Moniz! Comeram do MPLA até se empanturrarem. Agora piscam o olho à UNITA na esperança de renovarem os teres, haveres e mordomias. Eu sabia que o oportunismo ia asfixiar a Pátria Angolana.

Os Media do ocidente alargado mostraram imagens de uma reunião em Pequim entre o senhor Macron e o Presidente Xi Jinping. O paleio daquele mabeco, ao lado do seu homólogo e anfitrião, foi um arroto pestilento de colonialista. A nazi Úrsula von der Leyen fez o mesmo. Provocações sem nome. É claro que queriam provocar um incidente diplomático grave. 

Em condições normais, o Presidente da República Popular da China corria os dois a pontapé e metia-os dentro de um avião que os levasse para casa. Os provocadores esqueceram-se que a China é um país com milénios de existência e uma marca da Cultura daquele povo é a paciência. Não conseguiram provocar. O ocidente alargado quer mesmo festa!

Macron disse nas barbas do Presidente Xi que a Federação Russa levou a guerra à Europa depois de décadas de paz. Um pobre diabo mentiroso. Esqueceu a guerra da OTAN (ou NATO) contra a Jugoslávia que destruiu o país. Riscou-o do mapa. E também esqueceu a limpeza étnica dos nazis de Kiev nas repúblicas separatistas do Donbass, desde 2014. É por estas e por outras que a besta insanável tem Paris a arder. Os nazis vão arder todos.

*Jornalista

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